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Verônica não veio


É bastante complicado falar de ironia sem cair num círculo vicioso de metalinguagem. Um texto que VERSA sobre tal tema, sempre parece conter deboche em cada palavra, em cada vírgula. Isso sem falar na multiplicação de possibilidades das entrelinhas.
E se é complicado para quem o lê, pra quem escreve é ainda pior. Dá um comichão desesperador, uma vontade incontrolável de largar aquela frase que desmorona tudo, que inverte o jogo, que desmoraliza por completo as laudas já escritas.

Particularmente, sou perseguido pela ironia. Seguidamente acontece: estou conversando com alguém, falando bem sério, expondo minha opinião com vontade, fazendo conchinhas com as mãos e desenhando elipses no ar, enfim, sendo um SERIÃO perfeito. Aí o interlocutor começa a torcer levemente a boca, como se tivesse sido fisgado por um anzol. Batata. Não dou três segundos pra ele dizer:

- Tu tá sendo irônico, né?
- Nada, eu nunca sou irônico.
- Ó, de novo!
- Estou confuso, vamos mudar de assunto?
- Isso é uma ironia também?
- Hm, posso chamar minha mãe?