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Mexe que mexe, gatinha


dissorave.jpg

Bela idéia essa do Nego.

Histórias constrangedoras da minha vida


Episódio de hoje: o dia em que levei um soco na cara de um mendigo.

Eu morava em Porto Alegre há bem poucos meses. Recém vindo do interior, ainda não tinha cultivado amizades, até porque a faculdade, meu principal mecanismo para absorção de amigos, estava em greve por tempo indeterminado.
Como eu já tinha me matriculado no inglês, passei todo o período da greve aqui mesmo, alternando longos passeios de reconhecimento do terreno com sonecas intermináveis. Mas, duas vezes por semana, tinha o tal do inglês. Terças e quintas, às 21h.
E foi fazendo o percurso até lá que tudo aconteceu.
Faltavam poucos minutos para a aula começar e eu, como sempre, andava com passo acelerado, com o pensamento a muitas léguas da esquina da São Pedro com a Benjamin, onde meu corpo e minhas apressadas pernas estavam.
Avistei um homem andando na mesma direção que eu, mas não detive nele mais de dois segundos da minha atenção. Desviei levemente a passada para não atropelá-lo e segui. Porém, quando eu estava passando rente ao indivíduo, ele se virou e desferiu-me um soco na região do zigomático direito – entre a bochecha e o olho, em termos mais vulgares.
O golpe me pegou tão desprevenido que lembro de ter pensado “o que foi isso?” ao ouvir a mão dele estalando contra minha própria face. Meu cérebro ainda não tinha sido capaz de processar que era eu a vítima do barulho.
Na fração de segundo seguinte, gritei e, completamente estupefato, reagi instintivamente: corri para o lado esquerdo, levemente conduzido pelo impacto da pancada.
Corri quase até o meio da rua, e só não o fiz totalmente porque um carro que passava pela Benjamin me coagiu com sua buzina. Comecei, então, a me deslocar pra frente, contornando uma barraca de churrasquinho que estava há uns dez passos do ocorrido. Na minha cabeça, era uma tentativa de assalto, por isso contornar a barraca me pareceu uma boa idéia para fuga.
Assim que concluí o movimento, olhei para trás, para ver a que distância de mim estava o meliante. E qual a minha surpresa ao perceber que ele estava lá, parado, no mesmo local em que havia me disparado uma bocha. Entre nós, havia agora uns quinze passos e algumas pessoas estupefatas – clientes e funcionários da banca de churrasco que buscavam com olhares desesperados entender o que estava acontecendo.
Ao perceber que o perigo estava afastado, meu cérebro despejou no meu sangue todas aquelas substâncias pós-cagaço. Agora minhas pernas estavam completamente bambas, o meu rosto latejava e ardia quente e minha mente nada conseguia processar de tudo aquilo.
Ainda assim, fui pra aula. Cheguei lá e pedi gelo na cozinha. Meus colegas mostraram um misto de espanto e vontade desesperada de rir, que eu ajudei a liberar. Não tinha porque não rir, era mesmo ridículo e muito engraçado. Fiquei toda a aula com o saco de gelo no rosto. Senti que a classe experimentou um certo alívio com aquilo tudo. Finalmente havia algo mais constrangedor na aula do que a cultura americana vista sob a ótica de um curso de inglês mórmon.
Até hoje não entendo muito bem o que levou o cara a me atingir. Minha hipótese é que passei perto demais dele que, totalmente alcoolizado, sentiu-se ameaçado. Sorte minha, aliás, que ele estava bêbado. Do contrário, o soco teria sido realmente forte, e o inchaço e as marcas poderia ter demorado bem mais tempo para desaparecer. Se bem que sóbrio ele não teria me batido. E essa dúvida que me consome até hoje sequer teria aparecido.

No próximo episódio: o dia em que subi na calçada a 12km/h e atropelei uma menina.

Vou chamar o Rüdiger


Atenção para o meu momento Cisco Costa:

Esse seriado "Sob Nova Direção" está plagiando séries americanas. Assistindo o programete algumas poucas vezes, eu, que nem sou tão SITCOMNÉFILO, captei dois momentos de cópia descarada:

- Flagrada pelos pais do namorado, que chegam em casa inesperadamente, a moça, que estava usando só uma camisola, disfarça dizendo que está trajando um vestido novo e muito chique, e vai jantar com eles vestida assim mesmo - situação muito semelhante foi protagonizada pela Rachel em algum episódio de Friends.

- Acreditando que estava sendo traída, a moça deixa um recado na secretária eletrônica do namorado, dizendo coisas horríveis. Ao perceber que era tudo um engano, tenta ir até a casa dele e apagar a mensagem sem que ele perceba nada - situação muito semelhante foi protagonizada pelo George, em um clássico episódio de Seinfeld.

Mas eu sei, não é novidade isso. O Sai de Baixo certa vez copiou um Chaves inteiro (genial episódio em que o Seu Madruga acha que está morrendo). Ainda assim, me espanta a cara de pau.

Da série "Coisas que Só Acontecem Comigo"


Conversava com a Carol pelo telefone no início desta manhã. De repente, começam uns barulhos no telefone, não consigo mais ouvir direito o que ela diz:

- Alô? Alô?
- Al...
- Tá me ouvindo?
- Eu n... sa...pe...

Entra aquele BARULHO DE AMBIENTE, como se alguém tivesse atendido um orelhão e entrado na conversa:

- Tá me ouvindo, Carol?
- Oi, aqui é da Brasil Telecom. Eu queria confirmar se este número é o tal tal tal tal tal tal? - diz uma voz masculina e estranha.
- Eu não sei amigo. Aqui é uma empresa com muitos ramais, essas coisas. Não sei dizer esse número.

Sai o barulho de ambiente:

- Carol, taí?
- Posta isso, Saulo, por favor.

Bomba!


Mujique mostra pra você imagens exclusivas do escândalo do mensalão, mais especificamente sobre este momento aqui:

mentor.JPG

Prepare-se:

Continue Lendo...

Diga olá para o Alf


Tenho recebido SPAMS POR AFINIDADE, ou por ÁRVORE GENEALÓGICA, talvez.

O fato é que todas as manhãs, quando abro meu e-mail do Yahoo e vou ali pro item Mensagens Em Massa, me deparo com alguns pares de e-mails enviados pelo SZINKORON.
É disparado o meu maior fornecedor de spams, vírus e afins.
Ainda não li nenhuma das mensagens enviadas pelo compadre, mas a possibilidade de que sejam tentativas desesperadas de contato feitas por um habitante do norte da Polônia que acredita ter achado um RABICHO perdido da família faz meus dias mais felizes.

Teledramaturgia


Extraído do Manual Prático da Novela Brasileira, que acabo de inventar.

- Como mostrar que uma personagem está sofrendo de amor

Coloque-a andando a pé em uma avenida de trânsito caótico (exemplo: Avenida Brasil, no Rio de Janeiro). A cena ganhará muito em intensidade se o passeio for noturno.
Outra idéia interessante é deslocar a personagem para um dos cantos da tela, dando destaque para os faróis dos carros que passam em alta velocidade, enquanto ela caminha lentamente ao som de uma música triste.
Personagens de novela reclamam da violência urbana que "tá um horror, né? A gente nem pode mais sair de casa!", mas na hora de sofrer, não pensam duas vezes: vão para uma avenida movimentada e andam tranqüilas, preocupadas apenas com seu grande amor, que foi criar avestruz em um estado do Centro-Oeste - e justo com sua melhor amiga.

- Como utilizar a trilha para aumentar o erotismo da cena

Nos confins da nossa mente, solos de saxofone estão intimamente relacionados a comportamento libidinoso. Então é fácil: só chamar num Kenny G cheio de volúpia e agudos prolongados.
Uma atuação repleta de piscares de olhos e bocas repuxadas também ajuda.

Daltony


A verdade é que a internet não cansa de me divertir. O site desse gênio é um bom exemplo.

Idéia nada ortodoxa


A Procter & Gamble queria relançar o sabão em pó Biomat, porém desejava conquistar um novo público, os judeus ortodoxos, que em Israel representam 15% da população.
O problema é que, por razões religiosas, os judeus ortodoxos quase nunca lêem as publicações tradicionais, não possuem TV e quase nunca ouvem rádio.
No entanto, sabe-se que eles têm a cultura de ajudar os pobres. Daí surgiu a idéia de fazer uma conexão entre esse comportamento e o produto em questão.
Sob o slogan "Biomat te ajuda a ajudar os que precisam", a agência deu início a uma campanha de doação de roupas.
O apelo - que conquistou os ortodoxos - era o seguinte: eles faziam doações de roupas velhas e sujas, elas eram lavadas pela empresa, com o sabão Biomat, e depois distribuídas para os necessitados, por meio de uma parceria com uma Ong.
A marca disponibilizou um caminhão, com uma enorme máquina de lavar, que visitou diversas regiões de Israel, fez as arrecadações e lavou as roupas in loco.
O itinerário do caminhão era divulgado em alguns jornais, lidos pelos ortodoxos, e por meio de pôsteres afixados nas redondezas do local onde a ação iria acontecer.
Como resultado, a participação do Biomet cresceu 50% no segmento.

Massa, hein?
Esse case levou GP de Media essa semana em Cannes.

Moinho e pião


Me impressionou muito o Roda Viva com o Roberto Jefferson ontem. Viram que hoje já tem DVD do programa pra vender na Saraiva? Sim, para vender, não para encomendar.

Pena que não consegui assistir muito tempo. Tinha alguém tossindo e pigarreando sem parar no microfone lá. Muito irritante.

E depois, a dubladora da Demi Moore tava na Band, junto com o dublador do John Travolta, com quem ela é casada, e o cara que faz a voz do Pato Donald. Imperdível.

Modafâca


Sempre que as qualidades musicais do rap e do hip-hop são questionadas, surge alguém para dizer “é, mas o jazz também não era bem visto pela elite, e hoje é considerado a mais importante contribuição norte-americana para a arte”.
É o tipo de afirmação que costuma vir de um baixinho de óculos, franzino, que gosta de vestir coletes com losangos e pronunciar jaz, como se fosse muito bacana aportuguesar a palavra assim, do mesmo jeito que o Caetano faz com MTV.
Acho que o sujeito ser baixinho e franzino é o que o poupa de receber um golpe de clava na têmpora esquerda por dizer tamanha bobagem.
Comparar o jazz com o hip-hop só porque ambos nasceram nos guetos dos negros é o mesmo que dizer que todas as mulheres de Horizontina são como a Gisele Bündchen, já que cresceram na mesma cidade, jogaram pipa nas mesmas ruas e comeram arroz com feijão comprado na mesma venda.
Além disso, é preciso ter em mente que nem tudo que é popular e tem origem no coração do povo é necessariamente bom (exceto para os acadêmicos, que vibram com qualquer índio de tanga murmurando monocordicamente por dezoito minutos).
E não é porque eles acertaram com o jazz e o blues que vão acertar todas. São humanos, afinal.

Some kind of art


Bem massa esse site aqui.

Pelo que captei, as pessoas fazem postais anônimos e mandam pra lá.

Meio EMO demais às vezes, mas bacana.

Mais do mesmo


"O Rio Grande sempre foi dividido em duas partes. Primeiro, portugueses e espanhóis dividiram o território nos tempos da colonização. Depois teve a briga entre chimangos e maragatos. E o que dizer do futebol? Grêmio e Inter, Caxias e Juventude, Pelotas e Brasil, Bagé e Avenida."
(citação de memória, considere apenas a essência)

Assim o Tele Domingo abriu a reportagem sobre as duas paradas gays de Porto Alegre.

Alguém tem que dar a real


As lições de vida do Big Brother Jean Willys em terceiro lugar na lista dos mais vendidos significam algo radical. O quê? É como se um treinador de futebol publicasse suas sábias preleções aos jogadores: 'Precisamos de muita pegada'. O leitor surpreende-se: 'Nossa, eu nunca tinha pensado nisso'.

Nas escolas do ensino médio, os alunos são obrigados a ler José de Alencar. Perdem o interesse pela literatura e o senso crítico para sempre. Caem na cultura de 'conyvência'. Passam a ler Jô Soares, Zuenir Ventura e Jean Willys. Basta de José de Alencar. Ler não é bom em si. Ler 'Harry Potter' forma para ler Paulo Coelho e Dan Brown. Com Adam Thirwell, Chuck Palahniuk, Michel Houellebecq e Paul Auster como leitura na adolescência o mundo nunca mais seria o mesmo.

cientistas americanos apostam no racismo a favor e sugerem que os judeus são o povo eleito geneticamente (ganhar o Nobel torna-se uma prova de seleção natural das espécies e, em breve, será descoberto o gene do Nobel); a mídia, cientificista por ignorância, vibra. Mas a cultura judaica não precisa disso. Edgar Morin, judeu, resistente ao nazismo, que completará 84 anos no dia 8 de julho, um dos últimos monstros do pensamento francês em atividade, cujo último livro, 'O método 6, a ética', é um tratado de tolerância e complexidade, foi condenado por um tribunal da França, acusado de 'injúria racial', por ter escrito que Israel, nação de perseguidos, persegue e humilha os palestinos.

Tio Juremir se puxando sempre.

Deus do céu


Saiu uma reportagem sobre o Chaves no caderno Patrola da ZH de hoje. Escolheram, para falar sobre o seriado, o jovem Maurício Trilha, coordenador gaúcho do fã-clube nacional do Chaves e Chapolin. 13 anos tem o garoto. Admirável, antes de tudo.
E, olha, ele até que vinha bem nas suas declarações, mas aí, bem no finalzinho do texto, diz isso:

- Um dia sei que vou ter que largar. NÃO VOU SER UM BOM JORNALISTA VENDO CHAVES E CHAPOLIN.

Ainda não entendi como a repórter não ficou constrangida e cortou essa parte.

Vader can read your mind


Falando em jogo, que tal desafiar o Darth Vader num jogo de adivinhação?

Mais um site massa do Burger King.

Gira o polegar e o indicador e diz “hein? hein?”


Da série Coisas Que Eu Não Precisava Ter Dito

Idéia para nome de um programa de tv em um canal evangélico, um jogo de perguntas e respostas sobre catástrofes da história da humanidade:

DEUS QUIZZ

Para melhor atendê-lo


Mais de quatro anos completamente fiel ao Yahoo - nunca usei outro webmail - e eles me aprontam essa.
Agora, cada vez que vou acessar o e-mail, tenho que digitar minha ID, senha E "o que aparece escrito na tela".

Tenho uma enorme antipatia por esse lance de mostrar letrinhas distorcidas e me fazer reescrever tudo. Parece sacanagem de programador (até consigo imaginar o magrelo cuspindo leite com biscoito na tela do computador enquanto ri do meu desespero e das caretas que faço tentando descobrir se é um "p" ou um "f").

Será que vai ser assim pra sempre?

Da fruta


Esses dias tomei suco Del Valle de goiaba e me choquei. É a mais pura fruta em sua versão envolta por alumínio.
Assim que minhas papilas gustavivas entraram em contato com aquele sabor e minha língua sentiu o derramar daquela cremosidade, estremeci. Todo o meu corpo foi transportado para 1986, mais especificamente para Santo Ângelo - pátio de casa - capô da Marajó do meu vô, onde eu subia pra pegar os frutos dos galhos da goiabeira da vizinha, que atravessavam a cerca e vinham até o nosso pátio se oferecer.
Ainda absorto pelo sabor, comecei a imaginar o processo de produção dessa iguaria industrial.
Certamente deve ser algum tipo de evolução do processo de amassar cacau, que tão bem nos foi demonstrado pelo Marcos Palmeira - quem não lembra dele balançando os grandes lóbulos de suas orelhas ao som daquela música do Gilberto Gil sobre as parabólicas e o mundo camará?
Não consigo imaginar um outro jeito de trazer tanto sabor para dentro de uma lata que não seja amassando a fruta pura, descascada, e adicionando a ela açúcar e um pouco, bem pouco pra garantir a cremosidade, de água.
E vou dizer: é até capaz de ter um pouco de leite ali. Leite condensado mesmo. Ou chocolate talvez - o que desde já justificaria minha suspeita em relação ao cacau.

Sobre o indelével


Update: Passou, passou. Obrigado a todos ;)

Aproximadamente duas vezes por ano, ficou mau humorado.
Aproximadamente uma vez a cada três anos, sinto raiva.
Aproximadamente uma vez a cada dez anos, sinto ódio.

Aconteceu essa última hoje.

Em respeito aos vossos olhos, nervos, estômago e audiência, meus cinco queridos leitores, estarei ausente por algum período - que, acredito, não será superior a quatro dias.

Cuidem-se. Estarei bem, escondido nos mais profundos recantos da minha mente.

-

Eu queria ser um balão. Encher meus pulmões de ar e voar riscando o céu, jogando, um a um, todos os saquinhos de peso aqui pra baixo e subindo cada vez mais alto.
Por enquanto, me contento em encher meus pulmões e tirar o peso que tenho dentro de mim.

Levou o Paul pro mau caminho


Depois de lançar tantos álbuns lamentáveis e de ser, especialmente na fase pós Jackson 5, um grande mantenedor da música de qualidade duvidosa, seria mesmo um equívoco condenar o Michael Jackson nesse julgamento que se encerrou ontem.
Já basta o Al Capone ter sido preso pelo motivo errado.

Se bem que aqueles copos da Pepsi dele eram bem massa.

Oh, boy


Meu aprendizado efetivo de inglês começou quando eu já era um homenzinho. Durante a infância e a adolescência, o único contato que tive com o idioma foi através das aulas no colégio, muito pouco se considerarmos que estudei em escola pública.
Nem mesmo na hora do vestibular eu quis saber do VERBO TÓBI: taquei-lhe um espanhol maroto. Eu sabia que a gramática do espanhol é bem mais sofisticada, mas já que era pra ter duas horas semanais em uma turma com 60 alunos, melhor que fosse de uma língua mais familiar. Afinal, pra quem não sabe nada de inglês nem de espanhol, é mais fácil enganar com a segunda, especialmente numa prova baseada em leitura de textos e interpretação abobada.
Como era de se esperar, as aulas de castelhano só me serviram pra beber chimarrão gelado em guampa, que o professor levava - e para descobrir que salsa em espanhol é perejil. Mas foi suficiente para garantir a aprovação.
Somente aí, recém aprovado no vestibular e com aulas que só começariam no segundo semestre, resolvi estudar a língua dos Beatles com mais afinco, com direito a curso e tudo.
Hoje, pouco mais de quatro anos depois, tenho um inglês pouco mais que razoável, mas até que me viro bem. Por sorte, tenho facilidade com idiomas, o que em certo aspecto consola uma sofrida adolescência de quem era inapto em todos os esportes possíveis.
Entendo quase tudo que leio, até porque não leio Joyce ou Shakespeare no original, nem coisas demasiado técnicas, mas tenho problemas na hora de falar ou escrever, que são aprofundados por uma grande insegurança e uma sensação terrível de estar sempre cometendo erros crassos.
Ainda assim, sucesso é como eu definiria minha mais recente empreitada. Contando com a consultoria idiomática do Hilton, BASTIÃO da língua inglesa e responsável por CORREÇÕES MASTURBATÓRIAS a todo o momento, estou alcançando meu objetivo.

Qual objetivo?

Por hora, só posso adiantar que 1) está ligado a um assunto profissional, 2) tem a ver com uma realização pessoal também e 3) vai matar o Bruno de inveja.

Chapa tudo


E aí surge esse site.

Colaram um monitor de PC na parede e, pra provar a eficiência da cola, filmam o garoto lá, preso, 24 horas por dia.

O legal é que dá pra mandar frases para aparecer lá na tela.

Divulguei Mujique e o insanus, obviamente.

Tum dum bati cundum


O Pessoal da banda A Red So Deep acaba de inaugurar seu blog.

Vale visitar o blog. Vale conhecer a banda. Vale ir no show deles que rola hoje lá no Garagem.

Labuela


É inacreditável que o Brasil tenha caído nessa do "hey, vocês são dream team, caras. vocês são os melhores!".

O episódio até me lembrou o final do Karatê Kid I:

Ao ser derrotado por um Daniel San MONOPÉRNICO que estava lutando em posição de galinha empoleirada, o jovem coadjuvante da película não pensa duas vezes: corre ao encontro do herói (que a esta altura já está nos braços da multidão) e grita "você é o melhor, cara, você é o melhor!".

Ninguém, absolutamente ninguém faria isso fora de um filme da Sessão da Tarde. Muito menos um argentino.

Com a mão na barra amarela do coletivo, eu sentei e chorei


Somente quando apertei a BOTOEIRA para descer do coletivo é que percebi o que estava acontecendo lá na frente. Em pé, também se preparando para sair do ônibus, uma senhora de meia idade comentava entusiasticamente, balançando seus flácidos tríceps no ar, um assunto qualquer com outra senhora, que estava sentada por ali.
Trajando uma blusa branca respingada com pequenas flores vermelhas, a mulher deixava o trepidar agudo de suas cordas vocais ecoar com potência no ambiente, porém, estando eu no lado oposto ao dela, não conseguia ouvir do que se tratava.

Agucei os olhos e os ouvidos. Eu não podia perder aquele momento.

Em vão. A voz dela era muito aguda para que o som chegasse com qualidade até onde eu estava. Somando-se a isso os barulhos da rua, do motor do ônibus e das conversas atravessadas de outros passageiros, descobrir a PAUTA do diálogo transformou-se em uma tarefa para pastores alemães.

Resignado, adotei a boa e velha técnica mental do auto-convencimento. Comecei a introjectar na minha mente flashes de negativismo. “Ah, certo que ela tá falando de algo chato”. “Deve tá reclamando da máquina de lavar roupa dela”. Etc.

As chicotadas de negativismo foram, aos poucos, surtindo efeito. Eu já estava até delineando, ainda que de leve, um sorriso de alívio no rosto. Entretanto, quando eu menos esperava, fui surpreendido por um elemento que esfarelou por completo minha paz mental: o cobrador.

Sim, o financeiro do ônibus estava com um leve sorriso de ironia no rosto. Se o cobrador, sábio e experiente observador do cotidiano, sentado a poucos centímetros do púlpito que a mulher armara – e, que, portanto, estava ouvindo tudo em alto e bom som – sorria com ironia, é porque o papo era QUENTE.

E, jesusamado, eu estava perdendo tudo.

A senhora lá, balançando suas florzinhas vermelhas efusivamente ao sabor do seu corpo, e eu do outro lado, perdendo o que poderia ser um dos melhores momentos da minha existência terrena.

Tomado pela tristeza, desci. Ela deve ter descido também, como tudo indicava que faria. Mas não quis correr atrás dela e perguntar do que ela falava. Não quis nem olhar pra ver se ela realmente desceu. Eu havia perdido a batalha, e precisava admitir.

Roletrando


A melhor interpretação do logo do insanus vai ganhar uma camiseta. Massa, hã?

Tratado da saudade das estrelas


Curioso como com o passar dos semestres a Fabico se tornou para mim um lugar cada vez mais empoeirado. E não falo metaforicamente, me refiro ao acúmulo físico de micro partículas mesmo.
Claro, talvez seja uma mudança de percepção interna minha que se transpôs para o mundo real. De tanto achar o lugar enferrujado, velho e ultrapassado, passei a ver mais sujeira nele do que via antes.
Pode ser também que, por acreditar que está mais do que na hora de me formar, eu veja o prédio já como uma parte do meu passado, e já olhe para ele como quem volta a um velho lugar muito tempo depois.
Mas possivelmente é apenas um reflexo da obra da nova gráfica e do novo RU, que forrou, com a ajuda do vento, o prédio e toda a sua mobília com uma camada de pó. Sabe como é, obra é sempre obra.

Meu café da manhã de todas as manhãs


Acabo de FALECER com essa notícia que segue:

07/06/2005 - 19h33
Seriado "Chaves" ganha DVD dublado em português
Da Redação

chavão1.jpg
Capa da edição mexicana do primeiro DVD da série Chaves

Até o final deste ano chega às lojas de todo o país o tão aguardado DVD do "Chaves" em versão dublada em português.

A informação foi divulgada na semana passada por Mara Arakelian, diretora da Televisa Home Entertainment, departamento de DVD e VHS da rede mexicana de televisão que detém os direitos autorais da atração. Ainda não se sabe, no entanto, se a dublagem em português será a mesma dos programas que o SBT exibe em sua programação.

SUCESSO GARANTIDO

Para garantir que o produto em DVD preserve as mesmas características da série de TV, todas as edições de "Chaves" estão sendo feitas com a supervisão do produtor Roberto Gómez Fernández, filho de Roberto Gómes Bolaños, ator e criador do seriado.

Lançado em abril de 2003 nos EUA, a primeira leva de DVDs de "O Melhor do Chaves", "O Melhor do Chapolin" e "O Melhor de Chesperito" alcançou, em um ano, a marca de 500 mil cópias, recorde de vendas de um produto hispânico naquele país. (leia mais)

Recém-ameaçado de extinção na TV brasileira, "Chaves" é exibido no SBT há cerca de 21 anos (com algumas interrupções) e possui uma legião de fãs que freqüentemente precisa se mobilizar pela permanência do programa na emissora de Silvio Santos. O lançamento do DVD com dublagem em português, entretanto, chega para reforçar a importância do público brasileiro na sobrevida do mito em torno da série, que foi gravada no México há mais de 30 anos --de 1969 a 1983.

Além de "Chaves", "Chapolin" e "Chesperito" a Televisa Home Entertainment pretende lançar ainda este ano cerca de 49 títulos na América Latina e também nos EUA, com destaque para as telenovelas.

Enfeitando o peitoral


Acabo de adquirir esta bela camiseta:

camiseta_drum.jpg

Mais modelos aqui.

Agradecimento especial a Dani, que vai me trazer ela de Sampa.

Sobre os ursos e as morsas


Decidido a expor minhas bochechas ao sol, retirei ontem a barba que há meses cobria incessantemente meu rosto. Não que eu esteja cansado de ter barba, muito pelo contrário, fiz isso apenas para variar um pouco e ficar sem pêlos no rosto por uns dez dias, tempo que ela deve demorar para voltar a se constituir como um bloco firme sobre minha face.
O fato relevante mesmo é que a ausência de barba expôs minhas bochechas, que já eram grandes por genética familiar polaca, e agora estão enormes por sedentarismo e gula. Sábio conhecedor do meu corpo que sou, deixei um cavanhaque maroto, que, além de evitar que eu pareça um sujeito de treze anos, deixa meu rosto mais alongado, ou seja, funciona como um reboco de gesso negro no meu queixo - que, sabemos, é pequeno demais. Além disso, um rosto mais longo parece menos bochechudo.
Mas me surpreendeu que o truque não foi muito eficiente. Estou mesmo obeso, e já é hora de tomar consciência.

Cool blue reason


Num ano que vem se revelando cada vez melhor para quem aprecia música e shows, mais uma bela notícia: Cake no Brasil.

Melhor: em Porto Alegre.

29 de setembro, no Opinião.

Solidez lacrimal


Foi infrutífera minha busca no Google por sites sobre a Rasna. Lembram da Rasna (ou Hasna, Hassna, vai saber), a menina que chorava cristais? Ela apareceu há alguns anos no Fantástico como portadora de um inexplicável fenômeno: ela chorava pedrinhas de cristal.
Mais tarde descobriram que a jovem quebrava copos e colocava os cacos dentro do olho. Os fabulosos mecanismos corporais do ser humano cuspiam as pedrículas de volta algum tempo após terem sido introduzidas.
Ainda assim, com o falso DIFERENCIAL DE MARCA, Rasna ganhou um quarto só pra ela, com móveis novos e tudo, enquanto seus irmãos seguiram amontoados em outro aposento.
Ah, os jovens, aqui ou no Oriente Médio, fazem tudo pra aparecer.

Look back, please


Poucas vezes concordei tanto com uma resenha da Pitchfork como neste caso, sobre o novo álbum do Oasis.
De fato me pareceu superior aos dois últimos, como boa parte da imprensa registrou, mas ainda está aquém dos três primeiros, que considero ótimos.
Com exceção de "Mucky Fingers" e "The Importance Of Being Idle" - e mais alguma canção que possa, eventualmente, ter escapado das minhas duas minuciosas audições - o álbum é apenas mediano.
E mesmo as boas músicas me parecem distantes do Oasis de "Live Forever", "Supersonic" ou "Stand By Me", apenas para citar algumas das poderosas canções dos primeiros CDs.
Em grande parte do disco, eles soam como se estivessem profundamente entediados em fazer tudo aquilo. Não há energia e vitalidade nos vocais, muito menos nas guitarras. É sonolento de tão morno.
De toda forma, torço, de coração, para que a pequena evolução em relação aos últimos lançamentos seja o começo de uma retomada aos velhos tempos, e para que o Oasis deixe de ser pra mim uma banda de apenas três álbuns.

Hoje é dia par, hoje é dia de falar mal do jornalismo


Apesar de ser contra movimentos nostálgicos em geral, consigo compreender a luta que muitos travam pela manutenção de uma tradição qualquer. Posso discordar da vontade de voltar o passado, ou mesmo de manter imutável o presente, mas visualizo sentido nela.
Entretanto, não consigo, mesmo colocando os polegares nas têmporas e tentando muito, entender a luta que existe por um jornalismo ético, reto, imparcial, idôneo, ou seja lá qual adjetivo eles gostam de usar (possivelmente algo que inclua uma ofensa à Rede Globo). E não consigo porque o jornalismo nunca, nunca foi assim. E nunca será, como já deveriam ter percebido há muito tempo. É uma guerra vã.
Jornalismo é negócio e negócios devem ser regidos como tal. É bem verdade que jornalismo comunitário (e assemelhados de qualquer ordem) é uma iniciativa bonita, mas que sempre ficará restrita à comunidade, com circulações pequenas e talecosa.
Ainda assim, acredito que os jornais poderiam ter bem mais qualidade. E acho que só não têm porque jornalistas acham que aumento de qualidade é um fator diretamente proporcional ao crescimento da presença de resenhas de filmes franceses, peças de teatro entediantes ou longos textos repletos de cultura de sala de espera de consultório.
No final das contas, acaba fazendo bastante sentido a relação entre jornalistas que lutam por um novo jornalismo e o comunismo. É coisa de gente que não consegue encarar os fatos e aceitar a realidade.


24 quadros


Confesso que quando a Carol disse, enquanto folheávamos a Veja, "ah, que legal, adaptaram pro cinema o Guia do Mochileiro das Galáxias " (que, também confesso, eu desconhecia por completo), eu temi.
Cá comigo pensei "ih, lá vem outra adaptação de uma HQ qualquer".

Parênteses: eu não gosto de gibis, quadrinhos e afins. De nenhum deles. E não assisto adaptações de gibis, quadrinhos e afins. De nenhum deles.

Bem, não se trata de quadrinhos, o que já tira do filme um fator negativo forte. Mas tem mais. O Guia tem uma das melhores PRERROGATIVAS que já vi: a Terra acabou invadida por ETs porque os seres humanos IGNORARAM OS SINAIS DOS GOLFINHOS, achando que seus saltos eram apenas expressões de homossexualidade animal, quando, na verdade, eles estavam alertando sobre o perigo.

Verei.

Pessoas lamentáveis


Episódio de hoje: gente que ri das próprias piadas.

Boa parte das pessoas mais engraçadas que conheço ri muito pouco, ou sequer ri. Ainda assim, conheço um bom número de seres humanos que gargalha a plenos pulmões e é muito divertido.
Mas certamente nunca fui apresentado a uma única pessoa que seja engraçada e ria das próprias piadas.
Além de ser extremamente irritante, o hábito transforma qualquer comentário potencialmente divertido em algo profundamente idiota, uma vez que confere ao autor da pilhéria – e, por extensão, também a ela própria - um caráter infantil e abobado.
Psicologicamente, dá pra dizer que o cara que age assim quer ser um sitcom, ou seja, quer fornecer a piada e o riso no mesmo pacote. Mas aí já é outra história.