Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


socorro! desliguem o google video

Deus do céu. Que videoclipe tenebroso. Parece até que encheram o He-Man e a Tee-La com ácido, arranjaram uns cangurus aleijados para dançar e botaram uma mistura de disco com polca por cima. Há um momento em que a câmera dá um close na cantora e pode-se ver o quanto ela está constrangida em participar de algo assim. Posso até ler seus pensamentos: "acho que prefiro voltar ao bordel na zona de baixo meretrício a ganhar a vida em um trabalho tão aviltante como este".

Alguém faça as pessoas pararem, pelos céus!

Sugestão da Fernanda Obregon.

28 de abril de 2006, 21:58 | Comentários (8)

house music junta 700 "chatôs" em hotel cinco estrelas

A Folha de São Paulo publicou uma excelente reportagem sobre uma festa de playboys no interior de São Paulo e o Gabriel Brust enviou por correio eletrônico. Além do ótimo texto do repórter Paulo Sampaio, faz um retrato da lamentável juventude bem-nascida brasileira. Leiam abaixo e vejam o que as boas escolas e o dinheiro fazem com as pessoas.

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27 de abril de 2006, 16:04 | Comentários (41)

antropólogo documenta metaleiros

O antropólogo norte-americano Sam Dunn estréia nas próximas semanas o documentário Metal: a headbanger's journey. Muitas lembranças da adolescência, aqui.

27 de abril de 2006, 13:02 | Comentários (21)

bebeu, não leu, o pau comeu

Homem transa com a mulher errada na Austrália e é acusado de estupro. O sujeito chegou podre de bêbado na casa de uma mulher que conheceu em um bar. Depois de se levantar para ir ao banheiro, voltou ao quarto e transaram. Exceto que na verdade ele errou de quarto e comeu a colega de apartamento de seu one night stand. A moça só se deu conta de que não era seu namorado, que estava dormindo bêbado na sala, ao acender as luzes. Pôs o bebum para fora aos gritos e agora o está processando por estupro.

A juíza do caso está cética quanto à capacidade da acusação de provar o crime.

26 de abril de 2006, 21:11 | Comentários (16)

pinta lá, magrão

O lançamento do novo romance de Daniel Galera é às 19h de hoje, na Livraria Cultura do Bourbon Country.

25 de abril de 2006, 8:56 | Comentários (3)

epifania no churrasco de domingo

Sempre fui a favor do parlamentarismo. Sobretudo depois de conhecer o sistema de governo alemão. No entanto, basta lembrar de como a Câmara elegeu Severino Cavalcanti, para apoiar com todas as forças o presidencialismo.

23 de abril de 2006, 23:03 | Comentários (17)

mais um se junta às fileiras

O 10 anos a 1000 se junta à campanha pelo voto nulo. O vídeo tem péssima qualidade, mas dá para se ter uma idéia do que foi a distribuição de dinheiro com "vote nulo" carimbado, no que parece ser a Avenida Paulista. Os dados do autor dizem que ele é head trader de um banco de investimentos, o que coincide com o local de trabalho e a abundância de recursos para a campanha.

Há uns anos, influenciado por Hakim Bey, costumava escrever coisas como "você é o que consome?" e "quanta felicidade você pode comprar com esta nota?". Acho que é o momento de retomar o terrorismo poético, agora com objetivos políticos.

Dica do Charles Pilger.

20 de abril de 2006, 17:23 | Comentários (25)

andy warhol estava certo, mesmo

Surgiu um novo serviço de hospedagem de vídeo, mesmo sistema do YouTube e Google Video. Chama-se vMix. Para homenagear, um filme da Louise Brooks, exemplo de charme e estilo para as moçoilas de hoje.

19 de abril de 2006, 10:37 | Comentários (5)

nuke the hippies

Um ambientalista defende a energia nuclear. Os argumentos de Patrick Moore são bastante razoáveis:

  • O custo é comparável ao da força hidrelétrica ou termelétrica;
  • são relativamente seguras, quando se seguem as regras — o que não foi o caso em Chernobyl;
  • o lixo nuclear decai em apenas 40 anos e já existem tecnologias para reaproveitá-lo;
  • é verdade que o lixo pode ser usado para fabricar armas nucleares, mas para evitar isso também já existe tecnologia e, de qualquer modo, quase toda tecnologia é perigosa.

    O principal argumento, no entanto, é a possibilidade de substituir as 600 termelétricas norte-americanas, responsáveis por nada menos que 10% das emissões globais de dióxido de carbono. Problema muito mais urgente do que qualquer uma das possíbilidades trágicas da energia nuclear.

    Sugestão do Gabriel.

    17 de abril de 2006, 21:09 | Comentários (15)

    alegria infinita

    28.jpg

    17 de abril de 2006, 12:37 | Comentários (10)

    tóquio 2007

    Então, o que os colorados vão dizer agora que o Grêmio venceu o campeão brasileiro por incontestáveis 2 a 0, uma semana após de vencer o campeão moral do Brasileiro com "o regulamento na mão"? Quem se lembra da primeira vez em que o Grêmio caiu para a segundona, talvez perceba o mesmo padrão: a partir de 1993, quando voltou à Série A, emendou os títulos do Brasileirão, da Libertadores e da Copa do Brasil. Grêmio é time de extremos. Ou está no topo, ou na merda. Ainda assim, melhor do que ser um eterno time medíocre.

    16 de abril de 2006, 18:54 | Comentários (41)

    desistam, escritores
    This is not a vote in favour of the sort of literary navel-gazing that Mr Wolfe condemned. But it is a warning that it is almost impossible to outdo reality in a country as richly bizarre as the United States. Perhaps writers should leave those unfinished novels locked up in the drawer and content themselves instead with the humble craft of journalism.

    É como sempre respondo quando perguntam se nunca mais vou escrever ficção. Jornalismo é muito mais divertido. Não se pode competir com a bizarrice do real.

    Obrigado pela dica, Gallas.

    15 de abril de 2006, 9:49 | Comentários (4)

    lança uma grana aí, ueslei

    Para quem acha que a Mega-Sena é uma farsa.

    Enviado pelo Nego.

    14 de abril de 2006, 9:39 | Comentários (4)

    o tempora! o mores!

    Evidência da péssima educação e falta geral de interesse em cultura hoje em dia é o fato de os jornalistas se referirem às balaclavas como "toucas ninja". Ninguém é obrigado a saber que Balaclava é o nome de um lugar na Criméia, onde essas toucas foram usadas em batalha, mas poderiam ao menos se dar conta de que os ninjas não usam toucas.

    13 de abril de 2006, 20:08 | Comentários (12)

    varig, varig, varig
    Cerca de cem produtores, atores e diretores de teatro realizaram nesta quarta-feira uma manifestação no Rio de Janeiro pela recuperação da Varig. Muitos nomes de peso da dramaturgia nacional participaram do protesto em frente ao Teatro Leblon. O ator Marco Nanini leu um manifesto. A Varig é patrocinadora de eventos culturais e esportivos do país.

    O protesto foi convocado por Gerlad Thomas. Os artistas provavelmente fariam melhor se doassem dinheiro à Varig.

    No mais, é triste ver a empresa ir para o buraco desse jeito. Meu avô foi um dos primeiros comandantes da "estrela brasileira" — aliás, aproveite-se a oportunidade para informar aos ignorantes que aquilo é claramente uma rosa dos ventos. Mas o governo não deve enfiar dinheiro público nessa roubada. E digo isso mesmo sabendo que, falindo a Varig, não poderei mais comprar passagens aéreas com desconto de familiar.

    Chega de salvar empreendimentos privados depois que as diretorias rapinaram tudo. Os empregados, também, poderiam se preocupar com a situação financeira antes de tudo ir por água abaixo. Muitos deles preferiam, no entanto, roubar latinhas de caviar e bebidas para revender, ou mesmo vender passagens destinadas a familiares, obtidas de graça por sua condição de funcionários.

    Por outro lado, o governo já salvou empresas bem menos úteis, como aqueles bancos amigos do ACM na época do Proer.

    13 de abril de 2006, 11:47 | Comentários (19)

    tuning: eu não entendo
    Just as music needs a backdrop of silence to signify, we need music-free stretches to make music meaningful. Suddenly, though, they seem endangered.

    [...]

    I'm not sure where we go from here. Perhaps new technology will save us from what technology hath wrought. [I personally dream of song-canceling technology; technology that can cancel whole singers, like Jack Johnson, or whole genres, like emo rock.] Perhaps there'll be a general anorexic-bulimic revulsion against music, and musical diet fads will sweep the world. Maybe we can save music by reducing and rationing it, making it special again.

    O inferno não são os outros, é a música dos outros. Impossível discordar. Um dos maiores incentivos para deixar a casa de minha querida mãezinha e gastar metade dos meus rendimentos em aluguel, luz, água, IPTU e o escambau era o fato de meu irmão ouvir bate-estaca a todo volume do momento em que pisava em casa até a hora de dormir. Ameaças físicas ou psicológicas não funcionaram, tive de sair.

    Nunca entendi as pessoas que PRECISAM ouvir música o tempo inteiro. Sempre tive a sensação de que na verdade estão querendo preencher o vácuo em suas cabeças com barulheira.

    Dica da Barbara.

    11 de abril de 2006, 22:24 | Comentários (15)

    o que é a idade, não?

    Há dez anos eu achava que futebol era o ópio do povo. Hoje, gosto cada vez mais de assistir a jogos. Grito e xingo bastante. Será que estou ficando gagá?

    Enfim: nenhum gremista acreditava no título. Alguns poucos não esperavam uma lavada. O time é ruim mesmo. Tanto que chegou 20 vezes à área colorada e nunca havia ninguém para chutar em gol. O campeão moral do Brasileirão 2005 decepcionou mais uma vez.

    10 de abril de 2006, 18:25 | Comentários (36)

    estupidez se manifesta ao norte da austrália

    Um sujeito na Austrália foi preso por posse de textos com narrativas pedófilas. Não havia nenhuma imagem. A argumentação do promotor é que as histórias poderiam "criar a percepção de que pedofilia é aceitável", além do "potencial da palavra escrita para encorajar alguém a agir de acordo com o que leu".

    O próximo caso do promotor é tentar prender os autores de todos os livros de história que contenham relatos de guerras e massacres. São canalhas ainda maiores, porque tentam encorajar colegiais ao extermínio em massa de etnias com seus livros obscenos sobre a Segunda Guerra Mundial. Todos os portadores de bíblias serão também processados, pois o texto contém não apenas cenas de cidades destruídas por fogo caindo do céu, como de incesto, sodomia, onanismo e sadomasoquismo.

    Dica do Alexandre.

    9 de abril de 2006, 22:38 | Comentários (4)

    versinho de amor nerd

    Roses are #FF0000
    Violets are #0000FF
    All my base
    Are belong to you

    Cortesia da Nanda Obregon.

    8 de abril de 2006, 20:33 | Comentários (4)

    lá onde a imprensa não vai

    Mais um blog aparece para cobrir um buraco da imprensa. O Mordomia Futebol Clube fiscaliza a vida noturna de jogadores cariocas. Diz onde foram vistos, o que comeram, beberam ou fumaram. Obra de um torcedor do Flamengo, indignado com o desempenho pífio deste e de outros times, que levou o Madureira à final do campeonato estadual. Já teve reflexos na mídia, como se pode ver no blog.

    Indicação do Depósito de Neuras.

    7 de abril de 2006, 10:14 | Comentários (3)

    fui!

    A reforma da língua portuguesa ainda em votação é outro bom motivo para emigrar: o trema vai cair. Como apontou o Láudano, depois disso ninguém mais nesse país vai escrever meu nome direito. E pensar que pronunciarem o nome errado me incomodava...

    6 de abril de 2006, 20:48 | Comentários (19)

    o último a sair apague a luz

    Pela primeira vez na vida estou pensando em sair de Porto Alegre.

    Minha opinião sempre foi que é tudo a mesma merda em todo lugar. O sujeito vai se sentir insatisfeito com a própria existência em Porto Alegre, Londres, Nova York ou Tóquio. As novidades são recursos perecíveis em qualquer cidade, mas as chatices são permamentes. Mais cedo ou mais tarde se cai em alguma rotina. Continuo achando tudo isso, mas agora algo me impele para longe.

    Desde que voltei da Alemanha comecei a achar Porto Alegre chata. Sempre gostei da cidade. Há relativamente bastante o que se fazer aqui. A diferença agora é que gostei de passar dois meses convivendo com gente nova e conhecendo lugares novos. Sentimento que não tive ao voltar da minha viagem de seis meses com mochila nas costas. Talvez porque daquela vez a péssima sensação de estar sem casa tenha neutralizado o fascínio com uma possível vida diferente. Acho também que estou precisando de uma experiência em outra cidade ou país.

    Além disso, pretendo fazer doutorado fora no ano que vem. A primeira opção é Berlim. A segunda, Londres. Caso não arranje vaga ou orientador em nenhum desses lugares, pretendo tentar no Rio de Janeiro ou Salvador.

    Mas no fundo, no fundo, o grande motivo dessa vontade de morar em alguma cidade européia é poder andar na rua sem preocupações. Pegar metrô ou ônibus à noite, já que detesto dirigir. Não precisar olhar sobre o ombro o tempo inteiro para ver se alguma pessoa suspeita está por perto. Só quem já teve o peso da preocupação com a criminalidade retirado das costas percebe o quanto ele atrapalha.

    6 de abril de 2006, 14:18 | Comentários (40)

    ainda existe gente que leva arte a sério

    Precisava dividir este spam com os caros leitores:

    Nas vésperas da Semana Santa, Banco do Brasil promove blasfêmia

    Centro Cultural, no Rio, expõe órgão sexual feito com Terços!

    Boa tarde, amigos!

    1) O Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro, situado em frente à Igreja da Candelária, no centro histórico, está patrocinando a exposição "Erótica - Os sentidos da Arte", com dinheiro público e de incontáveis cidadãos.

    Infelizmente, é uma exposição imoral freqüentada livremente por menores de idade, inclusive por colegiais levados em excursões.

    2) Pior ainda. É uma exposição com conteúdo blasfemo, como a obra "Desenhando com Terços", que usa esse milenar instrumento de oração dos católicos para desenhar um órgão sexual misturado com a cruz.

    3) A referida exposição patrocinada pelo Banco do Brasil é uma ofensa aos milhões de católicos de todo o país. Ainda assim, seus organizadores anunciaram que sua realização irá se prolongar; durante a Semana Santa inclusive.

    Sinceramente, fiquei espantado e indignado!

    4) Apesar da gravidade do fato, que me conste, nenhum meio de comunicação fez referência ao conteúdo blasfemo dessa exposição. Por isso, tomei a iniciativa de enviar-lhe este e-mail.

    Também estou enviando esta informação às autoridades religiosas do Rio de Janeiro e do Brasil inteiro, às autoridades civis, federais e estaduais, aos meios de comunicação e às autoridades do Banco do Brasil.

    5) Até quando continuará essa ofensa gratuita à fé cristã da grande maioria dos brasileiros?

    Infelizmente, este fato não é isolado e, quem sabe, faz parte de uma onda de blasfêmias anticristãs que percorre o mundo, incluindo o livro "O Código da Vinci".

    6) Estão, a seguir, o telefone e o e-mail do curador do Centro Cultural do Banco do Brasil, Sr. Tadeu Chiarelli, os links do site do Banco do Brasil nos quais aqueles que desejarem poderão deixar seu protesto; e o link para o site Blasfêmia Não!

    7) Por favor, se você também está indignado e cansado do silêncio diante da ridicularização pública da fé católica, reenvie esta mensagem a seus amigos e familiares, e cobre das autoridades religiosas e civis medidas para fazer cessar esta ofensa gratuita.

    Muito obrigado, e que a Providência o recompense pelo seu interesse nesta iniciativa em prol do Brasil.

    Atenciosamente,
    Sérgio Luiz Ferreira Passos, estudante

    Instituto de Psicologia
    Centro de Filosofia e Ciências Humanas
    Universidade Federal do Rio de Janeiro

    [...]

    LINKS DE PARTICIPAÇÃO E OPINIÃO:

    [...]

    c) Telefone gratuito da Ouvidoria do Banco do Brasil: 0800 729-5678

    [...]

    Endereço do Centro Cultural do BB: Rua Primeiro de Março 66. Centro

    e) Link do Blog Blasfêmia Não!

    http://blasfemianao.tripod.com/blog/

    5 de abril de 2006, 18:54 | Comentários (7)

    samba do cogito

    Uma amiga envia a letra de samba abaixo, publicada na comunidade Ê Descartes velho de guerra, do Orkut.

    Pensei, pensei, pensei
    E entrei pelo cano
    Sem encontrar solução
    Pro problema do conhecimento humano
    E descobri
    – e descobri, oooi –
    Que a certeza era importante pra caramba
    Pra filosofia virar um samba

    Fiz um método do discurso
    No Discurso do Método
    E o que não tinha solução aparente
    O problema das outras mentes
    – oi outras mentes –
    Fez se claro como a água
    A água virou vinho
    E o espinho virou flor

    Penso
    Logo existo
    E Deus
    Existe comigo
    – AI MEU DEUS –
    Duvidar é minha prova
    Pra escola
    Da filosofia

    3 de abril de 2006, 12:06 | Comentários (5)

    como nascem os anjos

    Andava pela Cidade Baixa neste domingo de sol. Um piá oriundo das classes menos favorecidas se destaca dos dois outros amiguinhos e vem em minha direção. Pede uma moeda. Nego. Ele aponta uma arma de brinquedo. Depois sai correndo e rindo para se juntar aos colegas.

    2 de abril de 2006, 18:23 | Comentários (12)


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