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Sempre que as qualidades musicais do rap e do hip-hop são questionadas, surge alguém para dizer “é, mas o jazz também não era bem visto pela elite, e hoje é considerado a mais importante contribuição norte-americana para a arte”.
É o tipo de afirmação que costuma vir de um baixinho de óculos, franzino, que gosta de vestir coletes com losangos e pronunciar jaz, como se fosse muito bacana aportuguesar a palavra assim, do mesmo jeito que o Caetano faz com MTV.
Acho que o sujeito ser baixinho e franzino é o que o poupa de receber um golpe de clava na têmpora esquerda por dizer tamanha bobagem.
Comparar o jazz com o hip-hop só porque ambos nasceram nos guetos dos negros é o mesmo que dizer que todas as mulheres de Horizontina são como a Gisele Bündchen, já que cresceram na mesma cidade, jogaram pipa nas mesmas ruas e comeram arroz com feijão comprado na mesma venda.
Além disso, é preciso ter em mente que nem tudo que é popular e tem origem no coração do povo é necessariamente bom (exceto para os acadêmicos, que vibram com qualquer índio de tanga murmurando monocordicamente por dezoito minutos).
E não é porque eles acertaram com o jazz e o blues que vão acertar todas. São humanos, afinal.