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Não sei o que é melodia, me amem


Tenho reparado, não sem preocupação, no grande crescimento no número de bandas de dois integrantes. Uma proliferação descontrolada de duplas que, impulsionadas por uma maré favorável no mundo hype, acreditam que basta ser gay esquálido com cabelo descolorido e comprar um teclado Casio para fazer música.
Nada contra os gays, os esquálidos, os de cabelo descolorido ou os possuidores de teclado Casio. Mas tudo contra quem acha que qualquer um desses fatores, ou mesmo a soma deles, é capaz de produzir música de qualidade, relevante para o mundo.
A origem da constrangedora tendência (já viram algum show ou vídeo desse pessoal? Deus, me dá vergonha de ter nascido com olhos) parece estar no histórico da música pop nas últimas décadas. Depois de ter sido o grande ritmo da juventude, do pessoal descolado e com idéias novas, o rock foi lançado no ostracismo e virou coisa de gente que fica repetindo frases como "legal mesmo era no tempo do Led", ou seja, de gente chata. Foi a época de ouro da música eletrônica (sem mencionar os fenômenos musicais brasileiros que, sabemos, só existem como conhecemos porque todo mundo que mora em São Paulo, único mercado relevante do Brasil, é nordestino), com raves em tudo que é canto. Aí o hype acaba cedendo ao rock de novo, porque tudo que fica muito popular é ruim, e as raves viraram ponto de encontro das meninas-cor-de-laranja. O rock tinha voltado, mas quem ia querer dividir o palco com mais três de novo, depois de anos com um DJ sozinho reinando lá em cima? E mais: quem ia querer tocar alguma coisa depois de anos sendo rei apertando botõezinhos?
Deu no que deu. A humanidade merece tudo que pena mesmo.

Suco Oi na frente da bancada


Desde que foi anunciada a venda das rádios e TV Guaíba para a Rede Record, só faço é me preocupar (o Correio do Povo, bem, não é que eu não goste, é que é o Correio, né? Não vai nem vem). Mais com o canal de televisão, na verdade, porque a FM parei de ouvir quando troquei o rádio relógio pelo celular na hora de despertar - má troca, a leveza de acordar ouvindo Besame Mucho interpretado por Caculinha e Sua Orquestra é única.
Já dos serviços do mui amado canal 2 ainda sou audiência fiel, dos documentários sobre a Alemanha ou o trem bala japonês até o Guerrilheiros da Notícia, passando pelo McGiver e aquele madrugadão que vende quadros feios e cristais. Pode parecer só charminho indie, mas não é. Embora nenhum dos programas da grade da Guaíba (com exceção do Guerrilheiros) seja realmente bom ou inédito, eles são certamente superiores a uma parte significativa da programação de qualquer canal. Mil vezes aprender informações velhas sobre o Japão pela voz do Fernando Vanuci a assistir Smallville, Lost ou Sex And The City, só pra citar alguns.
Além disso, só a Guaíba é capaz de oferecer a diversão de vinhetas feitas em Power Point, com logotipos surgindo em persiana ou deslizando da direita pra esquerda; a tosquice dos programas matinais de domingo, com ofertas apresentadas de dentro de minimercados totalmente cachorros; e a total falta de atualização da sua programação e equipe, que carrega o erre em todas as palavras e acredita estar ainda na primeira década de 80*.
Só me resta torcer para que os bispos façam jus à alcunha e sejam almas caridosas, garantindo vida eterna para a alma da TV Guaíba.


*a segunda é esta que vivemos agora.

Em breve


Algumas pessoas vieram comentar comigo o fato de eu estar postando pouco (duas gentilezas para comigo mesmo em uma só frase: utilizei "algumas" no lugar de "duas" e "pouco" no lugar de "rigorosa e vergonhosamente nada"). Pois bem. Existe uma combinação de fatores conduzindo a isso. Eu ia citar todos eles, mas deu preguiça (opa, aí está um).
Ocorre que bem mais divertido do que dar explicações é conjecturar teorias que sustentem o vazio do Mujique. Pensei em algo como "depois de três anos de vazio de conteúdo, finalmente o vazio de forma, a plenitude do vazio, enfim", mas ficou meio francês demais. Se bem que dá pra entender e não cheira a murrinha de cigarro, logo, não poderia ser francês (defendo com ardor a tese de que todo francês usa blusão de gola rolê e calça marrom justa, como nos filmes do Godard, e exala uma absurda murrinha de cigarro).
Foi neste ponto que parei de pensar, novamente porque deu preguiça (nota: considerar fator preguiça com mais atenção).
Ou seja, embora estar cheio de trabalho seja o argumento oficial, por ser o mais nobre deles, preguiça e falta do que dizer estão contribuindo muito para a ausência de novidades.

De toda forma, tenho algumas coisinhas para anunciar. São posts que em breve estarão por aqui:

- As 5 Piores Construções da Arquitetura de Passo Fundo: produzido em parceria com Paula Otto, essa incrível série vai nos trazer o que de pior o tijolo, o cimento e a soja são capazes de erguer.

- Residencial Blasé: com localização privilegiada, de lado para o mar, o Residencial Blasé tem tudo para ser um sucesso. Zero metros quadrados de área social, elevador privativo e vista para o nada. Aguarde.

- Leróy, o Taxista Mudo: depois de Dênis, o Diplomata Maneta, as aventuras de mais esse cidadão brasileiro que luta todos os dias contra as adversidades que a vida lhe deu para realizar seu sonho de conduzir pessoas e buzinar a esmo.