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Nos tempos do picolé de nata


Estava apenas acariciando minha espessa barba em movimentos circulares, sem nenhum propósito que não fosse o mais puro deleite sensorial. Mas, por algum motivo qualquer, desses que só Freud explica, comecei a pensar na minha infância, e no quão estranha ela foi.

Mas, entenda, não estranha por eu ser um garoto solitário, que passava os dias trancado no quarto dissecando animais e travando batalhas entre grãos de arroz e de feijão.
Acima de tudo, meu problema era não conseguir me encaixar com eficiência em nenhum grupo, nem no dos garotos solitários que dissecam animais e travam batalhas entre grãos de arroz e de feijão.
Não podia ser um garoto esportista, porque não era bom em nenhum esporte (curioso como pessoas com DÃO para esportes jogam com habilidade razoável qualquer coisa que envolva transpirar, enquanto que as sem talento para a FÍSICA não conseguem atingir sequer a decência em nenhum deles). Não podia ser nerd, porque detestava jogar videogame, RPG e desvendar o C+ ou o Cobol.
Não podia ser marginal porque, apesar de adorar subir em árvores e quebrar vidros, sempre fui certinho demais.
Eu adorova ler e era amado pelas professoras, mas isso só faz bem pros pais, que te exibem pra todas as tias com bigode. O máximo que ganhei com isso foi ter o direito de repetir a ambrosia depois do almoço na tia (bom, tinha também os beijos das tias de bigode, mas pulemos esta parte). De forma que não podia ser o CDF também, não estava no meu âmago.
E assim eu fui crescendo, descolado de qualquer TRIBO, flutuando no éter dos que não se indentificam totalmente com nada (estou dramatizando bastante, na verdade não foi nada assim, mas não repare).
Esses fatos todos culminaram com minha decisão por 1-fazer Propaganda e 2-morar em Porto Alegre, afinal, 3-eu gostava de escrever.

1-pode rir.
2-pode rir.
3-ô se pode.

Mas toda essa lenga-lenga é apenas para dizer que, traumatizado por essa infância e adolescência problemática e, em uma atitude de rancor poucas vezes vista, lanço uma série de posts de críticas gratuitas à infância e às crianças.

Infância: lixo, será composta de três episódios, que virão na seqüência. Aguarde.