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Há muito ouço a tese de que a Globo não passa mais filmes bons como outrora já fez. A reclamação principal recai invariavelmente sobre a Tela Quente, uma vez que as outras faixas da emissora dedicadas ao cinema nunca foram exemplo de ineditismo (Sessão da Tarde: reprises; Supercine: made for tv; Temperatura máxima: mais reprises; Domingo Maior: Charles Bronson, Intercine, adivinha?: reprises e Corujão: filmes velhos).
Mas basta ver isto e isto para perceber que a idéia não passa de saudosismo - ou distorção infantil, como a casa que era enorme até ser visitada novamente pelo adulto. A idade muda a proporção das coisas.
De modo geral, a qualidade e a variedade são parelhas. O problema, sabemos, é que entre o que a Globo anuncia nessas chamadas de início de ano e o que se vê a cada segunda-feira existe uma enorme distância. A bem da verdade, boa parte dos filmes mais aguardados que o canal anuncia em fevereiro volta a virar vinheta em novembro, quando começa a ser divulgada a programação especial de fim de ano.