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Turn off your brain and enjoy


Passeando pela TV a cabo no sábado à noite, resolvo assistir um pouco do programa da Penélope, a Dercy Gonçalves tatuada, na MTV. Lixo maiúsculo. Se ela fosse bonita, eu poderia simplesmente dizer aqui que ela é pura embalagem e blábláblá. Mas ela não é, e isso me obriga a pensar em motivos que a mantenham lá, no ar. E eu odeio gente que me obriga a pensar.
A bem da verdade, eu odeio pensar. Meu cérebro é como o funcionário público que passa o dia carimbando. O que ele quer mesmo é ir embora às 5 pra tomar um chimas e ver a novela.
Por isso que eu acabei vendo um filme com o Cláudio Marzo jovem no Canal Brasil.

Bota a mão no queixo, rapaz


Semana passada, enquanto descansava lá na capital do Planalto Médio, aproveitei para passear na Revisteira Central, o grande centro de venda de periódicos da cidade.
Fui olhar as publicações semanais. A Veja estava com uma capa rançosa e reacionária como poucas vezes eu tinha visto. Pedi licença a uma senhora com vestido de viscose (que lia atentamente a Veja) e peguei a Carta Capital. Ah, esta está sempre me agradando: toca o dedo na ferida, e o melhor: foge do jornalismo de palpite em que vivemos mergulhados. A IstoÉ me passou despercebida, as usual.
Resolvi, então, procurar a Wallpaper. Não tinha. A edição promocional das revistas Coquetel que vem com uma caneta Bic? Também não.
Decidi ir embora, levemente cabisbaixo. Saindo, passei novamente pela capa da Veja. Gargalhei. Acho que a senhora com vestido de viscose pensou que eu ria dela. Bom, se eu lesse a Veja e usasse vestido de viscose, também ficaria desconfiado.

Provoca


Marina Amaral - O que você gosta na televisão? Tem algum programa?

Odeio tudo. Não é só televisão, eu odeio tudo, o ar, o mar, a mim mesmo, odeio tudo, só gosto do meu neto, o único homem que mexe na minha cabeça, como diz a minha mulher para ele. Eu não gosto de nada.

Não gosto da Caros Amigos, mas qualquer entrevista com o Abujamra é válida, mesmo essa, que já é antiga.

A pergunta que não quer calar


Três dias de incêndio não seriam suficientes para queimar todo o Uruguai?

Para aproveitar o FSM


O JA até que tentou dar suas dicas, mas se você quer mesmo aproveitar o evento que colocou Porto Alegre no mapa, siga essas aqui:

- Encontre um paulista e diga a ele que POA é muito mais cosmopolita que São Paulo (aponte freneticamente com o indicador para todos os lados como quem diz "ó, isso sim é ter gente do mundo todo em harmonia, seu comedor de pastel maldito"), de forma a provocar uma inútil, idiota e desnecessária discussão - com um pouco de esforço você ganha uma sala para promover um debate democrático sobre o assunto;

- Junte dois ou três baldes e monte um pequeno kit de percussão. Esquerdistas adoram músicas com muita percussão, especialmente se forem longas e monótonas. Alguns gritos sem sentido para dar aquele caráter de folclore nativo e, pronto, garotas aos seus pés;

- Use saia. É verão, o calor abrasa e tudo que você quer é ventilar as vergonhas. Nada melhor do que um ambiente de respeito a diferenças culturais para tal;

- Venda maconha;

- Venda erva-mate a preço de maconha;

- Venda a chaminé do Gasômetro como se ela fosse um grande baseado;

- Crie o Sindicato dos Vendedores de Incenso e Bijuterias Hippies da Cidade Baixa. Cobrar 10% pro sindicato dessa gente, em época de FSM, é um negócio da China. E, sabemos, se é da China tá valendo.

Mas, claro, eu não irei.


Mas hein?


Creio que muita gente - especialmente RAPAZOLAS e MOÇOILAS - deve ter assistido Antes Do Pôr-do-Sol e achado um filme ruim. Mas, como também creio que 98% dessa gente não gostou do filme por que o achou "muito parado", não há o que argumentar. Com pessoas que baixam o nível eu não discuto.

Ah, sim: é um belo filme.

Paint


O MSN agora vem com uma ferramenta para se escrever à mão (manuscrito através do mouse, claro). A princípio, pareceu-me a idéia mais inútil desde a geladeira com internet, mas até que não.
Conforme o Hilton acertadamente observou, ela serve para, por exemplo, desenhar mapas explicando o local de uma festa, ou explicar visualmente como funciona o pincípio de Arquimedes.
Mas não se engane: é bastante difícil coordenar o pincel (para efeito de comparação: é como desenhar no Paintbrush).

Jack Nicholson


Eu tinha duas obsessões musicais quando jovem:

- Ao ouvir um determinado CD, tinha de fazê-lo até o fim, escutar todas as faixas dele que gostava. Se algo me interrompesse na faixa 8, por exemplo, eu tinha que, ao retornar, escutar da faixa 8 em diante. Para manter o equilíbrio das audições, entende?

- Parar de ouvir uma faixa na metade era inconcebível. Por isso, se o tal algo do item anterior viesse me interromper, teria que esperar, ao menos, aquela música acabar para me levar embora.

Consegui me curar da primeira.

Olha o passarinho


Vendo o Programa Brasileiro de Assistencialismo, acabei reparando, entre uma e outra piada ruim do Bial, que ele se transformou numa grande mesa de discussão - leviana e idiota, claro - sobre o preconceito contra homossexuais.
Sei que não há nada de inédito na minha observação, ao menos não para quem acompanha o programa, mas fiz questão de deixar aqui registrado.
Não assisto o BBB com freqüência, e não por razões, digamos, estudante-do-primeiro-semestre-de-jornalismo (a saber: má qualidade da TV brasileira, o imperialismo da Globo, etc). Acho, acima de tudo, um programa entediante.
E, Deus, como odeio aquele momento "ah, por que eu sou uma pessoa com muita personalidade, sabe? O que eu penso eu falo, falo mesmo" que sempre acaba por acontecer nesses realitys aí.

With tired eyes, tired minds, tired souls, we slept


Disposto a aproveitar ao máximo meu período de descanso (minhas miniférias de uma semana começam na sexta), rumarei para Passo Fundo, onde nada acontece - justamente o tipo de lugar que quero estar agora.
Nunca antes meu coração clamou tanto por tédio, marasmo e chimarrão na frente da casa da vó. Coisas que só a terrinha pode me oferecer.
Tentarei não pensar nas coisas que andam circundando minha cabeça. Às vezes parece que meus pensamentos são plumas. Sempre que tento agarrá-los, acabo por afastá-los e agitá-los ainda mais no ar. Talvez se eu deixá-los lá, quietos, eles repousem em seus devidos lugares.

Soundz


Um desses e um desses pra mim. Obrigado.

Buá


Uma criança fruto de uma relação que começou num chat do Terra só podia mesmo terminar nisso.

Protect me from what I want


Andei pesquisando por aí para descobrir mais sobre supostos shows do Placebo no Brasil. Parece que eles estão, sim, muito perto de acertar apresentações por aqui, em março.
Parece também, ao menos isso foi o que entendi, que já estão confirmados espetáculos em Santiago e Buenos Aires.
Ou seja: na pior das hipóteses, conhecerei Buenos Aires. Na razoável das hipóteses, visitarei São Paulo. E na melhor das hipóteses, voltarei ao meu querido e saudoso Rio.
Perder esse show não está cogitado.

Nostalgia


Não tem pra ninguém
A Globo 90 é nota 100

Muitas vinhetas de televisão, em MP3.

Veneno


Faltavam ainda uns 50 minutos para o início da minha sessão no cinema. Faminto, resolvi passar no supermercado anexo e comprar alguma coisa para comer. Mas não uma barra de cereal ou um copo de iogurte, eu queria SUSTANÇA.
Ao mesmo tempo, estava decidido a abandonar, ao menos naquela noite, meus preceitos de só comer alimentos que possuam um vínculo mínimo com a natureza.
Assim, fui direto na prateleira dos Salgadinhos. Em pouco tempo, um pacote de Ruffles sabor churrasco e um de Pingo D´Ouro estavam na minha mão. Em menos tempo ainda, no meu estômago. E todo esse BOLO ALIMENTAR foi coberto com um iogurte, escolhido apenas por ter sido a primeira bebida gelada que avistei.
Imediatamente após o lanche, nada aconteceu. Assisti o novo filme do Seu Furtado, conversei com o Sr. Insanus, que lá também estava, e fui pra casa.
Umas 3 da manhã acordei sentindo o estômago pesado. Minha vó sempre diz que eu como até chumbo derretido, e é verdade. E dificilmente algo NÃO ME SENTA NO ESTÔMAGO, como ela gosta de dizer.
Felizmente, não passou disso: uma breve insônia e o sentimento de ter 50 quilos de cimento na barriga. Porém, o alerta me foi válido. Os alarmistas têm razão dessa vez. Salgadinhos são feitos de PEDAÇOS DE SATÃ.

Glub


A Dani já tinha comentado isso comigo, mas só percebi mesmo onteontem: a água de Porto Alegre está com um gosto estranho.
Dizem que é pelo baixo nível do Guaíba, provocado pela estiagem, que faz com que algas se proliferem ou algo assim.
Mas acho que tem alguém fazendo xixi na minha caixa d´água.

Atendendo a pedidos


Levemente fora de foco, mas o que vale é a intenção.

mano2.jpg
João Paulo Szinkaruk Pinheiro

Soma


Já que o tema atual do Insanus é a morte do Will Eisner, taí minha contribuição.

will3.jpg
Anúncio feito pela DM9/DDB para o Diário de São Paulo.

Da série Coisas que Só Acontecem Comigo


Esperando elevador pra ir almoçar, chega ela:

- Mas vem cá, hein, que roupa de bicha é essa?
- É uma calça capri - respondo.
- Devia ser proibido se vestir de bicha pra trabalhar. Astral bicha vale, mas se vestir como bicha não.
- Mas não pode fazer parte de um astral bicha se vestir como bicha?
- Não, não. Olha como o gay da agência se veste bem.
- Ah, mas eu também me visto bem. Aliás, se estou parecendo uma bicha, estou bem vestido. Eles têm bom gosto.
- jhajsisj (qualquer resmungo que não ouvi porque, felizmente, a porta do elevador abriu e fui almoçar em paz).

Aurora


Vou ter que alterar todos os meus cadastros pessoais. Desde às 11h da manhã de hoje, tenho dois irmãos.

Baticundum


Top Five de Álbuns no meu iTunes, em ordem aleatória:

Funeral, Arcade Fire

Up The Bracket, The Libertines

Final Straw, Snow Patrol

Pressure Chief, Cake

The Invisible Band, Travis

Again


Funciona assim: às vezes parece que o comentário não será processado. Aí a gente fica com pressa e clica de novo, e de novo.
Mas calma, é só clicar uma vez e esperar um pouco. Não sejam tão ansiosos, amigos.
Respeitem minha preguiça de ir lá deletar comentários repetidos. Obrigado.

É ritmo de festa


Adendo ao post anterior: descobri um jeito eficiente de atenuar o calor. É bem simples.

Passo 1: Pense em um filme, música ou qualquer manifestação D´ARTE que te emociona PACAS.
Passo 2: EXPONHA-SE a ele.
Passo 3: Se ele realmente te emociona, a esta altura deves estar arrepiado. E, sabemos, quem se arrepia sente frio.

Parece piada, mas funciona mesmo. Me aconteceu hoje à tarde algumas vezes, enquanto eu ouvia belas canções.

Digam hot hot, hot


O pior dos dias quentes é que eles fortalecem o clichê. O desânimo e a vontade de passar o tempo todo fazendo algo que exija o mínimo possível do corpo - como dormir com um ventilador mirado pro tórax - e do intelecto - como assistir a MTV - é suportável. Mas ver o mundo todo se rendendo ao clichê e, o pior, ter que se curvar a ele também, é bastante dolorido.
E é impossível, humanamente impossível resistir. Qualquer diálogo acaba, mais cedo ou mais tarde, sendo presenteado com um "mas e esse calor, hein?" ou um "mas será que não vai chover pra aliviar?".
Eu confesso que tentei, arduamente, não dizer nada relacionado à temperatura neste sábado. Mas não consegui. E olha que só interagi com pessoas por meios virtuais hoje, ou seja, do jeito menos constrangedor que existe, em que o clichê seria mais fácil de ser evitado.
Os taxistas devem estar delirando de prazer hoje.

Crepúsculo


Minha sombra só encontra paz quando está marcada na tua retina, como se minha alma pertencesse ao verde dos teus olhos.


Faltam poucos dias, bem poucos mesmo, para a chegada do meu novo irmão.

Roletrando


Ontem formulei mais uma teoria inútil: não existe pizza portuguesa perfeita. Ao menos não em Porto Alegre.
Pizza portuguesa tem que ter queijo, presunto, ovo, tomate, azeitona, pimentão e cebola. NADA menos.
Mas sempre falta alguma coisa, em geral, ovo ou pimentão. Em alguns casos absurdos, chegam a abrir mão da azeitona, DIMULINDO qualquer resquício de PORTUGUEZICE que porventura pudesse existir na PISTÇA.

Estamos de olho.

Existe alguém mais pé frio do que eu


Aproximadamente uma e quinze da madruga, chego em casa. Cansado de um dia, noite e pedaço de madrugada de trabalho, meu único pensamento em mente é ir reto pra cama. Suado, graças a um dia, noite e pedaço de madrugada de calor intenso, acabo, porém, rendendo ao desejo de ter ÁGUA DE LORENZETTI escorrendo pelo corpo.
Confesso que, em um outro dia qualquer, eu teria ignorado o suor me grudando na pele e teria ido dormir, sem constrangimentos. Mas ontem não. Peguei meu pijama e fui.
Já no banho, distraído com algum pensamento aleatório qualquer, pego o shampoo da muretinha da janela (muretas em janelas de banheiro existem para que ali se depositem shampoos), sem perceber que a movimentação acaba por desiquilibrar o espelho, que encontra na mureta o seu recanto de descanso. Ou, ao menos, encontrava.
Sim, quebrei um espelho. 7 anos de azar me aguardam sorridentes, torcendo seus pequenos rostos e soltando um fiozinho de baba pelo canto da boca - mas só um pouquinho, senão parece coisa de bebê, e tem que parecer malvado.
O pior é que sou reincidente. Quando eu tinha uns 10, 11 anos, quebrei um espelho. Em pouco tempo engordei e virei fã da Legião Urbana.
Estou com medo, muito medo.

Fuzz


Essa nova safra de bandas de rock me agrada bastante. Ok, nada é realmente novo ou diferente, mas precisamos parar com esse ranço de desmerecer bandas novas dizendo coisas como "ah, mas o irmão do rodie do Television fazia um som parecido na segunda banda dele, The Rapers of NY, e isso em 1976!". Essa vontade desenfreada que muita gente tem de mostrar que sabe tudo de música tira todo o prazer de AUDIR um CD.
Não importa se parece com muitas coisas já feitas. Ou é bom ou não é. Pode não ser revolucionário ou genial, mas se dá vontade de aumentar o volume, já vale.

Aliás, seguindo a minha sina de me contrariar em meus próprios posts: ontem eu ouvi o álbum do Libertines e notei um ponto interessante. COMPARANDO com outras bandas dessa nova geração, percebi que, ao contrário de Franz Ferdinand ou Arcade Fire, por exemplo, eles não têm um pé tão grande nos anos 80.
3 bons álbuns esses aí de cima. O do Arcade Fire, inclusive, vale inteirinho só pela primeira faixa.

O Clarinete Azul


São incontáveis os filmes em que a canção Begin the Beguine aparece. É possível dizer, com apenas um pouco de exagero, que, se há um baile em um filme – especialmente se a trama se passa nos anos 30 -, lá está ela. Mas claro, nem de longe esse é o fator que faz com que seja imensa esta perda.
A morte de Artie Shaw representa bem mais do que uma perda para o jazz. Acima de tudo, é um duro golpe para a música popular ocidental contemporânea. E não há aqui nenhum tipo de saudosismo ou idolatria demasiada ao passado. É apenas constatação. Como disse o Chico Buarque nessa tão comentada entrevista à Folha, a canção como conhecemos no século XX está definhando.
Aí alguém pergunta: qual a relação existente entre a morte de um representante do swing, estilo de jazz de 60 anos atrás com a canção contemporânea?
Bom, por mais que tenha sido suplantado pelo bebop ainda nos anos 40 e, desde então, seja considerado um gênero “menor” do jazz, o swing foi essencial para a estruturação da música pop. Afinal, está em sua essência a canção ser curta, dançante e de melodia grudenta, bem como atrair multidões de jovens para os salões de baile, exatamente como a canção pop faz hoje.
É por isso que a morte de Shaw representa, muito mais em um nível conceitual do que real*, digamos assim, mais um passo para a morte da canção como conhecemos.
Claro que por algum tempo ainda vamos ligar o rádio e ouvir canções de três minutos com refrão e solo de guitarra. Mas me parece ser algo com fim próximo, prenunciado por acontecimentos como o sucesso da música eletrônica e do rap.

*também senti nojo dessa frase, mas não achei jeito melhor de expressar o que queria dizer.

Jesuis


Que belezura. Diverti-me por horas a fio.

Te pára


Mas o que é essa nova música do Barão Vermelho? Ruim como poucas coisas que já ouvi na vida.