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Das seis cordas


Quando, há muito tempo atrás, o Clapton começou a tocar guitarra, as coisas eram bem diferentes para o instrumento. Naquele tempo, em que ele ainda era considerado má influência nos conservatórios musicais e tinha que usar uma corda de banjo para conseguir uma sol sem revestimento, o conceito de tocar bem o dito instrumento era bem diferente. Pelo menos é o que parece quando se escuta as bandas atuais.
Antes de ser uma crítica, isso é bem mais um comentário constatativo. É natural que as coisas evoluam e mudem - para alegria de uns e desgosto de outros.

Voltando: peguei o Clapton como exemplo porque ele toca blues, participou do primeiro power trio da história do rock, tocou em estúdio com os Beatles e gravou imensas porcarias produzidas pelo Phill Collins, claro. Quer dizer, nos últimos 40 anos ele teve por aí, sempre envolvido com as modificações do tocar guitarra.
Meu professor de música, fã de Clapton, dizia que para boa parte das bandas de rock atuais basta uma guitarra que tenha os bordões e tá feito. "Se eles só fazem bicordes, pra que as outras três cordas?". É verdade que ele é um uruguaio radical (era sempre muito divertido ver ele dizer aos seus alunos grunge-adolescentes "Nirvana? lixo musical."), mas em parte ele tem razão. Não pelo fato de usarem só três cordas. O problema mesmo é isso ser generalizado. Passa de estilo para regra. Uma boa fatia das bandas de rock (exceto várias bandas brasileiras, que ainda não descobriram sequer a guitarra distorcida) ficam nisso e naqueles riffs e solos de pentatônica.
A outra vertente atual é a turma dos chiados. Aqueles que usam a guitarra para extrair sons, digamos, não-ortodoxos. Tem coisas bem legais com isso - como o Radiohead dos bons tempos do Bends - mas também já tá repetitivo.
É, bem ou mal, o Clapton ainda é o cara - exceto quando esquece de tocar blues e vai regravar baladas do Stevie wonder.

Ah, estou mesmo é com saudade de guitarristas com sensibilidade e bom senso, tipo um David Gilmour. Guitarras com rancor juvenil já encheram.