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O pessoal do spam tá cada vez melhor.

Besunta


Aconteceu esses dias, durante uma aula de Seminário de Literatura e Comunicação, ministrada por Paulo Seben.

Enquanto esperava os alunos chegarem, o professor resolveu realizar mais uma vez seu famoso exercício-brincadeira. Um aluno diz uma palavra e o seguinte diz a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando escuta a palavra dita por seu colega. Um exercício de associação de idéias, enfim, que pode ser esquematicamente representado pela seguinte estrutura:

Aluno 1: X

Aluno 2: X me lembra Y

Aluno 3: Y me lembra Z

E assim sucessivamente.

Íamos já pela terceira ou quarta rodada quando uma menina anuncia:

- Tal coisa me lembra homem gostoso - e entrega uma bomba nas mãos do seu sucessor.

De fato uma situação complicada para o jovem que vinha depois dela. Cercado por quarenta estudantes de comunicação famintos por uma piada, o garoto tinha que dar seqüência ao jogo com muita habilidade e astúcia. Qualquer palavra mal interpretada poderia significar o fim da sua dignidade.

E tudo isso em frações de segundo. Velocidade é um fator intrínseco à brincadeira.

- Homem gostoso...hm...homem gostoso... - balbucia titubeante.

E, decidido, proclama:

- Homem gostoso me lembra sunga.

Pupurri


Ontem me ocorreu um pensamento assustador. E se existir uma doença não diagnosticada, com sintomas muito parecidos com os de outra bem conhecida, e por isso sempre confundida com ela, mas com tratamento bem diferente?
Já pensou, um número sem fim de pessoas sofrendo, talvez até morrendo, por culpa de A e sendo medicado para B, sem que ninguém se dê conta disso?
E o pior: como ninguém sequer cogita a existência de A, ela fica pra sempre escondida, matando sem parar.
Fiquei ainda mais aterrorizado ao pensar que isso é totalmente possível de ter acontecido, estar acontecendo, acontecer, como diria o Cabeção.
Depois joguei futebol no meu celular e passou.

---

Quando eu era criança gostava de brincar de visão de Robocop na rua. Lembram da visão do Robocop? Tinha uma mira, um zoom poderoso e detalhes sobre o funcionamento dele: energia, força, VIDA, coisas assim.
Era como jogar Doom nas ruas de Passo Fundo.

Maradona


Toda vez que assisto um filme argentino fico me perguntando a mesma coisa: como pode o cinema brasileiro ser tão constrangedoramente ruim?
É impressionante. O último castelhano que vi, por exemplo, poderia perfeitamente ter sido rodado aqui: a história de um grupo de pessoas que perde o emprego com o fechamento de uma linha de trem e de como suas vidas são reviradas por isso. Desemprego, medidas desesperadas, crime, prostituição, tentativas de recomeçar a vida, desamparo estatal, tudo muito Brasil. E está tudo lá. E, ainda assim, o filme é bom. Como pode?

Simples: não é na temática que o nosso cinema desanda, é na forma. A impressão que me dá é que nenhum cineasta nacional fica satisfeito enquanto cada plano, cada cenário, cada diálogo não estiver totalmente indigno.

- Não, não, esse quarto tá muito digno, bota mais mofo ali. E esse ator, cadê as perebas no rosto dele que pedi?

Pode falar muito palavrão. Mas precisa ser cuspindo?

Mas foi isso que ele disse?


Diversão em tempos de ócio.

Ré menor, maestro


Acabo de descobrir um nicho de mercado muito promissor e lucrativo: o das versões de hits internacionais para português.
A atividade em si, eu sei, de nova não tem nada. Meu diferencial vai ser a antecipação: quando a música estourar no original, farei minha versão na hora, começando em seguida a oferecê-la para meu mailing de nomes especialmente selecionados - Simone, Pedro e Tiago, Sandy, e por aí vai.
Para começar com o pé direito, já está pronta "Você é linda", minha versão para "You're Beautiful", do James Blunt:

Linda
Você é linda
É sim

Latino já demonstrou interesse - só pediu pra que eu acrescentasse "popô" em algum verso.

Outro braço da minha empreitada será especializado em desenvolver versões a pedido dos artistas. Eles entram em contato e pedem uma música que tenha a ver com eles. A gente pesquisa, seleciona, traduz e entrega a letra junto com uma fita K7 com voz e violão da versão, interpretada por artistas da noite de Porto Alegre.
Para a Cachorro Grande, por exemplo, fizemos uma versão para "Wouldn't it be nice?", dos Beach Boys.

Beto Bruno adorou. "Não seria legas?" deve entrar no próximo álbum dos garotos.

Woody Allen, o melhor


"Quem não sabe, ensina. E quem não sabe ensinar, ensina ginástica."

Por isso tenho barba


Esses dias um garoto me mandou um e-mail muito comovente. Pedia para que eu, enquanto proprietário da comunidade do meu ex-colégio no Orkut, deletasse um tópico ofensivo à mãe dele, professora e vice-diretora da escola.
Visivelmente emocionado, o texto da mensagem apelava para meu coração de manteiga, usando a boa e velha argumentação "mãe é mãe e com essas coisas não se brinca".
Curioso também que o jovem buscou atingir minha memória afetiva, mencionando que sua mãe possivelmente tinha sido minha professora de português na quarta série.
Não foi. Não que eu lembre. E tenho memória prodigiosa, ainda mais pra professoras de português, eu certamente lembraria.
Mas atendi ao apelo do garoto. Deletei todas as manifestações com ofensas gratuitas e com opiniões sobre a vida afetiva e sexual da professora. E disse ao jovem: as críticas ao trabalho da tua mãe que não forem abusivas ou ofensivas eu vou deixar. Ela ocupa um cargo polêmico, sempre vai ser alvo de críticas, e tu precisa se acostumar com isso.
Me senti velho.

Não sei viver longe do Menezes


Quase vizinhos, colegas de faculdade, companheiros de insanus, operários no mesmo bairro e, agora, juntos também no site da Void.

Já está lá meu primeiro texto: www.avoid.com.br

Meta: conquistar um sexto leitor. Leitora, se possível.