Será que a alfândega deixa passar?

A britânica Edible é uma loja especializada em vender produtos alimentícios bizarros, desde salgadinho de formiga e curry de crocodilo até café fermentadoa no sistema digestivo de gatos da algália. Para quem gosta de experiências gastronômicas fortes.

Enfim, se algum leitor aí estiver morredo de vontade de me presentear, considere qualquer produto dessa loja uma boa opção -- exceto os afrodisíacos e remédios, obrigado.

Marcelo Träsel | 26.03.2008, 17:10 | Comentários (3)

Puppi Baggio

Um dos restaurantes italianos mais famosos de Porto Alegre, o Puppi Baggio tem um ambiente que lembra a rusticidade colonial: mesas de madeira, móveis e objetos antigos, fotos antigas etc. Fica em cima de uma adega e quem compra os vinhos para a refeição lá embaixo não precisa pagar a rolha paga rolha de 10 a 15% do valor do vinho, como em qualquer outro restaurante de Porto Alegre (obrigado pela correção, Solon).

Pedi um prato leve de subiotto com molho spetacollo d'uva. O subiotto é um tipo de penne com as paredes mais espessas, deixando uma canaleta bem fininha no meio. Chegou à mesa num ponto excelente. De fato, talvez seja a massa mais al dente que já comi em Porto Alegre. O molho era à base de requeijão, com tomates secos, uvas itália e estragão. Razoável, apenas. Também pedimos um polpetone (ou "almondegão") com molho de tomate. É bem grande e serve umas quatro pessoas como acompanhamento. Também é bastante temperado e levemente picante.

Gostaria de voltar lá e experimentar o molho de carne de panela, que dizem ser excelente. As massas do Puppi Baggio são realmente boas, mas minha escolha de molho prejudicou. Difícil saber se a fama de melhor italiano da cidade se justifica.

PUPPI BAGGIO
Rua Dinarte Ribeiro, 36
51 3346-3630
Segunda a sábado, almoço e jantar

Marcelo Träsel | 20.03.2008, 14:22 | Comentários (12)

Alho-poró refogado

alho-poro.jpgAqui no Sul o alho-poró não é um vegetal muito usado. Um dos motivos talvez seja o preço relativamente alto, que varia de R$ 1,50 a R$ 2,00 por talo. A cozinha francesa, por outro lado, usa muito esse legume, no mais das vezes em ensopados e cozidos. Até por causa do preço, prefiro manter o alho-poró como protagonista das receitas. Uma maneira de cozinhá-lo que me agrada muito é simplesmente refogar a parte branca na manteiga até que esteja macia. No final, acrescento algumas sementes de papoula e uma pitada de pimenta do reino branca. Um excelente acompanhamento para qualquer carne.

Marcelo Träsel | 17.03.2008, 14:08 | Comentários (9)

Pueblo, o mexicano de Porto Alegre

Se você quer comer bem a preços razoáveis, recomendo o restaurante Pueblo. Se quer encontrar gente jovem e bonita, também. Agora, se não suporta esperar em filas, se gosta de poder conversar sem elevar a voz até ficar rouco e detesta ficar com as roupas cheirando a comida, evite essa casa.

O cardápio do Pueblo é bem fiel à culinária mexicana dos Estados Unidos. Oferece os clássicos chili, tacos, burritos e fajitas. Além disso, tem pratos como chimichanga, menos conhecidos. Pedimos como entrada os nachos originais -- que eram de verdade, e não meros Doritos com queijo --, tacos de filé e chimichanga de carne de panela. Aliás, uma das melhores carnes de panela que já provei em restaurantes. Teríamos ficado satisfeitos com apenas dois desses pratos, mas quisemos diversificar. A chimichanga foi o melhor, os tacos também são bons, mas a guacamole poderia ser mais temperada. Com bebidas, a conta ficou em R$ 60 para duas pessoas.

O grande problema do Pueblo é que virou moda entre a juventude porto-alegrense. Isso significa mesas cheias de meninas loiras com chapinha gasguitando em altos volumes. Sorte que as modas passam. A gerência poderia dar uma olhada no sistema de ventilação, porque as roupas ficam cheirando a comida quando a pessoa senta no salão dos fundos. E é bom chegar cedo, antes das 21:00, porque senão vai ter de esperar no balcão até uma mesa ser liberada.

PUEBLO CASA MEXICANA
Av. Ijuí, 147 - Petrópolis
Fone 51 3332-5540
De terça a domingo, almoço e jantar

Marcelo Träsel | 14.03.2008, 13:24 | Comentários (13)

Não coma nada que não apodreça

Em uma longa entrevista, Michael Pollan dá algumas dicas bastante razoáveis para melhorar a alimentação. Entre elas, esse axioma simples: não consuma nada que fica um ano na prateleira do supermercado sem estragar. Porque comida de verdade apodrece, mofa ou desanda.

Um trecho:

Food's under attack from two quarters. It's under attack from the food industry, which is taking, you know, perfectly good whole foods and tricking them up into highly processed edible foodlike substances, and from nutritional science, which has over the years convinced us that we shouldn't be paying attention to food, it's really the nutrients that matter. And they're trying to replace foods with antioxidants, you know, cholesterol, saturated fat, omega-3s, and that whole way of looking at food as a collection of nutrients, I think, is very destructive.

Pollan até ameaça em alguns momentos cair na baboseira anti-carne vermelha e anti-transgênicos, mas consegue se segurar e manter uma posição sensata a respeito das questões políticas envolvendo a alimentação.

Dica do Mojo.

Marcelo Träsel | 11.03.2008, 15:28 | Comentários (3)

A Cantina

IMG_2981.jpgNo domingo passado, o Bruno Galera e eu nos reunimos a um grupo de amigos para almoçar no restaurante de carnes exóticas A Cantina. Um dos principais atrativos, além da degustação de jacaré, capivara, javali e avestruz, é o fato do estabelecimento ficar no bairro do Lami, região rural de Porto Alegre. É um bom passeio para dias de sol e eles têm mesas no quintal, onde você pode tomar o chope artesanal local em canecos originais de festas de interior (R$ 5), como esse na mão do Bruno.

Pode-se pedir a comida à la carte, ou então o rodízio, que sai por R$ 23. Nós começamos com uma porção de rã à doré (R$ 25), que dá para umas quatro ou cinco pessoas e vem com um molho tártaro. A primeira carne a vir no rodízio foi o jacaré, à milanesa. Trata-se de uma carne que fica entre o peixe e a galinha, e é bem gordurosa e consistente. Depois veio o avestruz, salteado na chapa. O problema é que uns pedaços vieram no ponto e outros quase crus. Mas avestruz é muito bom, uma carne bem vermelha e sem quase nada de gordura. Em seguida, foi a vez do javali, também salteado na chapa. É um porco com sabor um tanto mais marcante e que oferece mais resistência à mordida. Finalmente, veio a capivara, de longe a mais exótica de todas as carnes provadas. Algumas pessoas na mesa acharam forte demais, mas outras adoraram. Estava bem temperada com alho e também salteada.

O acompanhamento das carnes são massas caseiras à carbonara e ao pesto. O molho pesto deles é muito bom. Também servem salada de verduras e legumes plantados no local. É uma comida honesta e a proposta de servir carnes exóticas é excelente, porém, um tanto mal executada em minha opinião. O problema é que o modo de apresentação, à milanesa ou salteado na chapa com um monte de óleo, não valoriza muito os produtos. Seria melhor grelharem ou até assarem as carnes. Também não precisavam ter medo de temperá-las. Algumas pessoas na mesa pediram bananas flambadas com sorvete de sobremesa e disseram que estavam muito boas.

Na saída, os clientes ainda podem adquirir produtos coloniais, como cachaça artesanal e geléias. Comprei uma geléia de jaboticaba feita com frutas do pomar da família. Abre de quartas a domingos, das 10h às 22h.

A CANTINA
Estrada Edgar Pires de Castro, 10.853
Bairro Lami
51 3267-1529

Marcelo Träsel | 9.03.2008, 23:44 | Comentários (20)

Escolhendo um fogão adequado

Andei pesquisando os manuais e especificações técnicas dos diferentes tipos de fogão no mercado brasileiro. Depois de juntar essas informações às dos leitores que fizeram seus comentários a respeito do assunto nesse post, cheguei a uma conclusão sobre qual a melhor escolha para quem realmente dá importância à cozinha.

A pesquisa partiu da premissa de que o fogão mais útil para qualquer pessoa deve ter o máximo possível de variedade nos queimadores. Isso permite fazer os mais diferentes tipos de receitas, desde banhos-maria até frituras que exijam muita potência. Também descartei os fogões de seis bocas, porque são grndes demais e ninguém usa todas ao mesmo tempo, a não ser que tenham uma família de dez pessoas.

Abaixo está uma comparação das características técnicas dos fogões que sobreviveram à triagem que levou em conta os fatores acima e mais as recomendações de leitores, preço e tamanho adequado a uma cozinha normal -- fogões industriais foram descartados por serem grandes demais. Todos são de inox.

  Bosch Express
Control 5 bocas
Brastemp Ative!
6º sentido
Lofra MX66GI
P
1,2 kW
-
1 kW
M
1,7 kW
1,8 kW
1,75 kW
G
3,0 kW
2,5 kW
3 kW
Super
3,6 kW
3,4 kW
3,7 kW
Forno
3,8 kW
3,7 kW
3,5 kW
Preço
R$ 2.027
R$ 2.468
R$ 3.799

Como se pode perceber, o fogão da marca Lofra ganha por uma pequena margem em termos de amplitude de potências dos queimadores. O queimador de tripla chama tem 100 Watts a mais de potência que o da Bosch. Por outro lado, o queimador pequeno atinge a menor potência encontrada. O forno tem uma potência boa, embora seja 300 Watts menos potente que o da Bosch. O fogão da marca Brastemp é o menos variado.

Em resumo, o fogão da Bosch parece ser a melhor alternativa, tanto nos aspectos técnicos, quanto no preço. É o mais barato dos três.

O site oficial da marca italiana é muito ruim, porque não tem uma lista dos produtos e, muito menos, os manuais disponíveis. Também não responderam o e-mail que enviei ao SAC, pedindo informações. Foi necessário telefonar para o 0800 para obter os dados de potência. Espero que estejam corretos.

ATUALIZAÇÃO: Os dados não estavam corretos. Depois de publicar esse texto, dizendo que o fogão da Lofra valia a pena porque o queimador maior teria potência de 6,7 kW, comecei a estranhar esse número. Liguei de novo para o SAC e confirmei que o valor correto é 3,7 kW. Obviamente, isso mudou minha opinião a respeito de qual é a melhor alternativa para um fogão doméstico no mercado brasileiro.

Marcelo Träsel | 7.03.2008, 14:20 | Comentários (15)

Gumbo de frango

gumbo.jpgSemana passada, num arroubo de ousadia ao passar pelo Mercado Público, decidi comprar uma bandeja de quiabos. Nunca desgostei desse legume, mas também não passava pela cabeça cozinhá-lo. Pois a partir de agora, pretendo fazer sempre que encontrar bons quiabos. Ou seja, será meio raro; provavelmente, só quando for ao Mercado Público.

Um bom quiabo não deve ser muito longo, preferencialmente menor que 10 centímetros, nem ter cor verde muito acentuada. Um verde pálido indica uma vagem mais nova e, portanto, mas tenra. Não se deixe enganar, porque quiabos fibrosos continuarão fibrosos mesmo após horas de cozimento, como esse gumbo comprovou. Ao fatiá-los, descarte os que oferecerem muita resistência ao corte. Minha mãe sugeriu quebrar as pontas das vagens para testar a consistência, mas isso é desnecessário se você atentar para as outras dicas. Em todo caso, nos legumes mais tenros a ponta se quebra, enquanto nos fibrosos ela apenas se torce.

O gumbo é um ensopado típico da culinária cajun da Lousianna. Para quem não sabe, esse Estado foi colonizado primeiro por franceses expulsos do Canadá e, sendo uma região cheia de escravos, teve grande influência também da cozinha africana. É uma Bahia dos Estados Unidos e provavelmente lá se come a melhor comida do país. No gumbo a África está representada pelo quiabo e pelas pimentas, enquanto a França entra com as lingüiças defumadas e o roux. Pode ser feito com quase qualquer tipo de carne, mas a maioria das receitas usa frutos do mar ou galinha, junto com bacon e lingüiça.

GUMBO DE FRANGO

  • 1,5kg de coxas e sobrecoxas de frango
  • 300g de lingüiça mista ou puro porco defumada
  • 1 lata de tomates italianos pelados
  • 500g de quiabo
  • 1/2 pimentão verde
  • 1 cebola grande
  • 1 cenoura
  • Salsinha e cebolinha
  • Louro
  • Pimenta do reino
  • Pimenta dedo de moça ou Tabasco
  • Alho
  • Sal
  • 3 colheres de sopa de farinha
  • 3 colheres de sopa de manteiga

    Para essa empreitada, fiz um tipo de caldo de galinha do zero. Ela foi adaptada de várias outras receitas que descobri pela Web afora. Alguns ingredientes foram abrasileirados, mas acredito que nenhum créole reclamaria.

    Em uma caçarola, derreta a manteiga e doure os pedaços de galinha. À medida que os for retirando do fogo, vá acomodando-os em uma outra panela grande. Enquanto isso, deixe água ferver numa chaleira. Depois de dourar tudo, desligue o fogo da caçarola e despeje a água em cima do frango. Acrescente metade da cebola, a cenoura, metade do pimentão, o louro e grãos de pimenta do reino à fervura, tuo em pedaços grandes o suficiente para poder retirar do molho depois. Ponha também um ou dois dentes de alho inteiros esmagados. Salgue um tantinho e deixe cozinhar até a carne se soltar dos ossos. Em dado momento vai surgir uma espuma na superfície. Retire essa espuma e a gordura em excesso com uma colher.

    Enquanto o caldo não fica pronto, pique o restante dos ingredientes. Acenda o fogo da caçarola, ainda com a gordura do frango, e acrescente aos poucos a farinha, sempre mexendo muito bem, para fazer um roux. Estará pronto quando a mistura atingir uma cor castanho-escuro. Nesse momento da operação, descobri que minha farinha de trigo estava úmida e imprestável. Segui sem roux nenhum, mas os passos seguintes são iguais.

    No roux ou na gordura, refogue os ingredientes picados começando pela cebola, depois o pimentão e finalmente o quiabo (do qual você deve ter retirado as pontas e topos antes de picar), mas deixe a salsinha e a cebolinha de lado. Vire e revire, então acrescente os tomates, picados, junto com o suco da lata. Então, pique uma ou duas pimentas dedo de moça e ponha no gumbo. Se usar Tabasco, deixe para a última meia hora.

    A essa altura o frango deverá estar pronto. Retire os pedaços da panela, despeje uma o caldo no gumbo, descartando os legumes e qualquer outro sólido que tenha sobrado, e comece a separar a carne dos ossos. Junte a carne ao cozido e depois preocupe-se em cortar a lingüiça em pedaços. Se tudo correu bem, o gumbo já deverá ter cozinhado por uma hora, mais ou menos. Agora é o momento de botar a lingüiça, o Tabasco e a salsinha e cebolinha na panela. Cozinhe mais meia hora e está pronto.

    Essa é uma das poucas receitas norte-americanas pensadas para ser servidas com arroz branco. O gumbo costuma ficar melhor no dia seguinte, então é um bom prato para festas, porque pode ser preparado com antecedência.

    Marcelo Träsel | 5.03.2008, 17:36 | Comentários (4)

    Nhoque da sorte

    Aproveitei o cabalístico 29 de fevereiro para pôr em prática uma receita de nhoque (ou gnocchi, se preferirem). Cozinheiro mais que amador, fui procurar algo no Google para me ajudar. Deparei-me com um vídeo de um chef italiano que trabalha em Londres fazendo o prato. Resolvi investir e transcrevi a receita passada.

    NHOQUE (ingredientes para 04 pessoas):
    - 1 kg de batatas
    - 1 ovo
    - 300g de farinha de trigo
    - Sal grosso e sal comum
    - Pimenta
    - Azeite de oliva extra virgem
    - Queijo para ralar (parmesão ou pecorino)

    Na verdade, é dito que a receita rende para oito pessoas. Só se for para gente sem nenhuma fome, porque tudo foi devorado entre quatro sem excessos quando preparei.

    Coloque as batatas, com casca, numa panela com água até cobrí-las. Leve a fogo alto e some 3 colheres de chá de sal grosso. Deixe ferver, com as batatas desde o início na panela. Aproximadamente 20 minutos devem ser suficientes para deixá-las tenras. Não coloque os tubérculos na água já fervente, sob pena de arruinar a casca, importante para a textura desejada.

    gnocchi.jpg

    Tire as batatas da água e descasque-as, usando um pano para segurá-las na hora de passar a faca. Estarão muito quentes, e você vai querer evitar queimaduras estúpidas. Esmague-as da forma que melhor lhe convier. Eu utilizei um esmagador de batatas de uma tia avó já falecida, que estava cheio de pó no armário.

    Coloque o produto numa vasilha e adicione duas pitadas generosas de sal comum e uma de pimenta do reino, moída na hora. Some o ovo e mexa tudo com uma colher de pau, em movimentos circulares de dentro para fora. Adicione duas mãos bem cheias de farinha e misture de novo, até obter uma massa homogênea.

    Espalhe farinha sob uma superfície lisa (usei a mesa, mesmo). Use as mãos para ir amassando e esfregando a massa, até que pare de grudar. Vá adicionando quanta farinha for preciso.

    Retire um grande naco e vá enrolando até obter um rolo de aproximadamente 3 centímetros de espessura. Use uma faca de lâmina flexível para ir cortando pedaços de mais ou menos 2 centímentros. Repita a operação. Faça esse passo rapidamente, porque é ideal que o nhoque volte para a panela ainda morno. Vá depositando as peças numa vasilha, devidamente espaçadas para que não grudem entre si.

    Em uma panela com água fervente com mais 3 colheres de sal grosso, coloque o nhoque e mexa levemente com a colher de pau. 2 minutos são suficientes. Quando estiver pronto, tudo vai boiar. Se você colocou muito, vá "pescando" com uma escumadeira o que for subindo.

    Deposite o nhoque no prato será servido. Regue com azeite de oliva extra virgem e sacuda um pouco para espalhar. Cubra com o molho quente de sua preferência e adicione queijo parmesão ou pecorino ralados na hora.

    Usei molho simples de tomates cortados grosseiramente e refogados com cebola e alho. Folhas de manjericão por cima dão um toque final. A receita original indica vinho, mas fomos de espumante rosé para acompanhar. Este demi-sec da Aurora anda espetacular.

    Bruno Galera | 2.03.2008, 22:00 | Comentários (8)

    Faça um dono de casa feliz

    A mediocridade do meu fogão Consul está começando a atrapalhar meu desempenho na cozinha. Comprei há alguns anos, logo que saí de casa, quando não tinha dinheiro para nada melhor. O problema é que esse fogão não tem nem fogo baixo, nem fogo alto. Não consigo fritar um bife como se deve, nem cozinhar um ensopado lentamente como é necessário. Sobre o forno, basta dizer que jamais viu nascer um bolo não-embatumado.

    Estou começado a pesquisar opções. Algum cozinheiro aí tem um bom modelo para indicar? Vale a pena acompanhar os classificados para tentar conseguir um Lofra a bom preço, ou há marcas nacionais tão boas quanto?

    Marcelo Träsel | 1.03.2008, 17:26 | Comentários (28)