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Tudo bem que eu tenho ascendência polaco-russa (até no nome do blog), mas meu amor pela literatura russa não tem nada a ver com isso. É fascinante o jeito com que descrevem e mostram a alma humana. O Juremir Machado diz que na literatura o que importa é o ponto de vista. Segundo ele, os russos têm, além disso, a forma impecável do texto. Bom, teorias à parte, a forma é realmente impecável na literatura russa, e a escolha temática é fantástica. Guerra e Paz, do Tolstói, é, acima de tudo, uma tentativa de destruir o mito que existe sobre Napoleão. Diz ele, no livro, que essa coisa de estrategista é balela, porque na hora do vamo vê, muita coisa imprevista acontece. Até porque, tratam-se de seres humanos combatendo (isso naquele tempo, claro), e não de divisões de exército apenas. Por isso, de nada adianta o general colocar no seu tabuleiro a pecinha vermelha que representa a divisão x em tal lugar. Na hora, muitos não estarão lá. Por vários motivos e imprevistos muita coisa será diferente. E, portanto, dar os louros da vitória em uma batalha ao general é ter uma visão equivocada das coisas.
Ah, e a descrição das batalhas é algo.