home. arquivos: julho07. junho07. maio07. abril07. março07. fevereiro07. janeiro07. dezembro06. novembro06. outubro06. setembro06. agosto06. julho06. junho06. maio06. abril06. março06. fevereiro06. janeiro06. dezembro05. novembro05. outubro05. setembro05. agosto05. julho05. junho05. maio05. abril05. março05. fevereiro05. janeiro05. dezembro04. novembro04. outubro04. setembro04. agosto04. julho04. junho04. maio04. abril04. março04. fevereiro04. janeiro04. dezembro03.

Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa

Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams

Again


Foi no ônibus, indo para o trabalho, que me dei conta. Mais especificamente, enquanto a mulher que ia sentada ao meu lado contava para o cobrador a desgraça de sua vizinha, que trocara um homem bom e atencioso "que fazia tudo tudo pra ela" por um qualquer. Incrível como algumas pessoas são redundantes ao falar e escrever.
Tudo bem, texto redundante é comum, e acho que até desculpável, afinal, a tentativa de comunicação via palavras escritas é sempre mais trabalhosa do que a oral, que pode se remendada com facilidade. Mas pessoas redundantes são muito chatas.
Basicamente, há dois tipos básicos de redundância: a temática e a de forma.
A temática é aquela em que a pessoa só fala do mesmo assunto, só conta as mesmas piadas e só se refere às mesmas circunstâncias. Acho que todo mundo conhece algum exemplo.
A de forma é o tipo que a mulher que sentou ao meu lado no ônibus possui. Fica repetindo detalhes já contados da história - numa frustrada tentativa de ênfase -, inserindo entre as repetições uma gíria insistente - no caso dela, o "né".
Algo assim: "e ele era meu amigo, né, eu podia ter dito pra ele. A gente tem uma intimidade, se conhece a bastante tempo, né. Sim, ele é meu amigo, amigo mesmo. A gente era vizinho assim, não de porta, mas meia quadra, sabe? Eu podia ter dito, contado tudo pra ele. Mas não quis me meter. Mesmo a gente sendo amigo. E a gente era, né, bem amigo, vizinho e tudo..."