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Visto no restaurante Ponto Campus, um bufê a quilo com qualidade inversamente proporcional ao conhecimento de gramática da equipe. Leitores, deixem seus exemplos de outros restaurantes nos comentários.

Cisco | 30.09.2008, 15:00 | Comentários (11)

Decepção no Burger King

Não sou muito chegado em fast-food. Considero a maior parte insípida o suficiente para não valer a pena sobrecarregar o corpo de gordura e carboidratos. A única grande rede cujos hambúrgueres me agradam é o Burger King, porque têm sabor marcante. Porém, no sábado em torno das 14h30 pedi um Whooper na loja do shopping Iguatemi de Porto Alegre e estava tão ruim que verifiquei a embalagem, para ver se não tinha comprado por engano um Big Mac. O sanduíche veio afogado em maionese e a carne estava meramente cozida, não levemente queimada como costuma ser. Parece que de fato o segredo do BK é o fato de a carne ser bem gralhada, emprestando um gostinho de churrasco à comida. Enfim, só resta esperar que tenha sido um problema passageiro com um chapista novo ou algo assim, não um relaxamento permanente com a qualidade.

Marcelo Träsel | 29.09.2008, 11:44 | Comentários (3)

E agora, para algo completamente diferente

Enquanto os autores estão ocupados demais ganhando a vida para conseguir cozinhar, que dirá publicar alguma coisa aqui, divirtam-se buscando pela expressão "food porn" no Flickr.

Marcelo Träsel | 25.09.2008, 18:48 | Comentários (1)

Cerveja Anner

Estou há horas me devendo um texto sobre a cerveja Anner. O vídeo abaixo, uma brincadeira com a tendência de vídeos virais, dá um bom gancho:

O Guilherme e o Glauco Caon estão produzindo a cerveja em sua própria casa já vão mais de dois anos. Participam do círculo de cervejeiros artesanais que se consolidou em Porto Alegre e têm produzido pães líquidos divinos. Experimentei já a bock e a red ale, ambas com espuma cremosa e sabor marcante. Para ficar na metáfora do pão, a diferença entre cerveja artesanal e industrializada é a mesma do pão feito em casa e o pão de sanduíche feito para o supermercado: esta precisa por força da viabilidade econômica agradar a todos, enquanto aquela pode se dar ao luxo de agradar a poucos.

O interessante na cerveja artesanal é perceber todas as variações de sabor que ocorrem devido aos ingredientes usados em cada fermentação, descobrir um lúpulo diferente volta e meia -- enfim, ver que é um produto inserido num mundo de verdade, em constante mudança.

Infelizmente, a cerveja Anner não está à venda. Em todo caso, se você pedir com jeitinho, talvez consiga uma garrafa: cerveja.anner@gmail.com.

Marcelo Träsel | 17.09.2008, 10:25 | Comentários (4)

Restaurantes Assustadores pelo Mundo

O Cracked publicou uma lista dos Oito restaurantes mais assustadores do mundo. Alguns já foram discutidos neste blog, e tenho medo de perguntar qual soa mais atraente aos leitores.

Cisco | 11.09.2008, 10:09 | Comentários (3)

Le Bateau Îvre

Para comemorar meu aniversário de 30 anos, resolvi mandar às favas a moderação e ir finalmente conhecer o restaurante francês Le Bateau Îvre, cuja reputação é ser um dos melhores da cidade. Foi um excelente jantar, mas em grande parte devido ao fator emocional envolvido. Vou fazer o possível para escrever uma análise objetiva do estabelecimento.

A primeira boa surpresa é descobrir que o restaurante não é tão caro quanto se esperaria para essa categoria de culinária. Pode-se comer lá por menos de R$ 100 por pessoa. Os pratos começam em cerca de R$ 40. Há opções de vinhos desde razoáveis (R$ 45 por um tempranillo espanhol) até hilariantes (acima dos R$ 500). O ambiente lembra uma casa na Serra, com lareira no meio e muita madeira. A cozinha é separada do salão por um vidro, então pode-se ver o chef Gerard Durand trabalhar. A chanson francesa toca constantemente, chegando até a ser um pouco inconveniente lá pelas tantas.

Pedimos como entrada uma porção de escargot (R$ 35) e foie-gras com molho de figos (R$ 52). Nunca havia provado caracóis, mais por falta de oportunidade. Descobri que eles não têm em si muito sabor, o que explica a necessidade do molho de manteiga com ervas que sempre os acompanha. Come-se mais pelo esporte, acredito: é divertido pegar os cascos com uma pinça e escavar atrás dos bichinhos -- cuja consistência é muito mais amigável ao paladar do que se supõe -- com um garfo especial. O gosto lembra um pouco cogumelos e mariscos. Foi-gras eu já conhecia, mas nunca o tinha comido quente. Recebemos um fígado inteiro levemente grelhado e banhado num excelente molho de figos em compota com um toque de vinagre balsâmico. A carne é tão entremeada de gordura que se derrete, então é mais apropriado comê-la com pão. Gostei muito, mas ainda prefiro o foie-gras fresco.

Os pratos principais foram magret de pato com molho de frutas vermelhas (R$ 48) e carré de cordeiro com molho agridoce de manga e morangos (R$ 47). O magret veio no ponto corretíssimo, levemente malpassado e muito macio. O molho de frutas vermelhas é bom, embora fique um tantinho enjoativo mais para o final, porque é bastante pesado. Acompanha o prato uma batata gratinada surpreendente. Pelo que entendi, eles fazem um purê com o qual preenchem a casca de uma batata inglesa assada e depois levam ao forno. Dá uma boa equilibrada no molho. Confesso que gostei mais do molho agridoce do cordeiro, à base de mel e bem carregado na pimenta. Coisa rara de se encontrar no Sul, dado que os restaurantes precisam agradar ao gosto meio bundão do povo. A carne, porém, estava excessivamente dura e cheia de nervos. Definitivamente não é o que se espera num restaurante desse nível.

As sobremesas foram crème brulêe e a reflexe des îles (todas custam R$ 14). O creme correspondeu à expectativa de um doce clássico. A outra era interessante: duas bolas de sorvete de coco Häagen-Dasz sobre licor de menta, com flocos de arroz e calda de chocolate. Recomendável. Assim que terminamos a sobremesa, faltou luz em toda a região, então não pudemos provar o café. Felizmente aceitam cheque.

Um detalhe que incomodou um pouco foi terem nos colocado na pior mesa de todo o estabelecimento, apesar de termos reservado com uma semana de antecedência. Só posso concluir que atribuem as piores mesas a quem reserva primeiro e não é cliente antigo, para deixar liberadas as boas mesas aos transeuntes. C'est sacanage, ça. Fiquei me sentindo penalizado por ter me dado o trabalho de reservar. Aliás, tentei fazê-lo pelo endereço de correio eletrônico fornecido nos guias e a mensagem nunca foi respondida.

LE BATEAU ÎVRE
Rua Tito Lívio Zambecari, 805 - Mapa
51 3330-7351

Marcelo Träsel | 7.09.2008, 15:22 | Comentários (4)

Restaurante São Rafael - Atualização

Alguns meses atrás, o Garfada comentou a reforma do Restaurante São Rafael, incluindo a contratação de uma chef e o abandono do perfil churrascaria do restaurante. Esta semana, descubro que a chef foi demitida e o restaurante voltou a ser uma churrascaria.

Uma visita ao local indica a retransformação não foi completa: a decoração ainda está toda lá e o bufê executivo ainda tem pato ao molho de framboesa e pratos assim. Acho que agora o restaurante é um híbrido do que era e do que tentou ser, e isso não é um bom sinal.

Cisco | 3.09.2008, 7:30 | Comentários (4)

Semana do jantar harmonizado no Sheraton

Está valendo a pena freqüentar a 4ª Semana do Jantar Harmonizado no Porto Alegre Bistrô, restaurante do hotel Sheraton, no Moinhos de Vento. A comida é subsidiada pela vinícola Marson, que tem a intenção de demonstrar a qualidade de seus vinhos. Assim, uma refeição com risoto de bacalhau com tomate cereja, salada caesar com lâminas de salmão e torre de dois chocolates com coulis de frutas da estação, entre outros, sai por R$ 59, acompanhado de bebidas. Uma relação custo-benefício que parece bastante boa.

A semana vai de hoje a domingo, dia 7 de setembro.

PORTO ALEGRE BISTRÔ
Rua Olavo Barreto Viana, 18 - Mapa
51 2121-6060

Marcelo Träsel | 1.09.2008, 12:31