Mudança para www.novacorja.org

Buenas. Este post é para avisar os queridos leitores de RSS que mudamos para www.novacorja.org.

O www.insanus.org/novacorja continuará existindo, mas redirecionando para o www.novacorja.org.

Nosso feed muda para http://www.novacorja.org/?feed=rss2

E - mais importante de tudo e atendendo a vinte mil pedidos - agora passaremos a ter um feed para os comentários:

http://www.novacorja.org/?feed=comments-rss2

Teremos GRANDES turbulências de layout no primeiros dias e mais outros detalhes para acertar, mas estamos livres do sistema antigo que emperrava os comentários.

AGÜENTEM FIRME.

O Con$elho €ditorial da Nova Corja.

T$E não lê us livro, Uóshinton Olivêtu iden

Professores apontam erro de português em propaganda do TSE

A série de filmes faz parte da campanha "Heróis pela Democracia", lançada nesta quinta-feira (28) pelo TSE em parceria com a TV Cultura. Segundo o TSE, todos os filmes contêm o mesmo texto.

"Heróis existem. Não desperdice o direito que eles tanto lutaram e conquistaram para você. Vote!", diz parte do texto dos filmes, que têm de 30 a 60 segundos. Os filmes estão previstos para ser veiculados entre os dias 7 de março e 7 de maio em emissoras de rádio e TV. A veiculação não é obrigatória.

(...)

Segundo o professor Bruno Rabin, coordenador de redação e interpretação de texto do curso Vestibular A a Z, do Rio de Janeiro, a frase contém um "erro grave de regência". (...) De acordo com o professor, uma opção correta seria dizer: "Não desperdice o direito pelo qual eles tanto lutaram e que conquistaram para você".

Para a W/Brasil, porém, o texto da campanha não apresenta erro. "A observação não procede. Se a assinatura fosse 'Não desperdice o direito que eles tanto lutaram.', apenas isso, ela obviamente estaria errada, e o correto seria reescrevê-la da seguinte maneira: 'Não desperdice o direito pelo qual eles tanto lutaram'.

(...)

O professor Rabin, no entanto, contesta a explicação da agência. "Supondo que o sentido fosse esse que eles queriam dar, a frase deveria ser assim: 'Não desperdice o direito que eles tanto lutaram para conquistar para você'", afirmou. (G1)

Peeling no cofrinho federal

Funcionária usa R$ 23 mil do Ibama para tratamento de beleza

(...)
Segundo nota divulgada pelo Ibama, a investigação começou depois que um veículo de comunicação, do Rio, publicou que uma funcionária da área contábil teria usado R$ 23 mil, desde 2005, para tratamentos de rejuvenescimento facial e corporal.

(...)

Segundo a nota, três auditores foram enviados a Goiânia, que detectaram as transferências indevidas do orçamento público para contas particulares.

(...)

A superintendência do Ibama em Goiás não divulgou o nome da funcionária envolvida, mas disse que ela foi afastada. De acordo com uma pré-auditoria, já foi confirmado que houve pagamentos indevidos.

Cartinha da Manu

Um dos nossos queridos leitores, sempre disposto a aporrinhar a vida de nossos igualmente queridos pulíticu$, resolveu mandar email para a jornalista e deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB-RS). Nosso informante queria saber a razão da deputada ter sido a favor do mais recente aumento para sua catiguria.

Resposta abaixo, com negritos e $ICs (pegando leve) do Conselho Editorial da Nova Corja:

"Recebi teu e-mail sobre o subsídio a ser pago aos Deputados Federais. Em primeiro lugar, quero te parabenizar pela iniciativa porque é um ato de cidadania e contribui para o fortalecimento da democracia. Demonstra também, ($ic) que existe um acompanhamento e uma cobrança sobre o mandato acerca de seu compromisso com o povo brasileiro.

Sem dúvida vivemos em uma sociedade desigual, onde as variações salariais são profundas. O meu partido, o PCdoB, e o mandato, ($ic) lutam pela recuperação do valor do salário mínimo, bandeira histórica deste partido e de todos os trabalhadores brasileiros. A luta pela valorização do salário mínimo constitui-se em prioridade para o PCdoB, que já apresentou diversos projetos com proposição de recuperação do seu poder de compra. Exemplo recente, ($ic) de minha atuação nesse sentido, ($ic) são as emendas que fiz ao projeto do piso salarial dos professores, que aumentam o valor proposto pelo governo.

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O cadáver é nosso

Como tudo aqui na província, a transferência dos restos mortais do ex-presidente João Goulart de São Borja, no interior do Rio Grande do Sul, para Brasília, em um novo memorial desenhado por Oscar Niemeyer, já virou episódio de anedotário. A cada dia é uma nova manifestação digna de folclore. A última foi a do deputado e comentarista esportivo Cassiá Carpes (PTB). Em discurso na Assembléia Legislativa hoje à tarde, o deputado manifestou assim a sua indignação:

"Não podemos abrir mão de mantê-lo aqui. Brasília não merece João Goulart. É uma cidade fria, sem nenhuma ligação com o ex-presidente. Lá se fará uma festa momentânea e depois ele será esquecido. Peço o apoio desta Casa para mantermos o corpo de Jango em São Borja. Foi o único presidente brasileiro a morrer no exílio e está sepultado em sua cidade natal."

Toque dado pelo colega Cauê Fonseca.

O cadafalso dos cansados

Com uma semana de atraso, mas por motivos nobre$, aqui vai a reportagem sobre o ato do Cansei na Sé:

Eu conseguia escutar os gritos de ordem da organização do "Cansei" do subsolo da Estacão de Metrô da Sé. Pensei: "Jesus, será que esses caras resolveram derrubar o governo antes do horário?". Afinal, eram 11h27 e o protesto estava marcado para o meio-dia. Ao sair da escada rolante, as caixas de som começaram a ecoar um tunt-tunt-tunt em frente a uma praça desprovida de ouvintes.

Um bêbado passa duas vezes por mim e repete, como um mantra:" O [Hugo] Chávez deveria dar uma esmola para esses pequeno-burgueses nos deixarem em paz". "Pode apostar", retruquei, e me dirigi à praça da catedral. No caminho, anoto os nomes das empresas de segurança particulares postadas ao lado da sede da Ordem dos Advogados do Brasil/ SP - principal articuladora do evento - nas cercanias do perímetro, a Operacional Escolta e a Guarda Patrimonial.

Palanque armado, gente sentada atrás dele nas escadarias da igreja, cujas instalações foram negadas por dom Odílio. Cerca de 30 pessoas aguardavam a festa começar. Pode incluir aí mendigos chapados de crack, como o que estava estabacado nos degraus à esquerda da construção.

Às 11h39, anunciaram que o comício iria começar com meia-hora de atraso, mas davam certeza da presença de Ivete Sangalo. Alguma coisa não funcionou, porque a maioria dos transeuntes sem o adesivo do "Cansei" colado em qualquer parte do corpo estavam alheios às grades que protegeriam Hebe Camargo e companhia dos manifestantes da planície, mais preocupados em aproveitar a hora do almoço para entrar nas filas dos bancos e pagar suas contas.

Uma faixa prende minha atenção em meio aos poucos que se reúnem na praça: "A TV Globo e a TV Record incentivam a prostituição infantil. Destróem [sic] as famílias. Presidente, queremos uma impren... Decente". Faltou espaço para as reclamações, mas depois ele colocou um adesivo do "Cansei" na testa.

Para variar, meu subconsciente fez com que eu vestisse uma camiseta nada aconselhável para a ocasião. Uma senhora que distribuía panfletos do encontro leu a frase "Traidor do movimento" e disse que eu não devia estar ali. "Tudo pelos direitos civis", pensei, antes de tentar me esconder do barulho transfigurado de Creedence Clearwater com o qual a mesa de som tentou estourar meus tímpanos.

Mesmo depois do meio-dia, o público presente passava razoavelmente do número de habituès da Praça da Sé. Um dos organizadores vai ao microfone e pede desesperadamente que quem esteja no Centro de São Paulo apareça. É compreensível. Menos de um quarto da área está ocupada - a ocupação passa mal e porcamente da mesa de som, a vinte metros do palco.

Avisto uma mulher com a camiseta do Partido Verde. Será que vão expulsá-la, como houve com alguns tucanos na passeata do dia 4 de agosto? Ou pior: tirar seu emblema? Aos poucos, gente engravatada e munidas de câmeras digitais chegam para o protesto.

Marcar o início dos trabalhos ao meio-dia pode ter soado bacana por causa do trânsito na região, mas não contavam com o sol que rachava o melão. Tinha até advogado com guarda-chuva para se resguardar dos raios. A maioria dos presentes buscava abrigo às sombras das palmeiras e parecia que nem se Jesus aparecesse ao lado de Ivete elas sairiam do lugar.

O fiscal, líder comunitário e coordenador de trabalhos políticos Vicente de Oliveira, 58 anos, me pergunta que diabos está acontecendo ali. Tento explicar da maneira mais educada que posso, mas ele ressalta que só está ali de passagem e que "apóia" o presidente da OAB/ SP, Luiz Borges D'Urso. E vai embora.

Tento atravessar a rua para me refugiar de tudo aquilo para tomar uma cerveja em um pé sujo, mas respeitar a faixa de segurança passa longe da cabeça do motorista do carro importado que quase me atropelou como a civilidade tão defendida ali.

Depois do pit-stop, perto das 13h, continuava a minguar gente para o comício. De repente, um burburinho e todos começam a subir a Sé em direção ao palanque. Conseguiram ocupar um terço do lugar. O contraste entre os locais e os haoles era evidente. O problema é que nessa praia os estangeiros não fazem questão de surfar e deixam isso muito claro. Bastava chegar perto do curral onde os principais manifestantes e a imprensa oficial estavam.

A senha do microfone foi irresistível: "A Hebe Camargo, gente. Ela não é uma gracinha?". E avisa: "Dentro de alguns minutos teremos o minuto de silêncio". Um senhor me aborda e pergunta - por causa da camiseta - se sou a favor da "quadrilha" em Brasília. "Nem eu me apóio direito", respondo, enquanto me afasto dele sem olhar para trás.

Resolvo inverter o jogo e vou conversar com uma pessoa que segurava uma bandeira do Brasil - distribuída gratuitamente com uma de São Paulo - e uma lata de cerveja: "Só com uma dessas para agüentar isso, hein?". Mas minha tentativa de criar reciprocidade foi para o vinagre. "E cadê os jovens que deveriam estar aqui, belo? Eles não querem saber de mais nada". De fato, o ambiente carecia de uma roda punk. "Talvez eles tenham medo de vir à Sé", respondo. "Pois você vê, belo, eu fui preso na ditadura por esses merdinhas". São jovens como você que podem tornar esse país melhor", acrescenta.

Volto. A. Me. Afastar. Sem. Olhar. Para. Trás.

Durante o minuto de silêncio, pessoas gralhavam aos celulares. Na cerimônia inter-religiosa, chamaram o chefe da congragação judaica. Fiel à natureza brasileira, alguém completa: "Mas encostaram o [Henry] Sobel mesmo, hein?".

Quando finalmente entro no curral dos jornalistas e personalidades, avisto um alemão barrigudo vestido de uma camiseta com a frase: "Tenho orgulho de ter amigos negros". Durante a execução do hino nacional, familiares das vítimas do vôo 3054 tentaram subir ao palco, mas só serviram de corredor polonês para que ao final do show as estrelas pudessem sair bem na foto e na TV, com suas imagens associadas ao compadecimento da sociedade diante da tragédia. Havia uma escada secundária completamente vazia para eles irem embora, mas preferiram navegar na semiótica. Uma cena lamentável.

Ao final, membros da OAB/ SP soltavam gargalhadas. "Eu ainda estou aqui na frente da igreja, meu, mas já estou indo aí para almoçar". Antes de ir embora, finalmente consegui subir ao palco. As pessoas continuavam ali, paradas, como se a esperar o fim do horário do rango. Na saída, uma cena que resume a minha vontade depois de tudo que assisti: três pessoas correndo e cantando "Cansei de lero-lero, quero ser analfabeto".

Juventude étnica, can$ada e golpista

De onde menos se espera, aparece alguma coisa no site do Pê Tê para te apavorar:

Juventude realiza Jornada de Formação Política em São Paulo

"As secretarias nacionais de Juventude e de Formação Política do PT (...) realizam a 1ª Jornada de Formação Política da Juventude do PT, entre os dias 27 e 30 de agosto. (...)

A grade do curso será: a condição juvenil e o desenvolvimento histórico do capitalismo; juventude e o processo produtivo e o mundo do trabalho no capitalismo; os jovens e as jovens, o movimento socialista e luta dos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil; juventude, história do Brasil e história do Partido dos Trabalhadores; Juventude e Partido.

As inscrições são abertas a todos os militantes da JPT até o dia 17 de agosto e serão feitas através da ficha de inscrição, que deverá ser enviada para o email: jornadajuventudept@yahoo.com.br." Não sou militante, mas pensei em me inscrever depois de ir no encontro dos Cansados - que tem o apoio do PSTU, veja só -, em São Paulo, mas aí me deprimi com os critérios de seleção. Entre eles:

* Entidade em que milita:

Eu tenho um blog.

* Tem atuação partidária?

Eu tenho um blog.

* Ocupa algum cargo?

Eu tenho um blog.

* Qual interesse em fazer este curso?

Eu tenho um blog.

Ui

Lula resolveu soltar o verbo em Cuiabá no lançamento do PAC:

"Se quiserem brincar com a democracia, ninguém sabe nesse País colocar mais gente na rua do que eu."

lulacuiaba.jpg
Foto: Filipe Araújo/AE

"Se alguém acha que com estupidez vai atrapalhar que a gente faça o que precisa ser feito pode tirar o cavalo da chuva."

"Ninguém vai me ver de cara feia por isso. Podem ficar certo meus companheiros e companheiras que ninguém vai ficar com saudade de ver o Lula na rua. As ruas desse País de 8,5 milhões de quilômetros quadrados eu vou visitá-las quase todas nesse mandato. Com a democracia não se brinca, o que vem depois dela é sempre muito pior." (Estado)

Vavá, tonto trambiqueiro

Mas é um trambiqueiro esse Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho de Lula. Vavá foi indiciado por "tráfico de influência no Executivo" e "exploração de prestígio no Judiciário".

16 das 617 gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Xeque-Mate são do telefone fixo da casa de Vavá em São Bernardo do Campo. Nelas, Vavá não pára de contar vantagem e de usar o fato de ser irmão de Lula para conseguir uns trocos, principalmente do bingueiro e ex-deputado estadual pelo Paraná Nilton Cezar Servo (PSB), preso pela Xeque-Mate e apontado como um dos líderes da máfia dos caça-níqueis.

Em 25 de março, um domingo, se aproveitando do fato de Lula ter passado o final de semana em São Bernardo, Vavá ataca no trololó para cima de Servo:

O homem [Lula] teve aqui hoje. (...) Passou aqui, ficou uma hora e meia. (...) Eu falei pra ele sobre o negócio das máquinas lá. Ele [Lula] disse que só precisa andar mais rápido, né, bicho. (...) E eu falei com ele sobre o negócio das máquinas, né. Falou para mim pegar o rela... [inaudível] levar pra ele lá. Tá bom? (...) Precisa andar mais rápido com esse negócio das máquinas, viu. (...) Tem muito serviço agora." (Folha de S. Paulo/Josias de Souza)


Nóis lá no Planalto! Muito preza!

Vavá também teria oferecido seus serviços para tentar reverter uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em uma ação de R$ 6 milhões contra uma usina de cana-de-açúcar em Maracaí (SP). O mesmo Nilton Cezar Servo orienta os empresários que levaram a pior na decisão do STJ a encontrar Vavá, e pede para seu irmão, Nivaldo Servo, intermediar a chinelagem:

"Eu só quero que acompanhe. Porque o que que vai acontecer. Depois que der certo, o Vavá, tonto, [vai dizer] ah, me dá R$ 10 mil, R$ 20 mil, R$ 5 mil. A conta é um negócio de R$ 1 milhão." (Folha de S. Paulo)

Até agora, a PF parece ter confirmado que nada que Vavá prometeu se realizou. Vavá é a versão pobre de Zuleido Bron$on. Mas ainda é preciso de$cobrir, entre outras coisas, qual era exatamente a relação de Vavá, por exemplo, com o atualmente preso Dario Dario Morelli Filho, ex-assessor da prefeitura de Diadema, amigão de Lula e Marisa há vinte anos (um de seus filhos é apadrinhado de Lula) e segurança de José Dirceu (sempre ele...) na campanha de 1994.

A PF afirma que Morelli e Servo são sócios em um negócio de caça-níqueis, aberto em nome de um laranja, em Ilhabela (SP). Um dos ex-funcionários de Servo diz que o bingueiro repassava a Vavá, com freqüência, quantias que chegavam a R$ 3.000.

É o que eu dizia já no início de 2005 (aqui, aqui e aqui, por exemplo, e com a ilustração máxima no post da foto acima): quem mandou colocar a FAVELA NO PODER?

Carta Capital mente. Ou não?

A edição desta semana da revista Carta Capital tem na reportagem de capa a sanha dos bispos da Record em abocanhar mais fiéi$, e passar a Globo. Sobrou até para a Guaíba:

"Uma demonstração recente do poder da Record está na compra da TV Guaíba, no RS, concretizada na terça, dia 20. Além da emissora, foram adquiridas duas rádios, que também pertenciam ao Grupo Caldas Júnior, e dias antes, o jornal Correio do Povo. Segundo um executivo que acompanhou as negociações, a emissora estaria insatisfeita com os baixos índices de audiência no estado e com a falta de investimentos da afliada local, a Rede Pampa, dona de um contrato vigente até 2008".

Por aqui, foi escancarado que a TV e as rádios teriam sido vendidas antes do jornal. Mas o desatino na primeira página do jornal O Sul - da Pampa - nos dias seguintes em declarar aos anunciantes que a vaca ainda não tinha ido pro brejo por causa do prazo do tal contrato. Como por lá acham que todos são otários para achar que qualquer documento dessa espécie não tenha uma cláusula rescisória, fica a última frase que fala do RS:

"A opção da Record foi, de uma tacada só, bancar a multa pelo rompimento do compromisso e tornar-se dona do segundo maior grupo de comunicação local, atrás apenas da RBS, principal parceira da Globo na Região Sul".

E agora, Gadret?

Capitalismo – Lição I

A notícia não é das mais recentes, mas depois dos comentários no post do Brust, acho que ela pode ajudar (embora eu seja cético) nossos insistentes leitores comunas a entender que o capitalismo ainda não chegou ao Brasil. Ou melhor, chega aos poucos, com aquela malemolência típica do nosso caráter bananístico.

O governo resolveu ampliar o limite de isenção de impostos para compras de desktops e laptops – os malditos PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). O primeiro limite estabelecido era de, no máximo, R$ 2.500 para desktops e de R$ 3.000 para laptops. Agora inserida no PAC, a isenção subiu para R$ 4.000 para ambos os tipos de computadores.

Resultado de suspender parte da praga estatal na economia? Perda de arrecadação, exploração selvagem do trabalhador? Não, seu comuna! Foram dois os efeitos do capitalismo selvagem e avassalador:

1) AUMENTO da arrecadação do governo. Isso mesmo. Baixou imposto e a arrecadação aumentou (ainda continua sendo cobrado o IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados). Em 2006, estima-se que foram vendidos entre 8,3 milhões e 9 milhões de computadores, um aumento de 40% em relação a 2005. Para 2007, espera-se que as vendas, turbinadas também pela baixa cotação do dólar, atinjam 11 milhões, já que a redução do preço de venda será de 10% a 12% só com a ampliação da isenção.

2) DIMINUIÇÃO do contrabando e, portanto, da pirataria. Nos nove primeiros meses de 2006 o percentual de programas piratas nos computadores caiu de 74% para 47%. Para os computadores mais avançados, que ficaram fora da isenção, a pirataria aumentou de 30% para 35%. Genial, não?

Viu como não é tão ruim assim esse tal de capitalismo? Tanto o Bill Gates quanto você estão mais felizes. E agora vai ficar mais fácil ainda para você comprar aquele sonhado iBook e gastar todas as tuas energias falando mal do neoliberalismo criminoso que mata de fome nossas criancinhas.

Manuela D'Ávila/Soninha

Briga política não deve se transformar em briga pessoal. Por mais que ache um lixo o que o Pê Tê se transformou, foi impossível não sentir simpatia pela Soninha, vereadora de São Paulo pelo PT, depois de ler sua entrevista na ISTOÉ Gente (sim, leio sempre e sem parar).

O título da matéria é uma frase da Soninha: ‘‘Política dá depressão’’. Claro que política dá depressão. Aprendi isso depois de uma intensa experiência no MOVIMENTO ESTUDANTIL (sim, tá pensando que eu falo as coisas sem conhecimento de causa?), quando estava na graduação na Filosofia da Unicamp (nasci em Porto Alegre mas morei quase 7 anos em Campinas). Muitos dos meus ex-companheiros de LUTA, como a Marcela, seguiram na política. Eu percebi logo que tudo aquilo era uma palhaçada (não consigo achar outra palavra).

Embora ache que a Soninha tenha aprendido certas lições tarde demais, na carne, como ficou claro na entrevista, o que ela diz é interessantíssimo:

Soninha: Encontrei o Serra no camarote da prefeitura do Carnaval de 2005. Palmeirense como eu, ele viu a Júlia [filha da Soninha que teve leucemia] e perguntou se ela estava bem. Tomei coragem e disse que queria marcar uma conversa informal. Ele falou: “Mas você escuta? Ou só fala?”. Disse que era capaz de escutar. E ele: “Topo”. Na quinta ele ligou. Combinamos um jantar num restaurante. Foi bizarra a situação: eu fiz campanha contra ele!

ISTOÉ Gente: Se ele e Lula disputassem a Presidência, em quem você votaria?

Difícil a decisão. Eu ficaria aflita com a dúvida. O Serra pessoalmente teria uma postura de confronto, uma posição mais à esquerda em relação à política econômica do que a que a gente tem hoje. Serra é um bom político. Um cara com décadas de vida pública que se dispõe a sentar com uma vereadora com seis semanas de mandato e diz “você tem razão” para várias coisas. Me surpreendeu a capacidade dele de ceder. Eu tinha rejeição absoluta e nunca votei no Serra. Mas, dependendo da alternativa, eu votaria.

Acho que o futebol, junto com a Justiça brasileira, são as principais causas da desgraça nacional. Mas não tem como não se comover quando o fato de torcer para o mesmo time e/ou a preocupação pela saúde de um filho, de alguma forma, aproximam pessoas de visões completamente distintas. Vale a pena ler a entrevista da Soninha.

Com a deixa de falar em pessoas com visões de mundo completamente diferentes, aproveito para mencionar algo que tinha ficado entre nós do blog e do Insanus, mas que certamente merece destaque: depois da morte do criador do Insanus e nosso eterno chefe, Gabriel Pillar, a Deputada Federal Manuela D'Ávila nos enviou um email que nos tocou profundamente e que ainda não havíamos publicado:

Guris do nova corja

Eu estava viajando e abri a ZH pensando em ler mais uma matéria sobre números horríveis. Me deparei com uma foto linda num contexto sombrio do Gabriel. Talvez vocês debochem - pq essa era tb uma característica dele - mas fazia muito tempo que eu não ficava tão triste. Talvez vcs saibam - ele não perderia a oportunidade de ironizar - que eu o conheci com 15 anos. Queria ser fotógrafo e tentar mudar o mundo. O mundo mudou ele. E acho que ele mudou muita coisa à sua volta. Não posso deixar de dizer que imagino como vocês, amigos dele, estão se sentindo. Sinceramente quero só me solidarizar. Sei que isso de pouco vale e que nossas diferenças são muitas. Mas esse negócio horrível que aconteceu com ele me fez ter vontade de dizer: continuem, continuem trabalhando, ironizando, debochando. No fundo até nós, alvos, gostamos do trabalho de vocês.

Força ao Insanus.

abraço
Manuela

Pode ser triste saber que só por motivos extremos somos levados a nos aproximar. Por isso digo que a Manuela ESTÁ ERRADA ao dizer "Sei que isso de pouco vale e que nossas diferenças são muitas."

Não, valeu muito para nós.

Blog do Lembo

O ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, agora livre do fardo governamental, voltou a dar aulas de Direito e a escrever. Lembo estreou hoje sua coluna no Terra Magazine.

Lembo começou com tudo e escreveu um texto DJENIAL. A tese do ex-governador é a de que o Bananão só é sério no carnaval:

"Todos os veículos de comunicação, no período de Carnaval, cobrem os acontecimentos com grande acuidade. Só especialistas são chamados a se pronunciar sobre os desfiles de escolas de samba, blocos, enredos, trios elétricos e demonstrações de maracatu. Não vale penetra."

Quando o ano começa, tudo desanda:

"Agora, porém, quando o ano se inicia, todos os fora-de-estrada comparecem. Falam sobre o que sabem e muito mais sobre o que desconhecem. Somos o país dos catedráticos, figura sempre no imaginário nacional."

"Nada mais chato que a pessoa que se leva a sério."

Lembo 2010 djá!

Sindicato = máfia

Um leitor que pede para não ter o nome divulgado indicou uma página de vídeos mostrando o que seriam diversas falcatruas do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos de São Paulo, inclusive com um suposto desvio de dinheiro para o PT. Na mensagem, o leitor contextualiza os vídeos:

Parece que um cara foi expulso do Sindicato dos Correio aqui de SP. Sem brincadeira, o sobrenome do fulano é Trabuco! Pois este Trabuco não ficou contente e foi tomar satisfação com o presidente da CUT de São Paulo, um petista chamado Edilson. Trabuco aproveitou e filmou tudo e colocou no You Tube.

O sindicato se defende, acusando Trabuco por desvio de verbas e outras safadezas. Conforme uma fonte na Folha de São Paulo, os vídeos seriam uma armação. Seja como for, o simples fato de essa pendenga existir indica que uma coisa é certa: sindicato só serve para locupletar malandros e transformar analfabetos em presidentes da República.

2010

"Manuela vence eleição para presidência da Câmara"

Não, mentira. Deturpei a manchete, ela só ganhou na simulação da votação eletrônica.

Mas vai brincando, vai...

Novo jeito de comandar a polícia

O novo jeito de governar da governadora eleita Yeda Crusius começa a transparecer entre os secretários. Ênio Bacci, por exemplo, tem dado indícios que vem por aí mais do mesmo no combate à criminalidade. Ele prometeu dar uma dura na bandidagem e garantir maior "operacionalidade" à secretaria de Segurança. Como vai fazer isso?

Para garantir a operacionalidade prometida, Ênio Bacci explica que a secretaria terá funções distintas. A Brigada Militar é responsável pela linha de frente, o policiamento de rua. Já a polícia, comandada por Pedro Rodrigues e Francisco José Tubelo, investigará e centralizará as informações necessárias para "completar o ciclo", segundo Bacci: a Brigada prende, a polícia apura e levanta provas, e o Judiciário mantém, assim, o bandido preso.

Bacci disse que hoje mesmo se reunirá com os dois comandantes da Brigada Militar. O secretário defende uma "união entre várias forças".

Ou seja, Bacci não tem a menor idéia do que vai fazer para manter os cidadãos seguros e por isso reproduz apenas as mesmas generalidades de todos os secretários anteriores aos repórteres.

Quase lá, Lembo

"Você acha que, com o tráfico de drogas, consumidas pela classe média e alta, eles precisam de rifa? Isso é um passatempo. Vamos deixar de ser ingênuos."

Essa foi a resposta do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL) à matéria de ontem do Estadão que denunciou a organização do PCC para o sorteio de prêmios - inclusive apartamentos - entre seus membros por meio de rifas nos presídios do Estado. Elas custariam R$ 15.

Depois dessa do Lembo e a última do Lula no post abaixo, pensei em organizar as frases mais grotescas do ano, mas como as festas estão aí e o pessoal fica mais emotivo – e conseqüentemente fala mais demência –, vou esperar até dia 31.

Globo dá alfinetadas no governo

Há pouco mais de uma semana, Lula foi criticado na novela Pé na Jaca, da Rede Globo. Ontem, na série A Diarista, um casal de estelionatários, após ser descoberto, se perguntava para onde deveria ir. O homem (ou a mulher; enfim, um deles) sugeriu a Bolívia como um bom lugar para a ladroagem, ao que a mulher retrucou: "Ah, não, nesse momento eles estão mais espertos do que nós".

Toma que o filho é teu

O governador Germano Rigotto começou a transição de governo com a entrega do Relatório de Gestão 2003 – 2006 aos tucanos. Foram entregues 46 documentos, num total de 1.345 páginas, com informações detalhadas referentes às Secretarias, Fundações e Autarquias, além de um documento único consolidado. Um dos tópicos merece ser destacado:

“Na Segurança Pública, um indicador importante apontado no Relatório da Susepe é a redução da taxa de fugas no Sistema Prisional, resultado de vigilância nos estabelecimentos prisionais”.

Enquanto isso, o assaltante de bancos e carros-fortes Cláudio Adriano Ribeiro, vulgo Papagaio, permanece foragido. Ele não retornou à Penitenciária Estadual do Jacuí no dia 23 de agosto, onde cumpria a pena no regime semi-aberto há 63 dias. No currículo, é tido como um dos maiores assaltantes de bancos e de carros-fortes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Daqui a uma semana, completará três meses tirando os policiais para idiotas. Isso que dá o José Otávio Germano (PP/ RS) sair da secretaria para concorrer a deputado federal.

Autenticado e certificado pelo Google

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Primeiro podcast Nova Corja

Walter - ALÔ! É da sede da Nova Corja?

Rodrigo - ARRRR. Quem fala?

Walter - Eu tô ligando aqui do gabinete do Sarkozy.

Rodrigo - hehehe. É o exilado político aquele?

Walter - Exilado! Tô ligando pra saber uma coisa: que história é essa de demência aí no Brasil?

Escute djá o primeiro podcast Nova Corja.

Caos aéreo estraga feriadão de Lula

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"Cacete, a fila do check-in do AeroLula me deixou morto de cansado"

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Índio quer apito

Quando a Bolívia nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos, algumas vozes menos ponderadas exigiram a invasão do país em nome da honra do Brasil. Em vez disso, o governo Lula tentou negociar — mal, diga-se de passagem — e acalmou os ânimos. Mas agora Evo Morales ficou abusado e anda dizendo por aí que a Petrobras deveria dar de presente duas refinarias construídas com o meu, o seu, o nosso dinheirinho. Se Morales quer presente, sugere-se ao Itamaraty que envie espelhinhos, apitos e miçangas.

Para refletir

Paulo Moreira Leite, em seu blog no Estadão: "Uma das promessas para um segundo governo Lula envolve uma melhoria das relações com a imprensa. É uma boa idéia, num governo que costuma encarar jornais e revistas como órgãos de propaganda e não faltam autoridades habituadas a queixar-se da "imprensa burguesa." Entender toda dimensão do conceito de liberdade de imprensa representa um grande desafio, até para muitos leitores, pois envolve idéias e padrões de comportamento. (...)

Autoridades interessadas em liberdade de imprensa poderiam fazer um curso de férias com a coleção de reportagens e entrevistas de O Pasquim, disponível na forma de livro. Eis ali um ótimo exemplo de imprensa livre, irreverente, saudável, que não dava trégua para ninguém. Boa parte dos ministros e personalidades deste governo leu o Pasquim em seu tempo e deve ter-se divertido muito. O mandamento do Pasquim era o seguinte: "Hay gobierno? Soy contra." Entender imprensa livre é entender isso. Quando os herdeiros do Pasquim esqueceram esta lição, o jornal acabou."

Gostaria de ter esse otimismo, mas com os precedentes abertos pelos processos contra jornalistas blogueiros no Brasil e a sanha dos sindicatos de jornalistas espalhados pelo país em tentar emplacar o controle da imprensa através de um novo projeto do CFJ, prevejo um horizonte nebuloso tanto para os grandes grupos de comunicação quanto para o jornalismo alternativo. Se o PPS emplacar na assessoria de imprensa no governo Yeda o mesmo estilo de José Fogaça na prefeitura, podem se preparar para a castração.

Sicofantas, pusilânime, batráquios!

Diogo Mainardi e Marcelo Madureira xingam os petistas em MP3 na esperança de obrigá-los a consultar pela primeira vez o dicionário.

Tucanices

Fernando Henrique Cardoso evoluiu tão bem na personificação do espírito tucano que agora não consegue chegar a um acordo nem com ele mesmo. Pela manhã, o ex-presidente disse não ser contra a privatização da Petrobras. Ao final da tarde, enviou nota à imprensa voltando atrás:

Questionado sobre o terrorismo eleitoral em torno do assunto das privatizações, FHC diz em nota que declarou textualmente: "Isto é demagogia. Ninguém vai privatizar a Petrobras. Eu disse isso quando foi feita a Lei [que flexibilizou o monopólio estatal no setor]. Eu mandei uma carta ao Senado. Eu não [e aqui caberia a vírgula ou o ponto e vírgula que ficou faltando para dar sentido à frase), sou contrário à privatização da Petrobras. Ela deve ser outra coisa: uma empresa pública. E não ser utilizada para fins políticos", diz nota de FHC explicando sua declaração de manhã para a rádio CBN.

Se alguém entendeu a que se refere o "eu não" solto no meio da declaração revisada, favor avisar.

Suplicy 2010

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A Marta vai até conseguir mexer o rosto depois de ver isso

Sempre na vanguarda, o senador petista Eduardo Suplicy começa a se preparar para o segundo turno de 2010 contra o mineiro Aécio Neves (PSDB/ MG): vai na festa da Playboy, posa com a gata, pede o autógrafo dela na revista, publica um artigo e ainda faz propaganda da Bohemia.

Bom dia II

"Lula continua a perguntar para onde foi o dinheiro das privatizações. É incrível que, após quatro anos no governo, ele não tenha descoberto. Parece que saber de onde vem e para onde vai o dinheiro não é o forte dele."

De EDUARDO GRAEFF, secretário-geral da Presidência na gestão FHC, sobre as críticas de Lula às privatizações do governo tucano. (Painel, Folha, 11/10/06)

Aecinho x sindicalismo petista

"Meu avô Tancredo tinha uma boa teoria. Nunca chame para trabalhar com você os amigos da cerveja, porque dá errado, e também não chame para tomar cerveja os amigos do trabalho, porque seu fim de noite ficará chato" (entrevista à revista Veja desta próxima semana).

Democracia legendária

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Escolha o que o senador Pedro Simon (PMDB/ RS) tenta dizer para Olívio Dutra (PT/ RS) na foto acima:

A) Mas tu tá é louco se acha que o MDB vai te apoiar, tchê

B) Não precisamos do PT. Estamos satisfeitos com o Garotinho

C) Apoio eu não posso dar. Serve o Quércia?

D) Te devolvo o Antônio Hohlfeldt se tu parar de me aporrinhar.

E) Tu tá querendo que o Elói tome o meu lugar? Some daqui!

F) Vou é mandar o Eliseu Padilha cavar um metrô para vocês.

De golpista para golpista

Luciene - Gabinete do Ministro Tarso Genro. Luciene. Boa Tarde.

Mainardi - Boa tarde, eu queria falar com o Ministro, por favor. É Diogo Mainardi.

...

Luciene - Um momento por favor.

Mainardi - Tá bom.

... (musiquinha)

Tarso - Alô.

Mainardi - Ministro, boa noite.

Tarso - Diogo Mainardi, tudo bem?

Mainardi - Como vai? De golpista para golpista, né?

Tarso - Estamos em plena disputa.

Podcast do golpista da Veja.

Aí vou eu, Velho Mundo

Sou um covarde. Não agüentei a perseguição política e decidi fugir do país um dia antes das eleições. Lula me expulsou porque eu xingo demais os petistas. Os tucanos também não me suportam porque não consigo engolir gente como Alckmin e José Serra.

Eu poderia ter trocado de nome, feito uma plástica, ido para o interior, virado comerciante e, quando a era Lula acabar, voltar tranqüilamente. Mas não; escolhi seguir os passos do Príncipe. Vou para Paris, xingar o país da Europa, que é mais fácil, cômodo, agradável e limpo.

Quando voltar do exílio, meu advogado, o Dr. Raskolnikov, cuidará de tudo. Terei minha vingança. Exigirei aposentadoria, pensão vitalícia, indenização. Serei Genoino, serei Cony.

Mas não fiquem tristes, continuarei neste blog (inclusive com cobertura das eleições presidenciais francesas 2007) e no meu novo blog pessoal, onde vocês poderão encontrar relatos de quantos croissants eu comi por dia.

Abaixo, a prova da ditadura petista.

Adeus, Bananão!

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Alô, golpista!

O golpista Diogo conversou com o golpista Reinaldo para o podcast da Veja.

Concordo com uma coisa que o Reinaldo falou. O Lula está confiante demais achando que vai ganhar no primeiro turno. Mas ao contrário do que gostamos de falar, o povo não é tão bobo e sem-vergonha quanto gostamos de imaginar. Seja na classe baixa ou na elite. O brasileiro vem mostrando alguma maturidade com o passar dos anos de nossa breve democracia.

Se houver segundo turno será a prova disso.

Chuchu acordando

"Ladrão de carro quando é pego fala: 'poxa, mas não precisava disso'. Mas por que roubou? Roubou porque achava que não iria ser pego".

Geraaaldo Alckmin nesta manhã, após entrevista à rádio CBN.

A Nova Corja entrevista Diogo Mainardi

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Com sua coluna semanal na Veja desde 1999, Diogo Mainardi alcançou o ápice da fama e passou a realmente despertar ódio a partir dos ataques desferidos contra Lula e as maracutaias petistas. Todos o acusavam de direitista maluco. Calaram-se - ou, pelo menos, perderam a credibilidade - depois que a crise política de 2005 mostrou que Mainardi estava certo em boa parte de suas críticas.

Mainardi não conseguiu derrubar Lula, mas contribuiu bastante para desmontar a ilusão petista. Já é muito. Temos que agradecer. Com um tipo de ironia que provoca reviravoltas estomacais tanto em políticos quanto em jornalistas, Mainardi, na entrevista abaixo, fala sobre parajornalismo, Brasil, Acre, e confessa: é um ávido leitor de tudo que aparece, inclusive do A Nova Corja.

A Nova Corja: É verdade que você desmaiou depois de presenciar uma cena repugnante durante um jantar na casa de Danuza Leão? O que realmente aconteceu?

Mainardi: Repugnante? Como ousa? Foi uma cena épica. Há testemunhas. Danuza escorregou e caiu no chão. Na queda, luxou o cotovelo. Já sofri mais de dez luxações fazendo esporte. Dói para burro. Quando vi o braço desconjuntado da Danuza, minha pressão arterial zerou. Como uma mocinha, desmaiei no elevador. Segundo minha mulher, soltei também um gemido, mas desconfio que seja mentira dela só para me envergonhar. O fato é que tento roubar a cena até mesmo no acidente dos outros.

A Nova Corja: Você enfrenta mais de oitenta processos individuais num tribunal do Acre por ter dito em maio, durante o programa Manhattan Connection, que o Estado não vale um pangaré. Você não superestimou o valor do pangaré?

Mainardi: Consultando o site do tribunal do Acre, descobri que, na verdade, enfrento cento e quarenta processos. Eu nem sabia que o Acre tinha internet.

A Nova Corja: A crise moral dos políticos brasileiros não seria o ápice do regime representativo do país? A demência comportamental do Executivo, Legislativo e Judiciário não reflete o caráter geral do brasileiro?

Mainardi: Pergunto-me apenas se é o ápice. No caso do Brasil, sempre dá para piorar.

A Nova Corja: A herança patrimonialista do Brasil não está mais enraizada do que se percebe quando essa reverência que os políticos acreditam merecer fica latente com a leniência da sociedade em relação a todas as denúncias de corrupção, não só as do PT, mas de toda a classe política?

Mainardi: Fiz quatro romances. O tema de todos eles é a servidão voluntária. Não conheço nada mais autenticamente brasileiro - e genuinamente cômico - do que isso.

A Nova Corja: Gostam de te chamar de parajornalista, mas como você costuma deixar claro, as informações publicadas na sua coluna estão à disposição do público. Sem entrar na questão do fetiche do diploma, o que você faz é o trabalho básico de um repórter, que aprofunda as informações ao invés de copiar e colar as notícias das agências. O verdadeiro parajornalismo não seria o praticado nas redações brasileiras?

Mainardi: Já não posso mais me vangloriar de ser um parajornalista. Estou meio institucionalizado. Quando percebi que os oposicionistas não tinham a menor intenção de derrubar Lula, passei a buscar notícias por conta própria. E encontrei um montão. Agora mesmo estou fuçando a vida de uns publicitários que trabalham para o governo. Não sou repórter. Não sei fazer reportagem. Mas a notoriedade da coluna abriu muitas portas.

A Nova Corja: Severino Cavalcanti (PP/ PE) foi derrubado uma semana depois de ofender o jornalista e deputado Fernando Gabeira (PV/ RJ) com documentos e investigações prontas. Em uma entrevista que deu quando assumiu a presidência da Câmara, Severino disse que "parte dos deputados recebiam por fora" para votar a favor do governo. Em maio de 2005, o mensalão veio à tona. Fica difícil crer que os setoristas de Brasília descubram essas informações às vésperas da publicação. Você mesmo cansou de publicar denúncias que mais tarde foram confirmadas por outros veículos. O que acontece? A mídia brasileira tem uma agenda secreta?

Mainardi: A agenda nem é tão secreta assim. Estou sendo processado por inúmeros jornalistas. Eles se sentem caluniados porque revelo para quem eles trabalham. Só jornalistas maricas processam outros jornalistas. Um jornalista que se preze responde a um artigo com outro artigo.

A Nova Corja: Por que a Veja não assume a preferência por um determinado candidato ou partido - como é comum na imprensa americana, cujo modelo jornalístico a revista segue - e que tem acontecido em publicações brasileiras como o Estado de S. Paulo e a Carta Capital?

Mainardi: Eu assumi minha preferência: derrubar Lula. Em primeiro lugar, com o impeachment. Como não deu certo, voto em Alckmin.

A Nova Corja: O que vale a pena ler na imprensa brasileira?

Mainardi: Eu leio tudo. Até o Nova Corja.

Dedada de Morales no Brasil

Mês passado dizíamos que o mundo perderia o respeito pelo Brasil com o caso da nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia. É isso que acontece quando um presidente manda a turma do deixa-disso para enfrentar um governo que pretende roubar seus bens: toma no rabo. Anteontem o governo boliviano rebaixou duas refinarias da Petrobras a prestadoras de serviço. O controle das refinarias passou para a Bolívia, que não pretende dar nenhum tostão ao Brasil. A Petrobras ensaia uma reação, mas da última vez também endureceu no início e depois arriou as calças. Não que seja o caso de mandar o exército arrasar a Bolívia como fez com o Paraguai no século XIX. Mas Lula, dessa vez, poderia deixar de tratar Morales como muy amigo e negociar direito, para ao menos diminuir o prejuízo.

Caros amigos contra Veja

Na entrevista deste mês, Franklin Martins enfia o pé na jaca:

A Veja é um caso diferente. Eu não falo sobre nenhum órgão. A Veja ultrapassou todos os limites, não entendo por que a Veja fez isso com a Veja. Uma coisa estarrecedora. Publicou pelo menos três grandes barrigas: o negócio das Farcs, o negócio dos dólares de Cuba e o negócio do Daniel Dantas. O do Daniel Dantas é uma alucinação. A Veja: “Eu não acredito nisso que estou publicando, mas vou publicar assim mesmo antes que alguém publique”. Acho que ela será julgada também.

Investimento de baixo retorno

A Carta Capital dessa semana traz dois artigos interessantes. Primeiro, o editorial de apoio a Lula escrito por Mino Carta. Concorde-se ou não com a escolha, abrir o voto é um hábito saudável dos veículos jornalísticos. Ao menos o leitor fica sabendo onde pisa. O Estadão, jornal com posição à direita bem conhecida, também costuma apoiar candidatos abertamente. Já a Folha e outros veículos supostamente imparciais costumam se fingir de mortos.

Há também uma matéria sobre os resultados do trabalho dos deputados federais. Os números indicam um baixíssimo retorno do investimento. Os parlamentares aprovaram 112 leis em 2005, das quais mais da metade (64) foram propostas pelo poder Executivo. Apenas 45 projetos aprovados partiram dos deputados. Os outros vieram do poder Judiciário. O mais grave é que 28 das leis aprovadas são oriundas de Medidas Provisórias — na prática, um tipo de decreto presidencial. A média de aprovação de projetos por parlamentar é 10%.

Se 45 leis saíram do parlamento, isso significa que são necessários cerca de 10 parlamentares para criar uma lei no Brasil. Um absurdo. Desperdício de dinheiro público. Está certo que números são apenas números, mas qualquer um pode acompanhar pela mídia o nível de qualidade do que sai do Congresso. Criar leis a torto e a direito não é necessariamente bom para o país, nem o único papel do Legislativo. Porém, quando mais da metade delas são propostas pelo Executivo, é óbvio que os parlamentares estão vagabundeando demais.

Isso até faz o sujeito pensar em piadas infames, baseadas no modelo daquelas sobre portugueses: Quantos deputados são necessários para aprovar uma lei no Brasil? Dez. Um para criar o projeto, nove para embolsar a propina em troca de seu voto favorável.

Jornal de Debates

Entrou no ar nesta segunda no IG o Jornal de Debates, comandado pelo jornalista Paulo Markun.

A idéia é reviver na internet um jornal impresso que fez sucesso entre 1946 e 1955. O conselho editorial tem 50 membros dos mais diversos (e bizarros) posicionamentos ideológicos: Alberto Dines, Cacá Diegues, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney, Marta Suplicy, Paulo Caruso, Tarso Genro, entre outros.

Como tudo no IG, falou ter RSS. Cobro R$ 1.000,00 por minuto para explicar filosoficamente a importância do Real Simple Syndication.

Ativismo nerd

Procurem por "maior mentiroso do brasil" no Google.

Muito amadorismo

Seria bom que Ricardo Noblat lesse o jornal no qual trabalha para não levar barriga dos próprios repórteres. No blog do jornalista do Estadão:

"Jefferson Pérez renuncia à vida pública e critica o povo

Com mais quatro anos de mandato a cumprir e a eleição para a Presidência República a disputar na condição de vice do candidato Cristovam Buarque, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) anunciou há pouco em discurso no plenário do Senado que abandonará a vida pública com a reeleição iminente de Lula".

A repórter Rosa Costa teve uma interpretação diferente:

"Decepcionado, Jefferson Péres anuncia saída da vida pública ao final do mandato

O senador Jefferson Peres (PDT-AM), candidato a vice-presidente na chapa de Cristovam Buarque, comunicou nesta quarta-feira, 30, da tribuna do Senado, que, ao término de seu mandato, em 2010, vai sair da vida pública 'profundamente desencantado'."

Dizem que pagam para ele blogar e que tem uma equipe à sua disposição para não publicar informações erradas, coisa que tem destacado o blog dele. Eu não acredito.

Shownalismo

O Jornal Nacional acaba de encerrar sua primeira edição com o ônibus da Caravana das Eleições – o infame Priscilão. William Bonner co-apresentou direto das ruínas de São Miguel das Missões com figurantes pilchados, prendados e quietinhos ao fundo do cenário. Lembrou o mesmo circo montado pela Globo durante a Copa do Mundo. Agradeceu a presença e o prestígio dos gaúchos que suportaram uma temperatura de cinco graus celsius. Ao final, perguntou a Pedro Bial de onde seria a próxima transmissão: "Olha, Bonner. Vamos sair daqui literalmente junto com o sol. Iremos descobrir os desejos dos brasileiros de ônibus, barco, carro. Amanhã vamos estar, vamos estar, bem, assistam e vamos descobrir onde vamos estar". Quanto suspense. Aguardem os próximos capítulos.

Rio Grande com Busatto

O Canal Livre gaúcho (nunca lembro do nome do programa e nem existe o site da Band-RS para ajudar) deste domingo entrevistou o deputado estadual Cézar Busatto (PPS). Busatto (que chora copiosamente ali ao lado) é o principal responsável pela construção do Pacto pelo Rio Grande, cujo maior passo até agora foi a aprovação de uma emenda para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2007 que, além de confirmar o fim do tarifaço de ICMS em 31 de dezembro deste ano, congela o orçamento dos três poderes nos próximos 4 anos (permitindo apenas um aumento anual de 3% para cobrir o crescimento vegetativo das folhas de pagamento). Com as medidas, o déficit fiscal do RS, um dos estados mais falidos do país, será zerado em 4 anos.

Quando o Rio Grande do Sul inteiro demonstra simpatia por alguém como Busatto é porque há algo realmente errado. E este algo errado se chama Poder Judiciário gaúcho.

O Tribunal de Justiça do RS deixou de existir. O Ministério Público do RS acabou. O Tribunal de Contas gaúcho desapareceu.

Em uma demonstração do mais lastimável corporativismo, esses três órgãos – que concentram os salários mais altos do estado (portanto, congregam boa parte dos 10% de servidores que ganham 40% da folha salarial total do RS) - atuaram direta e indiretamente (através de deputados do PP como Jair Soares, por exemplo) para derrubar o Pacto. Busatto contribuiu para que o conjunto de medidas do Pacto fosse aprovado por unanimidade na Assembléia.

Obviamente, estamos tão falidos que essas primeiras medidas são apenas o início do que precisaria ser feito. Mas pelo menos o problema passa a ser discutido com um mínimo de seriedade e passamos a conhecer publicamente a canalha que não quer, de forma alguma, abrir mão de seus interesses.

Remember the King

Dez anos sem PC Farias. Éramos felizes e não sabíamos. VoLLta.

Concorrência acirrada

A coluna Nonsense, de No Mínimo é concorrente direta do Nova Corja. No Rio Grande do Sul ainda vencemos, mas no resto do Brasil o Luiz Antonio Ryff ameaça tomar a dianteira na identificação do febeapá. Descobriu por exemplo que em Porto Velho o vereador petista José Wildes conseguiu aprovar um projeto de lei que transforma Jesus Cristo em senhor da cidade e e seu único salvador. Onde fica aquela tal separação entre Estado e religião na República brasileira?

Fora FMI!

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Brasil manda R$ 10 mi para o espaço

Marcos Pontes, aquele insuportável astronauta brasileiro, se aposentou, para ter acesso ao salário integral na reserva e ainda poder se dedicar a dar palestras Brasil afora, enchendo a burra de grana. Supõe-se que a primeira palestra foi encomendada pela Embrapa, com o objetivo de desenvolver métodos de cultura de feijão em gravidade zero.

Retrato do Brasil, esse caso. O governo gasta uma quantidade obscena de dinheiro com uma inutilidade desesperadora e a única coisa que consegue com isso é ser feito de trouxa por mais uma encarnação da Lei de Gérson. O constrangimento na Força Aérea é enorme. Difícil decidir entre matar ou condecorar o Marcos Pontes.

Depois o brasileiro reclama dos políticos que tem.

Pela tungada nas empresas telefônicas

Ligue 0800-619619. Não digite nada. Espere para falar com uma atendente. Diga que é para votar a favor do cancelamento da taxa de telefone fixo, que custa R$ 37,02. A Lei é a nº 5476. O assunto não está sendo veiculado na TV ou rádio porque as empresas não têm interesse neste tipo de divulgação. O telefone é da Câmara dos Deputados. Mesmo se não for você quem paga o telefone da sua casa, exerça seus direitos. As ligações são aceitas de segunda à sexta-feira, das 08h às 20h.

As ligações são rápidas. É necessário informar apenas seu nome completo, a cidade onde mora e o número do telefone fixo de sua residência. Quando a lei entrar em vigor, quem estiver cadastrado só pagará pelas ligações efetuadas. Este projeto está tramitando na Comissão de Defesa do Consumidor na Câmara. Quanto mais pessoas ligarem, mais fácil será para o projeto ir à votação.

Lembo watch

Hoje o Terra Magazine publica entrevista de Bob Fernandes com o governador de São Paulo. Lembo explica alguns trechos da entrevista de ontem e faz mais um monte de piadas e ironias. Ainda está difícil decidir se ele é gênio ou imbecil. Em todo caso, ele admite que um dos motivos para perder as estribeiras é estar já com mais de 70 anos. Leia abaixo os melhores trechos.

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Tréplica Mainardiana

Diogo Mainardi responde à resposta de Franklin Martins em sua nova coluna na Veja, entitulada Franklin, o "conceituado". O texto é muito mais humilhante que o primeiro e, como disse o Gabriel Brust, fica a lição: se responder a Mainardi, será muito, mas muito pior na próxima coluna. Clique no "continue lendo" para ler a resposta na íntegra.

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"Cadê Caetano, não pôde vir?"

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Ricardo Stuckert. Ag. Brasil

Cachoeira, BA - Presidente Lula cumprimenta dona Canô, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia, durante encontro na cidade de Cachoeira, na Bahia, onde visita as obras de restauração do edifício-sede da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Da Radiobras.

Meninas da Jeane

"Eu soube que tem menina da Jeane querendo falar, já procuraram parlamentares nossos dizendo que querem falar e prometeram que não vão comentar a performance de ninguém, mas vão dizer 'o fulano de tal esteve comigo naquela casa'"

Cesar Maia, definitivamente, quer ser o novo Pedro Doria.

Só no biriri

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"Te esgano" (E). "Te esfolo"(D).

Novo layout

Dei uma organizada no antigo layout do blog pra navegação ficar mais agradável. Espero que tenham gostado. Haverá uma certa rotatividade do banner acima, que será um dos grandes atrativos do Nova Corja. Fiquei trabalhando remuneradamente durante o carnaval nesses detalhes e ainda estou só por aqui. Walter, Suruba, Gabriel e Gallas ainda estão em coma em algum lugar por aí em conseqüência do carnaval - aliás, bela galeria das desinibidas do Terra. O conteúdo que é bom, nada. Segue o mesmo. Abraços.

Você diz que não ouve, faz que não me quer*

carnaval
Foto: Marcelo Oliveira/ Ag. RBS

O prefeito da Capital, José Fogaça (PPS/ RS), o governador licenciado Germano Rigotto (PMDB/ RS) e o ex-governador Olívio Dutra (PT/ RS) assistiram juntinhos ao desfile do Grupo Especial no Complexo Cultural Porto Seco. Seguindo a tradição, foram a reboque dezenas de deputados, vereadores e secretários.

Nas eleições de 2002, o então governador Olívio perdeu a prévia – inédita dentro do PT – Tarso Genro. Isso rachou a militância e foi uma das razões para a ascensão de Rigotto ao Piratini. Nas municipais de 2004, Fogaça tinha como projeto "Mudar o que está ruim, continuar o que está bom". Ou seja, a cidade continua uma porcaria. Mas a frase pode fazer um desvio semântico ao final do texto. Em 2005, o partido de seu vice, o PTB, tornou-se o pivô da crise que acabou com a credibilidade do PT.

Curiosamente, apesar do Caixa 2 petista ter sido admitido pelo ex-presidente do Diretório, David Stival, os R$ 4 milhões que Roberto Jefferson alega ter recebido desapareceram. Era grana para financiar os candidatos petebistas nas principais cidades do país. Meio difícil de acreditar que, se o dinheiro foi mesmo distribuído, uma quantia substancial não teria sido usada na chapa PPS/ PTB em Porto Alegre. Fica ainda mais estranho porque sem a prefeitura, o diretório municipal do partido faliu alguns meses depois de deixar o Paço. Os ex-dirigentes petistas irão responder na Justiça comum as maracutaias. Mais curioso ainda é não ler uma linha sequer sobre o envolvimento do PTB gaúcho com os R$ 4 milhões que Jefferson recebeu do PT. Agora o slogan do Fogaça faz sentido: "Mudar o que está ruim, continuar o que está bom".

Mas seria um absurdo escrever que o PT financiou sua própria derrota. Creio.

*: título inspirado na letra da música Pin-up, da banda punk Os Replicantes.

Separados no nascimento

Sensacional a lista dos separados no nascimento no blog do Fernando Rodrigues.

Mandei uma colaboração do Pai Mei com Genoino e Stanley Kubrick com Palocci.

Rocco Ravishes Salvador

Subversão Direitista

CPI dos Quadrinhos

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, levantou uma dúvida interessante quando estava com a palavra durante depoimento do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo à CPI dos Correios, instantes atrás:

Clark Kent e Bruce Wayne são mesmos inimigos em Gotham City?

O senador autenticou em cartório um documento contendo a informação que ambos são grandes amigos, para mostrar como é fácil falsificar um documento. "Autenticaram um documento absurdo como esse, e todos sabem que Clark Kent e Bruce Wayne são grande inimigos em Gotham City."

São mesmo?

Funcionários da Febem enlouquecendo

Depressão, estresse, síndrome do pânico, alcoolismo, vício em drogas, impotência sexual, estresse pós-traumático, ansiedade e distúrbios do sono. São algumas das doenças que estão atacando os funcionários da Febem. Devido à precariedade nas condições de trabalho, eles estão literalmente enlouquecendo. É o resultado de uma pesquisa realizada pela Fundação de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), ligada ao Ministério do Trabalho. Leia a matéria d'O Globo. via noblog

Em 2010, um Presidente pegador

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Ana Paula Arósio fica com Aécio Neves na festa de Burlamaqui

"Governador de Minas e atriz prestigiaram o aniversário de 39 anos de Paula Burlamaqui e trocaram beijos no final da festa, que reuniu globais na casa de Paula Lavigne"

Sem dúvida, o governador é quem tem o melhor colégio eleitoral do Brasil:

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Os Franco-Atiradores

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"Só no biriri."

Biriri no poder

Partido Popular Socialista do Rio Grande do Sul: um projeto repleto de soluções para Porto Alegre.

Frase do dia

"Pena que, no Brasil, até uma filósofa baba no vestido só porque ouve um metalúrgico falar. Tinha que dar no que deu." (Clóvis Rossi na Folha de hoje)

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Foto do ano

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"Justiça só no biriri."

"Isso, dá-lhe biriri."

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A Derrota do Pensamento

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Notícias aleatórias do dia

Brasil pode produzir até seis ogivas por ano, diz 'Science'

Lula recebe, em Brasília, o ministro da Defesa da China (Folha On-line)

Ummm...

Mmm, donuts...

Diálogo refinado em off

- Ai, pois é, guria. Eu vou ter que trabalhar nos próximos finais de semana até o fim da campanha. Vão pagar bem, mas na real eu trabalharia até de graça. O Fogaça vai ganhar a eleição e aí eu 'nhac', pego um Cargo de Comissão pra mim. São mais de 3 mil vagas e eu quero mais é me dar bem.

- Bah, me coloca nessa boca.

Não adianta. Tem coisas que não vão mudar.

A crise da civilização ocidental - parte 2

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A crise da civilização ocidental

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