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Como qualquer outra coisa da vida e do mundo, os critérios celestiais deveriam ser baseados no todo, no conjunto da obra, e não em pequenas ações pontuais (talvez até sejam, mas vamos considerar que não para que o texto pareça mais interessante e menos óbvio).
Assim, uma pessoa que, em um determinado dia e por algum motivo qualquer, esmigalhou a cabeça de outrem com uma machadinha de bater bife deveria ter mais chance de subir aos céus do que outra que passou a vida toda recusando folhetos nas sinaleiras ou sentando nos lugares reservados aos deficientes.
Claro, existem muitos fatores para se considerar em ambos os casos, mas não sejamos chatos, vamos esquecer todos eles e crer do fundo de nossos corações que são exemplos perfeitos.
Porque se pensamos assim, tudo parece muito límpido: matar alguém, por mais que seja com requintes de crueldade, pode até ser um ato justo, ou mesmo nobre. Ou ainda um pequeno deslize em uma biografia reta como a fronteira norte do Mato Grosso.
Por outro lado, a maldade fria, cometida aos poucos, sem arrependimento e com uma convicção que lembra a dos piores facínoras, ah, esta sim, leva sem escalas lá pra baixo. Gente que não pega folhetos quando caminha na Rua da Praia, ou mesmo quando está de carro, merece arder para todo o sempre, por seu egoísmo e mesquinharia. E as que alegam não fazê-lo "para ver se acaba essa coisa de dar folhetos na rua" deveriam sofrer ouvindo todos os álbuns do Gênesis em seqüência, juntamente com as pessoas que furam fila, as que são grosseiras, as que jogam lixo no chão, e todas as outras que cometem pequenas barbaridades cotidianas.
A única diferença entre Hitler e essa gente é o bigodinho. E olha que ele até ficava bem com ele.