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Rosas e Vinho Tinto


Se o pessoal de OLIÚ se comprometer a fazer um filme como este por ano, prometo comer mais bife de fígado. Ou, oportunamente, beber mais vinho - cheirar a taça em busca de aromas está descartado.
Sideways me lembrou American Splendor, não pela história contada exatamente, mas pelo personagem principal. Ambos são confessadamente homens fracassados, ou pelo menos é assim que suas mentes deprimidas enxergam a si próprios. E aí está a maior riqueza dos dois filmes: a acidez e ironia com que os personagens conduzem suas vidas nos revela uma visão de mundo que realmente vale a pena ser vista.
(Ah, estou me coçando para estabelecer uma metáfora entre sabor de vinhos e amargura, mas vou poupá-los.)
Embora a piada mais engraçada do filme seja uma secretária eletrônica dizendo "digite sua senha e depois JOGO DA VELHA", há durante toda a narrativa um clima de ironia. Todas as cenas parecem um deboche constante e despretensioso da vida, do casamento, da amizade, ou de qualquer coisa que esteja focada pela lente.
E, sim, uma bela trilha. As canções, interpretadas por uma orquestra de jazz especialmente montada para o filme (posso estar colossalmente enganado, mas ouvi até um Bill Evans ali), contribuem para criar um clima de caos perpetrado por saxofones e pianos alucinados.
Já tenho meu preferido na corrida pelo Oscar. Não vai ganhar, claro, mas agora posso ir ver os outros concorrentes com a alma cheia de preconceitos: Sideways é o melhor.