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Não sei o que é melodia, me amem


Tenho reparado, não sem preocupação, no grande crescimento no número de bandas de dois integrantes. Uma proliferação descontrolada de duplas que, impulsionadas por uma maré favorável no mundo hype, acreditam que basta ser gay esquálido com cabelo descolorido e comprar um teclado Casio para fazer música.
Nada contra os gays, os esquálidos, os de cabelo descolorido ou os possuidores de teclado Casio. Mas tudo contra quem acha que qualquer um desses fatores, ou mesmo a soma deles, é capaz de produzir música de qualidade, relevante para o mundo.
A origem da constrangedora tendência (já viram algum show ou vídeo desse pessoal? Deus, me dá vergonha de ter nascido com olhos) parece estar no histórico da música pop nas últimas décadas. Depois de ter sido o grande ritmo da juventude, do pessoal descolado e com idéias novas, o rock foi lançado no ostracismo e virou coisa de gente que fica repetindo frases como "legal mesmo era no tempo do Led", ou seja, de gente chata. Foi a época de ouro da música eletrônica (sem mencionar os fenômenos musicais brasileiros que, sabemos, só existem como conhecemos porque todo mundo que mora em São Paulo, único mercado relevante do Brasil, é nordestino), com raves em tudo que é canto. Aí o hype acaba cedendo ao rock de novo, porque tudo que fica muito popular é ruim, e as raves viraram ponto de encontro das meninas-cor-de-laranja. O rock tinha voltado, mas quem ia querer dividir o palco com mais três de novo, depois de anos com um DJ sozinho reinando lá em cima? E mais: quem ia querer tocar alguma coisa depois de anos sendo rei apertando botõezinhos?
Deu no que deu. A humanidade merece tudo que pena mesmo.