Silêncio em Porto Alegre

Da coluna Painel, na Folha de S. Paulo do dia 22/12:

Fio desencapado 1

A Delegacia dos Crimes contra a Ordem Tributária do Rio Grande do Sul investiga o pagamento de R$ 1,060 mi feito à empresa GP Equipamentos Elétricos Ltda., contratada para instalar a parte elétrica do Fórum Social Mundial, marcado para janeiro em Porto Alegre.

Fio desencapado 2

A própria empresa alega não ter condições de realizar o serviço contratado e diz que planeja terceirizá-lo. Acrescenta que sua despesa para entregar o que foi combinado será de R$ 650 mil.

Fio desencapado 3

O delegado Roberto Pimentel considera exagerada a diferença de R$ 400 mil entre o custo do serviço e o valor cobrado pela GP Equipamentos Elétricos Ltda. Quer apurar se houve desperdício do dinheiro público anualmente repassado à organização do Fórum Social Mundial.

Como é normal em Porto Alegre, era de se esperar que Zero Hora, Correio do Povo e demais veículos de comunicação copiassem a pauta para as edições dominicais ou algo do tipo, mas nada foi apurado. Aí me aparece esse site dando todo o serviço. Entre as pérolas, coisas como: (...)Ele disse que ficou sabendo "no mercado" que o Fórum Social Mundial estava procurando prestadores de serviços. Então disse que procurou a organização do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, localizada na Usina do Gasômetro, e ofereceu seus serviços para Jeferson Miola, o coordenador executivo do Fórum Social Mundial no Rio Grande do Sul. Este, sem mais nem menos, entregou-lhe o serviço e já saiu pagando adiantado.
(...)
Jeferson Miola pertence à tendência petista-trotskista "Democracia Socialista", que também é integrada pelo ministro Miguel Rossetto, pelo prefeito de Porto Alegre, o petista João Verle, e pelo candidato derrotado à prefeitura de Porto Alegre, o deputado estadual petista Raul Pont. Luiz Manoel Carneiro do Prado diz que ainda deverá receber cerca de 600 mil reais pela Ong Abong (Associação Brasileira de ONGs), com a qual ainda não teria assinado contrato.

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