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Pa ra ra


Ontem, durante a viagem de volta de PF, um pensamento não me saía da cabeça. Mas antes de dizer qual, vou contextualizar uma coisa importante: eu sempre vejo o lado positivo das coisas, mesmo das mais murrinhas (acho, sem falsa modéstia, que isso é uma grande qualidade). Mesmo quando se está tentando dormir no ônibus e celulares não param de tocar, acho um jeito de me divertir com isso. Opa, aí voltamos ao pensamento.
Já que eu ia ter que aturar celulares tocando a viagem toda (eu já sabia, é sempre assim - aliás, tenho que lembrar de escrever sobre a minha antipatia a toques divertidos), passei a reparar na feitura dos toques. Se eram bem feitos, se pareciam com a música original - isso quando eu os reconhecia, naturalmente.
Comecei, então, a ficar encantado com aquilo. Percebi que não se trata apenas de uma execução da melodia da música. Não, não, existem várias nuances nos toques. Quando se trata de um reggae, por exemplo, algumas notas soam mais baixas, para dar aquele efeito rítmico que o citado estilo possui.
Finalmente, me veio o pensamento: meu Deus, quem são os caras que fazem isso? Quer dizer, quem são as pessoas que adaptam músicas para o formato de toque de celular? (antes que alguém venha com a resposta do mundo moderno para tudo, "ah, deve ser um programa de computador...", já digo que acho pouco provável. Pode até ter softwares que ajudam, mas um computador simplesmente traduziria a melodia e, para o toque ser real, precisa muito mais do que isso).
Imaginem um músico de uns 30 anos, sentado numa poltrona, fumando e ouvindo exaustivamente o último sucesso da Ivete Sangalo para conseguir capturar mais que sua melodia. Para pegar sua essência, aquilo que uma pauta não transcreve, mas que é indispensável para que reconheçamos uma música. Após horas de trabalho, ele leva o resultado de suas anotações para o engenheiro que vai transformar isso em bits. E diz, com o rosto ainda suado e esbugalhando os olhos de emoção "o segredo tá aqui, presta atenção: essa nota aqui tem que estar num volume mais baixo, entendeu? Se não for assim, vai ficar bagaceira".