Lavagem de dinheiro

Antes de ter qualquer inspiração para a nova proposta do Chefe, vale a pena destacar as declarações de gastos dos candidatos a prefeito de Porto Alegre no primeiro turno (Pont e Fogaça ainda têm até dia 30 deste mês para entregar).

O troço todo está aqui, então só farei alguns comentários.

Primeiro, é impressionante o que a Gerdau fez: deu R$ 100 mil na bucha para cada um dos candidatos (claro, tirando o Giordano e a Vera Guasso). Falta ver se também deram para o Fogaça e para o Raul, o que parece ser provável. Se isso aconteceu mesmo, a empresa totaliza R$ 700 mil de doação. Na verdade é um nada para quem já lucrou R$ 2,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano (R$ 1,185 bilhão só no terceiro trimestre).

Segundo, é realmente bem estranho fazer certas comparações de gastos. Por exemplo, o Onyx gastou R$ 308 mil, enquanto o Mendes Ribeiro Filho gastou R$ 657.281,52 e o Vieira, R$ 582.101,83.

Isso até dá para entender mais ou menos: o Onyx se dedicou muito mais a botar o pé na lama e pisar nas favelas do que a utilizar outros recusos mais caros. Mas, mesmo assim, esses números do Mendes Ribeiro estão muito altos (maior gasto de todos os candidatos). Tendo boa fé, isso nos leva a concluir que a campanha do Mendes foi a mais fracassada: foi o que gastou mais e, mesmo assim, ficou em quinto lugar.

O que não dá para entender é que o Beto Albuquerque tenha gasto R$ 520.293,21. Alguém LEMBRA de ele ter sido candidato?

Terceiro: ONDE DIABOS o Jair Soares botou os R$ 338.694 que ele alega ter gasto? Vivia reclamando que tava na falência e fez a campanha mais tosca da face da Terra.

Quarto: os COMEDORES DE CRIANCINHA: O PSTU gastou R$ 7.156,51 com a campanha da Vera Guasso e do Júlio Flores (único candidato a vereador pelo partido). E o Guilherme Giordano ficou só nos R$ 1 mil, provenientes do famigerado jantar que o PCO realizou ali num boteco da Osvaldo.

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