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Prevejo histórias constrangedoras


Preparei, em um PowerPoint bem horroroso, claro, uma apresentação que farei aos principais executivos de marketing dos estúdios de cinema, redes de televisão e produtoras independentes (só as boas - facilmente identificadas por buscarem o lucro).

Vou tentar vender a seguinte história, que será verídica a partir de amanhã:

Argumento: Saulo vai para Buenos Aires passar um fim de semana prolongado com sua namorada, antes de ela ir pra Cuba estudar por dois meses.

Tem romance (um casal em um momento de despedida), tem descoberta (minha primeira viagem de avião, believe or not), tem comédia (dançaremos tango, algo que não faço idéia de como se faz, e vou falar espanhol) e tem aventura (Carol vai domingo à noite pra Cuba, e eu fico até segunda de tarde sozinho lá, interagindo com os nativos e praticando o melhor tipo de turismo - caminhar aleatoriamente pela cidade).

Sucesso.

Porque tenho postado pouco


DSCN6722.JPG
Bastante trabalho, incluindo tarefas distantes do computador.

cuba2
Ajudando a Carol nos preparativos para Cuba.

monografa.gif
Monografia.

Without you, please


Deu no jornal: o Bono Vox é forte candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Só não digo que estou chocado porque ele já foi cogitado para presidir o Banco Mundial.
Mas não consigo entender o sentido disso mesmo assim.
O Bono não faz nada de bom para a humanidade, exceto divulgar histericamente que faz.
E, por favor, o argumento de que ele usa sua fama e imagem para atrair a atenção para causas sociais é pífio. Usasse, silenciosamente, parte do dinheiro que ganha e estaria sendo mais útil.
Ainda assim, confesso que eu mesmo daria um Nobel da Paz para ele, desde que se comprometesse a encerrar as atividades do U2 e conceder paz aos meus ouvidos para sempre.

Camiseta do Pet Shop Boys


Vale muito dar uma olhada na capa do Diarinho de hoje. Sempre vale, na verdade, mas hoje está especial.
Repara na charge da notícia sobre o velho que não quis pagar o garoto de programa.

Enquete


Afinal, o show da Avril Lavigne durou ridículos 62 minutos porque a) muitas músicas do repertório têm apenas dois minutos, como todo bom punk rock(?) deve ser b) a garota é puro estrelismo e resolveu terminar o show antes de concluir o setlist ou c) o Ministério da Saúde proíbe exposição ostensiva a lixo de última categoria?

Too Loud


arcade fire
Arcade Fire

strokes
The Strokes

acust
Acústicos e Valvulados


Dolores Fuertes


Soares Silva tem razão. É possível.

Sinsalabin


Eis, finalmente, meu novo e, até segunda ordem, definitivo layout.

Apesar de ter minha cara ainda mais ENFEIADA ali, ficou belo, não? Viram que tem até o Kremlin ali?

O blogroll ainda receberá os nomes e links de todos os não-máfia, o que deve acontecer em breve.

Os agradecimentos vão para Henrique "Duim" Lago, pelo layout e ilustrações, e para Bruno Galera, por ter tornado nosso sonho possível, publicando a belezura na grande Mãe Rede.

Histórias Constrangedoras da Minha Vida IV


Episódio de hoje: o dia em que, aos sete anos de idade, conheci toda a maldade feminina.

Minha história de vida não é marcada por desilusões amorosas. Afinal, uma desilusão amorosa pede que a pessoa seja, de alguma maneira, rejeitada. E, para ser rejeitado, eu teria que dizer para a menina que passeava nos meus sonhos que eu gostava dela.

E isso, durante minha infância e adolescência, nunca aconteceu. Eu amava em silêncio. Não contava nem para meus melhores amigos por quem meu coração batia mais rápido.

Costumava, isso sim, observar muito minhas divas, conhecer detalhes de seu comportamento, gostos, personalidade (o que sempre permitiu, aliás, que os mais espertos me desmascarassem. Ou tentassem fazê-lo, porque eu negava e negava, sempre).

Da primeira delas, porém, não tenho muitas lembranças. Era loira, cabelos lisos até os ombros, franjinha. Não recordo se éramos amigos, se ela era legal, se era inteligente, se levava Nescau ou suco para o lanche. Nada.

Chamava-se Fernanda Fratton. O que, atentem, será importante nessa história ainda.

Uma vez, em um momento Werther, escrevi em um pedaço de papelão “eu amo Fernanda Fratton”, com canetinha vermelha. Minha mãe achou o papelão, mostrou ao meu pai, e juntos eles construíram um dos momentos mais constrangedores da minha vida, rindo da minha inocência amorosa enquanto eu inventava uma desculpa qualquer. Negando, claro:

- Não, não, isso aí foi o fulano que escreveu, não fui eu.

Tenho a imagem bem nítida ainda. Meu pai sentado à mesa, minha mãe em pé ao lado dele, e eu em frente a ambos, procurando um buraco bem fundo pra pular dentro e desaparecer por umas quinze horas.

Mas a verdade é que eu de fato gostava dela, desde o Jardim, eu acho. E já estávamos na primeira série quando tudo aconteceu.

Na época, eu desenhava muito. E o fazia muito bem. Ou, ao menos, melhor que meus colegas. Uma vez, no Jardim ainda, desenhei uma paisagem e pintei o céu de azul até a linha do horizonte. Fui sumariamente ridicularizado por todos (incluindo aí um menino que sempre desenhava buracos negros. Pegava a folha e fazia vários círculos com lápis preto, e estava pronto o desenho dele do dia de todos os dias. Suspeito que ele tinha problemas. Pobre rapaz, nesse mesmo ano se mudou pro Vale dos Sinos. Quanto sofrimento reservado para uma mesma pessoa, não?), que acharam muito engraçado eu pintar o céu no chão. Por sorte, no mesmo dia, uma menina fez um desenho com dois sóis, que tornou meu erro algo pequeno e passível de esquecimento.

Saulo desenhando costumava ser um acontecimento nas aulas, acreditem. Meus colegas se reuniam ao redor da minha classe para ver minha mais nova obra tomando forma entre os rabiscos. E eu aproveitava o momento. Parava, pensava, fingia concentração absoluta, desenhava alguns traços e ficava meditando sobre eles e, o pior, fazia cálculos (leia-se contas de mais e de menos) para simular que tudo estava sendo desenhado sob a égide da matemática. Fraude absoluta.

Boa parte das minhas noções gráficas vinha do meu pai, que tinha cursado alguns semestres de engenharia e me passava boas dicas, especialmente de perspectiva.

casas2.jpg
No desenho, uma amostra das minhas boas noções de desenho. Na primeira casa, o modo como as crianças costumam desenhar telhados. Na segunda, como eu fazia.

Então, se eu desenhava bem a ponto de despertar admiração dos meus colegas, que idéia tive para surpreender a menina que eu gostava? Sim, sim.

Era uma tarde de aula como outra qualquer. Não estou certo, mas acho que a atividade para todos era fazer um desenho, o que deve ter me motivado. Coloquei o coração na ponta do lápis e colori toda minha paixão com Faber-Castell.

Não lembro o que desenhei, mas certamente foi algo DE MENINA, com flores, borboletas e arco-íris.

Pronta a obra, escrevi “para Fernanda”, e sorrateiramente deitei o presente na classe dela, aproveitando um momento de ausência da menina. Voltei para meu lugar e fiquei esperando o que iria acontecer.

Ela volta, vê o desenho e diz:

- Tem um desenho que não é meu na minha mesa.

Junta-se um pequeno aglomerado de pessoas em volta da situação. Desesperado e sem poder assumir a autoria da peça (ninguém podia saber, nunca), tentei ajudar a moça:

- Mas diz “para Fernanda” aqui, ó.
- Não é meu não.

Completamente surpreso com o inesperado imprevisto, eu ainda lutava para solucionar o problema quando a bomba caiu sobre o Colégio Onofre Pires. Do nada, a outra Fernanda da turma se aproxima, atravessa seu braço pela roda de crianças confusas, pinça o desenho e diz:

- É meu.
- Ah – todos dizem em aliviado uníssono.

Estupefato e incrédulo, tentei esboçar alguma reação, mas não havia nada a fazer. O muro do anonimato era intransponível para mim, e sem me assumir como autor não fazia sentido tentar argumentar - o que eu ia dizer? Que na dedicatória estava implícito que era “para Fernanda Fratton”?

Sem ter o que fazer, voltei ao meu lugar. Na hora, não percebi, mas o mundo tinha acabado de me ensinar uma valiosa lição:

A menos que ela se chame Gerúndia, coloque nome e sobrenome na dedicatória.


Para ler sobre o dia em que levei um soco na cara de um mendigo clique aqui.

Para ler sobre o dia em que subi na calçada e atropelei uma menina a 12Km/h clique aqui.

Para ler sobre o dia em que assisti Jamaica Abaixo de Zero no cinema pensando se tratar de O Rei Leão clique aqui.

Atira no olho


Se correntes de e-mail podem ser consideradas, de alguma forma, um mecanismo de pesquisa de opinião, a imensa maioria dos brasileiros dirá não ao desarmamento.
É impressionante o número de mensagens que já recebi com argumentos, textos, piadas, anúncios e depoimentos contrários ao desarmamento.

Obrigado por ouvir minha dor


Estou muito angustiado com um fato que ocorreu agora pela manhã.

Cheguei na agência e percebi que ontem, por descuido, deixei meu fone mergulhado dentro de uma xícara vazia de café.
Uma noite toda imerso no vapor e odor que a xícara emanava e o fone, claro, ficou com aroma de café.

Agora, a questão que me intriga é: será que minha orelha direita, que recebeu o fone embebido, está também cheirando a café?

Notadamente, não tenho como fazer essa verificação eu mesmo. Tampouco pedirei a alguém para cheirar minha orelha.

Logo, amigos, terei de carregar essa dúvida para sempre.

Alfabeto arábico


Defesa de Maluf espera papéis para pedir habibs.

Assim eu li a notícia que está na capa do Terra agora.

E o pior é que até fazia sentido.

A Warm Gun


Quando eu tinha uns onze anos, fui assaltado em Passo Fundo. Era sábado de tarde e eu tinha ido até a Doce Mania comprar umas guloseimas com a minha mesada. Na volta, fui surpreendido por um garoto, mais ou menos da minha idade, portando um TUBO DE PAPEL.

Explico: quase ao lado da Doce Mania, tinha uma loja de tecidos. Estes são enrolados em tubos feitos de papel bastante duros - ao menos assim eu imaginei que seriam se um deles atingisse a minha cabeça, como o jovem prometeu. Quando o tecido terminava, eles largavam os tubos ali na rua mesmo, os porcalhões. Alimentavam jovens meliantes e nem sabiam.
Foi um assalto bizarro, como muitos são. Caminhamos lado a lado por umas duas quadras. Batemos papo. Ele quis meu relógio, argumentei que não valia a pena, e no fim ele levou apenas meu chocolate Talento e algumas balas.
Experiência traumática, tenho que admitir. Durante algum tempo, passei a temer andar sozinho nas ruas, especialmente nos fins de semana.

Já em Porto Alegre, sofri um assalto, mas que até nem considero. Quem resolve atravessar o Parcão a pé e sozinho às 3 da manhã merece. Me roubaram tudo que eu tinha - três reais.

Moro na capital há quatro anos, o que me fez acumular uma boa experiência. No início, cheguei a cometer grandes ousadias, como essa acima citada e outras de mais sucesso e sorte.

Hoje, sou bastante precavido. Já quase fui assaltado algumas vezes, e pensei estar quase sendo assaltado muitas vezes (como, aliás, está fartamente documentado aqui - vide três ou quatro posts abaixo, por exemplo).

Não tenho teorias sobre a causa da violência, nem sobre como se deve combatê-la. Tenho apenas esperança de que um dia tudo isso acabe.

Trabalhar aos domingos


Sempre que eu saio de casa portando um guarda-chuva, meu tio diz "Vai espantar a chuva, Saulo?".

A piada, que tem sua explicação no fato de ser um guarda-chuva bastante grande, está começando a se tornar profecia.

Porque, invariavelmente, quando eu saio com ele, não chove.

Ou seja, sairei com ele esta semana todos os dias. Chega de chuva.

Eu, meus fones e meu corte de cabelo antigo


eu preto fones 2.jpg

eu preto fones 4.jpg

Se eu usasse chapéu, tiraria


Momento homenagem do dia:

endrigo
Sérgio Endrigo 1933-2005

Canzone Per Te é das mais belas canções que já ouvi.

All night long


Percorria o já por mim muito pisado caminho que separa o Moinhos Shopping da minha casa. Ainda que não seja uma rota perigosa, não se pode dizer que seja segura, especialmente perto da meia-noite, horário em que eu me encontrava na citada trilha.
Tinha acabado de sair do cinema, onde deixei duas horas da minha vida no menos que mediano Procura-se um Amor Que Goste de Cachorros (confesso que me consola um pouco saber que apenas eu, uma senhora com um imenso balde de pipocas, dois casais, um bem jovem e um bem velho, e duas amigas que não paravam de tagarelar sobre tipos de molho tenhamos caído no conto), e estava mesmo disposto a uma agradável caminhada.
E a distância entre o Moinhos e meus aposentos é o ícone perfeito de agradável caminhada para mim, uma vez que a) atravessa lugares bonitos, b) dura entre 12 e 15 minutos e c) passa por ruas pelas quais possuo fortes laços afetivos.
E eu ia, sereno e tranqüilo, observando as obras que desentranharam a Doutor Timóteo para instalação de algum tipo de tubulação. Ia, também, me perguntando o porquê da cidade estar tão parada e quieta. Pouco mais de meia-noite e boa parte dos bares e restaurantes do caminho já mostrava seus cadeados para a rua.
Esse fato, aliás, deixou-me preocupado de leve. Menos movimento é mais perigo.
Cruzei a Cristóvão e entrei no que defino como zona amarela, região que pede um pouco mais de cuidado que a anterior.
Duas quadras depois, avisto um sujeito de aspecto suspeito vindo em minha direção. Grande e desengonçado, caminhava levemente arqueado, trazendo uma perturbadora mão na cintura.
Temi, mas segui em frente.
Ele então começou a falar sozinho, o que me deixou aliviado por um lado e preocupado por outro. Ladrões não costumam murmurar, é verdade, mas psicóticos sim.
Como estávamos bem em frente a um bar, cogitei duas coisas:

1 - parar e simular que estava para entrar ali, afugentando o meliante;
2 - ele deve trabalhar como guardador de carros desse bar.

Tomei a atitude de 1, e verifiquei que 2 estava correto. E mais: ele veio puxar papo comigo:

- Quer entrar aí, véio?
- Pois é, como tá?
- Hoje tá fraquinha a coisa, mas é só três pila. Só o couvert da banda.

Ele tinha um número sem fim de tiques no rosto e no corpo. Parecia estar sendo puxado e repuxado por barbantes. E seguia falando:

- Tu tem que vir aí no sábado. Porque sábado... (sabe o tipo de pessoa que para enfatizar alguma coisa diz a frase só até um pedaço e espera tu completar?)
- A coisa ferve?
- Bah!

Nesse momento, desesperado para seguir meu caminho para casa o mais rápido possível, lancei mão do bom e velho artifício da identificação. Comecei a usar gírias que, de acordo com minha catalogação mental, pertenciam ao mesmo grupo das dele:

- Certo. Bom, vou ali buscar minha MINA e já volto, então.
- Ah, pra vir de casal hoje tá o canal. Uma da manhã vai tocar a banda do Garcia.

Foi por pouco, muito pouco, que não cometi o erro de pedir mais informações sobre a banda do Garcia. Sabiamente me calei.

- Legal.
- Meu, sábado aqui tinha quatro mulher pra cada homem. A gente fez a contagem na portaria. Cada um que entrava a gente anotava. Mulher. Homem. Mulher, mulher, mulher. Quatro pra cada. As mina tavam se jogando.
- Nossa.
- Mas vem aí, vem aí.
- Vou dar uma BANDA ali e já volto.

E comecei a andar para que ele parasse de falar, o que ainda deve ter demorado uns oito segundos para acontecer.

Segui até em casa, sem problemas (no caminho ainda presenciei uma senhora perguntando a dois rapazes “que tipo de moça vocês gostam” na porta de uma casa que eu já suspeitava tratar-se de um local de meretrício). Cheguei, tomei banho, assisti o Rogério Skylab no Jô e dormi. Precisamente na hora em que a banda do Garcia devia estar subindo no palco.

Memórias do Sargento


rafael_milico.jpeg

Mujique deseja a todos um bom Sete de Setembro.

O doce sabor de um feriado no meio da semana derrete na boca.

A vida vale mesmo a pena


Liberado fluxo na Osvaldo Aranha após acidente com galinhas

Caminhão transportava animais em caixas que caíram durante curva

O trânsito na Avenida Osvaldo Aranha com Rua Sarmento Leite está liberado em Porto Alegre. O fluxo de veículos ficou interrompido após um acidente inusitado no bairro Bom Fim: parte da carga de 7.020 galinhas caiu de um caminhão de São Sebastião do Caí.

A Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) teve dificuldades para controlar a situação. Outros dois caminhões foram acionados, para recolher os animais que corriam pela Sarmento Leite, Osvaldo Aranha e André da Rocha.

O fluxo foi liberado totalmente após um veículo do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ter limpado as vias. Os locais estão cheios de penas de galinha. No total, 210 aves morreram. Segundo o motorista Rodrigo Tulhos, 70% da carga caiu na via. Ele transportava a carga de Estrela para um matadouro na Zona Sul.

Algumas aves percorreram uma distância de até 400 metros. Uma galinha foi encontrada dentro da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outra, dentro de um carro que estava estacionado na Santa Casa de Misericórdia.

Be bi du biu du


Eu estava agora ouvindo a versão que o Arcade Fire fez pra Aquarela do Brasil e constatando, mais uma vez, o quanto é coeso e bem definido o estilo dos jovens canadenses.
Deveria ser óbvio para qualquer banda possuir um estilo próprio, mas a verdade é que quase tudo que se ouve hoje em dia, ainda que seja bem pouco original, desrespeita o óbvio - e acaba sendo uma grande porcaria.
Arcade Fire interpretanto Aquarela do Brasil soa, deliciosamente, como Arcade Fire tocando Aquarela do Brasil, o que, mais uma vez, é óbvio, e ótimo.

Sábado assisti a reprise do VMA na MTV. Enquanto um desfile de Falcões d´O Rappa norte-americanos vomitava uma arrogância sem graça e enjoada em meio a "ãhn-ahans", um número sem fim de cantoras-loiras-gostosas-iguais aparecia por todos os lados, me deixando completamente confuso. Em meio a tanta gente estufando o peito para mostrar personalidade e estilo, a mesmice era, curiosamente, a tônica da noite.
Mais do que me espantar em como pode tanta gente gostar de músicas tão ruins, porém, me espanta a atração humana por artistas que não sabem se vestir. Para mim, é critério eliminatório básico. Usa corrente que pesa mais de 30g no pescoço? Não ouvirei.
Mau gosto é algo que contamina tudo. Pode reparar: uma cantora brega na hora de escolher uma roupa invariavelmente canta fazendo vibrato a cada 15 segundos - e nada é mais vulgar que vibrato sem critério.

---

Certa vez, logo que os Beatles estouraram, perguntaram ao Ringo, numa entrevista, como se chamava o penteado que eles usavam. "Artur", respondeu o baterista.

Swing


Só posso dizer duas coisas sobre os estragos do Katrina:

- é triste, muito triste.

- poxa, precisava ser em New Orleans? Logo em New Orleans?

Nossa próxima atração


Da série "Eu Tenho Ataques de Riso Sem Sentido em Momento Aleatórios"

Acabo de lembrar que o Gugu hipnotizava galinhas traçando linhas no chão com giz e encostando o bico delas em uma das pontas da linha.

E fazia isso em praticamante todos os programas.

No balanço do short cavado


E então, ontem, pela primeira vez, discotequei com CDJ (que, como o nome diz, é o toca-CDs dos DJs).
Como imaginei que fosse acontecer, me atrapalhei um pouco no início com os botões, volumes e liga-desliga de canais de fone de ouvido. Mas nada que tenha chegado a comprometer, nenhum erro grave mesmo.
O DJ da casa foi muito solícito, tanto na hora de explanar sobre o funcionamento das máquinas, quanto na hora de resolver eventuais problemas e dar dicas.
O único inconveniente mesmo foi ele ficar tentando me convencer de que eu deveria usar nas canções os EFEITOS que o aparelho possibilita. Eu querendo apenas tocar um rock pulsante atrás do outro e ele ali "ó, faz aqui, ó", e destruindo por completo o embalo da música com sua intervenção.
Como ele insistiu bastante, de maneira coerciva e quase doentia até, acabei lançando mão do JET (efeito que dá a impressão de estarmos numa viagem intergalática) uma vez ou outra. Porém, o WAH (tira todo o grave ou agudo da música) e um outro que, Jesus, MUDA O ANDAMENTO, me neguei com força e coragem a usar.
No fim, ele acabou me contando que a praia dele era mesmo a música eletrônica, e que não conhecia nada do que eu tinha tocado até então.

Sorri triunfante.

Ah, importante: levou menos de dez minutos para alguém vir me pedir uma canção e levar um rotundo e sonoro não.

Fala que te escuto


Estou deveras intrigado com uns cartazes que estão espalhados pela cidade. Impressos em preto e vermelho, possuem os seguintes dizeres:

SOU FELIZ, MAS PRECISO FALAR COM VOCÊ*

E, abaixo, um telefone 0 800.

Alguém sabe o que é isso? Telemarketing? Igreja Universal? Próxima festa do insanus? Telesexo?

*pra variar, citado de memória.

Quentinha


Esta não saiu no UOL, na Folha ou no Terra, mas foi divulgada pelo repórter Acácio Silva, e chegou até mim via Guto. Ou seja: notícia de Passo Fundo:

Surra provoca diarréia em ladrão


Uma ocorrência atendida pela Brigada Militar, por volta das 3h dessa quarta-feira, causou uma série de transtornos aos PMs. Um morador de rua de 27 anos foi surpreendido enquanto praticava furto em uma residência situada na Rua São Borja - Vila Vera Cruz.
O acusado estava fugindo com um cortador de grama e diversas peças de roupa, mas foi interceptado pelo filho da proprietária - um adolescente de 14 anos. O ladrão foi agredido com golpes de facão e entregue à Brigada Militar para o registro da ocorrência.
A surra provocou uma violenta diarréia no acusado, que acabou defecando no interior da viatura. O problema prosseguiu na Central de Polícia, obrigando os PMs a conduzirem o acusado até o Hospital da Cidade para reidratação.
Depois do tratamento, o morador de rua deve responder inquérito por furto. O caso foi encaminhado para a 3ª Delegacia de Polícia.