Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa
Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams
Esses dias eu me lembrei dessa história. Quando eu era criança, (eu morava em Santo Ângelo ainda, portanto, tinha menos de oito anos) a gente não tinha grana pra ter todos os brinquedos que queria, claro. Até porque, quando tinha o boneco, não tinha os acessórios, o supercarro ou o forte. E, se por ventura tivesse, jamais teria aqueles cenários que sempre tinha nos comerciais, montanhas, rios e florestas que tornavam tudo bem mais divertido.
Bom, de toda forma, como eu dizia, como não se tinha tudo, o jeito era inventar. Eu lembro que eu queria ter o carro dos Thundercats. Bah, ele era muito ninja, com aquela cabeça felina e as garras que escondiam metralhadoras. Mas o carro estava além do que era destinado ao meu orçamento de garoto com irmão mais novo (aquela coisa: dá um presente pra um...).
Porém, eu tinha um cadeira. Dessas tipo de praia, de abrir (digo minha porque era pro meu tamanho mesmo). Não sei se vocês sabem a qual tipo me refiro, mas ela tinha apoio para os braços e, detalhe: na frente desse apoio, feito de alumínio, tinha uma curva para baixo, ficando parecido com o quê? Sim, com as garras do carro dos Thundercats. E fiz da cadeira meu carro, colocava meus bonecos ali e tudo. E mais: o carro dos Thundercats tinha um esquema que ele abria atrás e levantava uma cadeira com metralhadora, onde tu tinha que colocar o teu boneco. Enfim, a cadeira era de abrir, e levantava também...
Anos mais tarde, quando fui morar em Passo Fundo, herdei um carro dos Thundercats pertencente, até então, aos meus primos ricos. Não era tão versátil quanto o meu. Porque o meu eu imaginei, do jeito que eu quis, do jeito que eu sonhei.
Que em 2004 a gente possa fazer tudo do jeito que sonha, que é sempre muito mais divertido do que do jeito pronto que o mundo nos oferece.