Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


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capitulando

Como todo mundo gosta de um dinheiro extra, e como novos rótulos para os diferentes tipos de homem parece o produto cultural de maior demanda ultimamente, aqui vão alguns que serão devidamente patenteados em breve:

Cibersexual — Passa os dias conectado à rede, baixando MP3 e filmes no Emule e jogando Counter Strike online, ou invadindo intranets. Só pára com o objetivo de assistir Matrix pela 17ª vez. A pele tem uma palidez translúcida, atingida através de um tratamento de raios catódicos e exposição zero ao sol. Não costuma usar desodorantes nem lavar as roupas. Aliás, às vezes esquece do banho.

Hipersexual — Transpira sexo em todos os atos e falas. Não pode ver um rabo de saia. Tem na ponta de língua todas as cantadas manjadas. Usa as roupas da última moda ditada pelas vitrines da C&A, quando sai para a noite. No trabalho, usa qualquer pano velho, até para poder sujar de concreto. De seu escritório, costuma gritar frases de cunho erótico para as transeuntes. Outrora conhecido como pedreiro, ou amante latino. Novos exemplares são os freqüentadores de bailes funk.

Quilometrossexual — Autoexplicativa.

Afrodescendentessexual — Toda mulher quer um desses. Mesmo que não admita. Ainda mais se juntar as qualidades do quilometrossexual.

Teutossexual — Enche a cara de cerveja todos os dias, usa chapéu de tirolês e só invade a Polônia ao som de Wagner. Mas é perito em todos os usos possíveis de uma salsicha bock. Às vezes apresenta as qualidades do retrossexual também.

Metassexual — Lê todas as matérias a respeito de sexo na VIP, na Nova e, evidentemente, na Romano. Fala a respeito de sexo todas as vezes em que surge a oportunidade, seja lá com quem esteja falando. Pensa em fazer sexo uma boa parte das 24 horas do dia. Só não faz sexo. Nunca.

Panacossexual — Dividem-se em dois grupos: os que criam rótulos para designar qualquer grupo de consumo masculino; e os babacas que os seguem. Em geral trabalham com marketing, publicidade, jornalismo, cinema, política ou no mercado financeiro. Costuma ter dinheiro, mas infelizmente gasta todo ele em novas roupas e acessórios. Só tem uma coisa na cabeça: merda.

Colaboraram Sabrina Fonseca e Fernanda Obregon.

4 de julho de 2005, 20:30 | Comentários (5)



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