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Esses dias vi Turistas, aquele que foi acusado num patético abaixo-assinado de denegrir a imagem do Brasil ao mostrar o país como um lugar desorganizado, atrasado e dominado pelo caos, onde turistas são raptados e têm seus órgãos retirados e vendidos para transplante.
Claro que se trata de um filme bem medíocre, como todos os pertencentes ao seu gênero (história de ação com sustinhos e roteiro respingado de sangue - também conhecido como filme com CENAS FORTES*), mas é preciso admitir que por trás das câmeras havia alguém que conhecia muito bem o Brasil. A língua, os costumes, a geografia, as características do povo, tudo é muito bem retratado (emblemática a cena em que a turista estrangeira que está há mais tempo no Brasil comenta o curioso hábito tupiniquim de usar biquinis minúsculos e nunca fazer topless, argumentando que "estamos em um país católico, afinal!"). Ou seja, o Brasil aparece - adivinhem - como um lugar desorganizado, atrasado e dominado pelo caos. Ah: e violento e corrupto, naturalmente.
O único erro do roteiro na caracterização brasileira é (SPOILER chegando, pense antes de ler) colocar o vilão da história como um médico que rouba órgãos de estrangeiros para doar - sim, isso mesmo, doar - para um hospital público carioca. Quem no Brasil roubaria rins se não fosse para vender por uma boa soma de dinheiro? E o pior: o médico retira as vísceras dos pacientes letárgicos enquanto faz um discurso muito lamentável e comunista do tipo "vocês, países ricos, nos exploram. Essa é a minha vingança, Hua, hua, hua".
No mais, não veja. Nem cenas fortes tem.

*Nota mental: lembrar de escrever sobre.