Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


frohe neues jahr!

Desejo que os caros leitores tenham sucesso em tudo aquilo que desejarem no ano de 2006.

Sempre achei que nao existe felicitacao melhor do que esta. Ou pior, dependendo do que a pessoa deseja para si mesma. Em todo caso, todos ficam contentes.

Para mim, o ano-novo já comecou muito melhor do que o esperado.

Agora, vou ali tomar um pouco de prosecco italiano e comer queijo frances para comemorar. De sobremesa, chocolate suíco e café 100% arabica. Obrigado, Jesus!

31 de dezembro de 2005, 12:42 | Comentários (6)

nao tem preco

Resolvi fotografar todas as placas com proibicoes e explicacoes que existem aqui na Alemanha. Acho que vou montar um fotolog ou coisa do genero só para isso. Pura diversao.

Hoje, depois de quase congelar durante uma visita ao castelo de Würzburg durante uma nevasca ontem, decidi tomar uma atitude e comprar roupas decentes. Elas incluem:

— meias grossas, inclusive de alpaca;
— luvas com Thinsulate;
— um casaco de la superchique;
— calcas de veludo;
— cachecol de la;
— camisetas de gola role para usar por baixo da roupa.

Ainda falta um bom par de sapatos, mas esta dificil encontrar. Os bons sao caros, os baratos nao parecem ter um isolamento adequado contra neve derretida, uma das coisas que mais dá sensacao de frio. No entanto, as meias já ajudam bastante. Por incrível que pareca, as coisas aqui nao sao muito mais caras que no Brasil. Algumas, até mais baratas. A compra toda nao chegou a € 100, ou cerca de R$ 300. Mesmo preco que teria saído no Brasil.

30 de dezembro de 2005, 18:30 | Comentários (8)

würzburg menos 3 graus

Da janela do aviao vi o que pareciam ser pocas causados por alguma inundacao. Em uma altitude mais baixa, no entanto, logo percebi que era neve. Tudo neve. Nas arvores, no chao, nas estradas. Assim que a porta da aeronave se abriu em Frankfurt, tomei o choque do frio de menos um grau Celsius. Nevava. Infelizmente, ninguem sabia que teria de pegar um onibus ate o terminal, entao todos estavam somente de camiseta ou camisa. Sorte que ao menos o casaco levei no bagageiro. Ainda assim foi preciso correr do frio.

Apos uma viagem de trem de uma hora cheguei a Würzburg, o primeiro destino da viagem. Nevava bastante. Pela manha, os telhados estavam todos cobertos de branco. Foi um excelente primeiro dia para um morador dos tropicos: os flocos de neve estavam enormes. E dificil descrever o efeito de milhoes de pedacinhos de gelo caindo juntos, movendo-se conforme o vento. Ao final destes dois meses provavelmente estarei de saco cheio disso, mas por enquanto a neve ainda me fascina. Interessante que nas calcadas e ruas onde ha um tipo de asfalto ela nao se acumula, apenas nos chaos de pedra.

Minha primeira atitude foi comer Weißwürste com mostarda vermelha e Brezel. Acompanhado de uma cerveja de trigo, o mesmo tipo da Bohemia Weiss. O frio nao e tao desesperador como eu imaginava. So depois de andar muit o sujeito comeca a sentir frio nos pes — esta certo que estou usando duas meias. Comprei luvas, o que ajuda bastante. E uso um gorro de la que a graca tricotou para mim. Ajudam bastante.

Mas me senti mesmo na Alemanha foi quando apareceram as primeiras placas de verboten isso, verboten aquilo. "Proibido tomar vinho na beira do rio", "proibido soltar fogos nas ruas principais durante o ano-novo", etc. etc. etc. Sao um povo muito civilizado. E meu alemao esta dando bem para o gasto.

28 de dezembro de 2005, 15:57 | Comentários (12)

mah mah mah mah oh toh toh toh

Melhor vídeo. Trata-se de um filme sobre a etiqueta do sushi. Demora a baixar, mas vale a pena.

Enviado pelo Mojo.

25 de dezembro de 2005, 13:50 | Comentários (19)

socialização

Duas formaturas neste final de ano deram chance de pensar na interessante relação que algumas pessoas estabelecem com essas obrigações sociais. A maioria fica fascinada e leva muito a sério este tipo de evento. Comemorá-los e cuidar que tudo corra perfeitamente é necessário. Qualquer contratempo ou imprevisto tem chance de se tornar uma tragédia. Aí, quando algum sujeito começa a pensar um pouquinho, logo enxerga a falta de sentido disso tudo. O problema é que aí fica revoltado com a "falsidade" das relações sociais. Alguns deixam de comparecer a formaturas, casamentos e quetais. Outros dão um jeito de avacalhar a festa, ou fazer protestos mais pacíficos, como usar uma camiseta do Iron Maiden por baixo da camisa social. Se conseguir pensar um pouco além, no entanto, acontece um fenômeno engraçado: o cara percebe que se revoltar contra a mise en scène tampouco faz sentido. Volta a se fascinar e até a se emocionar ao desempenhar suas obrigações. Passa a enxergar a beleza das coisas que o homem cria para se manter em sociedade, ou simplesmente se divertir, ter o que fazer. No fundo, começa até a invejar o primeiro grupo, que consegue se entregar totalmente nestas ocasiões.

23 de dezembro de 2005, 19:10 | Comentários (11)

falta de respeito

Daslu impede estacionamento em via pública. Aí está uma notícia que ilustra bem a consciência social da elite brasileira. A Daslu foi criada e é freqüentada por integrantes desta elite, então pode ser um bom termômetro. Primeiro, da profunda falta de gosto, basta ver a arquitetura do prédio. Segundo e principalmente, da confusão entre público e privado. Quem tem dinheiro neste país sempre acha que tem mais direitos — e o pior é que muitas vezes tem mesmo, pois o Estado concede, seja por submissão, seja por corrupção. Quem tem dinheiro acha, por exemplo, que não precisa pagar impostos, nem respeitar as vias públicas, já que rico não vai preso.

22 de dezembro de 2005, 14:14 | Comentários (7)

pegada ecológica

Calcule quantos planetas-Terra seriam necessários para que todos os habitantes do mundo levassem o seu estilo de vida. O teste tem um problema: nas questões sobre carro, não há a opção "não tenho carro". No meu caso, seriam necessárias três Terras e meia.

22 de dezembro de 2005, 10:37 | Comentários (16)

renan calheiros, inimigo do povo

Em boa parte, a convocação extraordinária do Congresso foi obra e graça de Renan Calheiros. Rebelo estava um tanto indeciso sobre a questão e o presidente do Senado, vendo nisso uma manobra do governo para esvaziar as CPIs, prometeu forçar a convocação, caso o presidente da Câmara não o fizesse.

E o óbvio aconteceu: ninguém comparece às sessões. Sem falar que as atividades da comissão de Ética foram suspensas até 15 de janeiro. Cabe lembrar que os deputados recebem mais dois salários e pacotes de subsídios por causa da convocação.

Incrível o quanto essa gente está divorciada da realidade. Deve faltar contato com o povo no isolamento de Brasília, pois parecem não perceber o quanto esse tipo de acontecimento contribui para passar uma impressão de completa inutilidade dos deputados e senadores.

Só queimando o Congresso, mesmo.

21 de dezembro de 2005, 10:47 | Comentários (7)

direção ofensiva

Essas técnicas devem ser bem úteis com os motoristas mal-educados de Porto Alegre.

Roubado do Ovelha Elétrica.

20 de dezembro de 2005, 10:14 | Comentários (1)

sai daí, zé

Além de mau-caráter — nunca contou que era outra pessoa e ainda largou a ver navios a mulher com quem casou e teve filho quando estava na clandestinidade —, José Dirceu ainda é marxista de mesa de bar.

20 de dezembro de 2005, 0:21 | Comentários (1)

o brasil não é sério

Mas afinal de contas, como um sujeito como o Edmundo ainda tinha carteira de motorista? Convenhamos, ele não deveria ser autorizado nem a dirigir carrinho de mão.

19 de dezembro de 2005, 13:58 | Comentários (6)

support your local bloggers

Como os caros leitores devem saber, hospedagem de sites não é gratuita. A comunidade insanus.org até que vai bem das pernas, mas claro que todos prefeririam não ter de tirar dinheiro de seu bolso para pagar o serviço. Assim, propõe-se aqui uma parceria em que ninguém sai perdendo: quando for comprar online seus presentes de Natal, livro ou DVD, use este link da Livraria Cultura, ou então clique na sugestão do mês ali na coluna da direita. Cada venda rende uma comissão de 4% para a manutenção do serviço de hospedagem sem ônus algum para o comprador. Pense nisso: é um dinheiro que você iria gastar de qualquer forma.

18 de dezembro de 2005, 15:50 | Comentários (4)

puragoiaba

Quando crescer, quero ser igual ao Ruy Goiaba:

Os entendidos explicam da maneira mais inequívoca possível: arte é uma bicha pelada balançando seu saco peludo. Abro o caderno de cultura — idéia que entendo no sentido mais urinário possível, como em "cultura de bactérias" — e vejo que a reportagem sobre um curador é ilustrada por uma, ahn, instalação. A coisa consiste num vídeo de um sujeito pelado, de mãos dadas com outros, ou outras, que estão fora do quadro.

18 de dezembro de 2005, 9:42 | Comentários (3)

paranóico é alguém com uma vaga noção da realidade

— Você já parou para pensar em como os habitantes da Cidade do Kuwait, após serem mantidos reféns por sete longos e dolorosos meses, foram capazes de conseguir bandeiras norte-americanas — aliás, de outros países da coalizão também?

Bem, agora sabe-se a resposta: era parte do trabalho de John Rendon, do Rendon Group. A revista Rolling Stone tem uma extensa e profunda reportagem sobre como Rendon ajudou a criar as condições para a invasão do Iraque na opinião pública norte-americana e, em menor extensão, mundial. A matéria mostra ainda como os grupos com poder político e econômico influenciam a mídia de forma sutil, um trabalho chamado de "gerenciamento de percepção".

Rendon considera seu trabalho como um ajuste das "impressões erradas sobre a realidade" que os jornalistas passam à sociedade em seu afã pelo furo:

Although his work is highly secret, Rendon insists he deals only in "timely, truthful and accurate information." His job, he says, is to counter false perceptions that the news media perpetuate because they consider it "more important to be first than to be right." In modern warfare, he believes, the outcome depends largely on the public's perception of the war — whether it is winnable, whether it is worth the cost. "We are being haunted and stalked by the difference between perception and reality," he says. "Because the lines are divergent, this difference between perception and reality is one of the greatest strategic communications challenges of war."

É, pois é. Burroughs talvez tivesse razão, mesmo.

17 de dezembro de 2005, 16:31 | Comentários (3)

para onde ir

O Canadá tem as melhores cidades para se visitar, segundo a revista The Economist. Visitar a negócios, bem entendido, muito embora isso provavelmente signifique que são boas de morar, também. O Brasil conseguiu apenas um 87º lugar para o Rio de Janeiro, atrás de Bucareste, na Romênia, e até de Asunción, no Paraguai. Provavelmente devido à violência, fator que contou muito na pesquisa. Aliás, fizeram a gentileza de publicar a metodologia.

Nesta mesma edição com previsões para 2006, Philip Eden sugere que nos próximos 20 anos o clima será mais quente e seco na maioria dos lugares, enquanto as tragédias como furacões e inundações provavelmente serão mais freqüentes e terão maior duração. Além disso, Emerson fala sobre o futuro do futebol. Infelizmente, boa parte do conteúdo é fechada para não-assinantes.

17 de dezembro de 2005, 12:18 | Comentários (1)

valerioduto

Vendedor é detido com dois quilos de bacalhau na cueca.

16 de dezembro de 2005, 14:15 | Comentários (2)

brincadeira de criança

Ei, isso realmente parece legal.

15 de dezembro de 2005, 17:41 | Comentários (3)

o que fazer com os criminosos?

O Cisco e o Solon quase têm razão sobre a lenga-lenga em volta da execução de Tookie Williams. Apesar de ele ser péssimo garoto-propaganda para os contrários à pena de morte, o debate gerado em torno do tema tem seu mérito. De qualquer modo, sua execução serve até melhor na luta contra a pena capital, até porque comprova que esta tem a ver somente com vingança, não com benefícios à sociedade, já que hoje em dia o condenado era militante contra a violência e valia mais vivo.

Por outro lado, a grande verdade é que, no fundo, nenhuma pena de reclusão tem em vista benefícios à sociedade. Trata-se sempre de mera vingança. Qualquer um que conviva duas semanas com detentos descobre logo que é muito difícil alguém se regenerar ali. Cadeias são apenas um depósito de lixo para a escória de que a sociedade quer se ver livre. Neste sentido, talvez fosse mais útil enviar todos os condenados a uma ilha no meio do oceano, como se fazia antigamente. Ou para trabalhos forçados em minas de carvão. Ou ainda para seminários evangélicos isolados. Por incrível que pareça, somente as seitas evangélicas mostram ter algum poder de regeneração sobre os criminosos. Nem tão incrível, pensando bem: praticam a boa e velha lavagem cerebral.

14 de dezembro de 2005, 21:07 | Comentários (13)

só porque sou preto

Fred Leal, sempre um grande piadista.

14 de dezembro de 2005, 19:02 | Comentários (1)

plano de dominação mundial avança

O Garfada é um dos casos citado em uma reportagem da Zero Hora de hoje sobre pessoas que produzem conteúdo na WWW. É preciso se cadastrar gratuitamente para ler.

Está bastante boa a matéria, dá um apanhado amplo dos recursos que a rede mundial de computadores oferece a quem tem algo a dizer. Duro é ver um guri de 12 anos dar uma declaração melhor sobre os motivos para publicar um blog do que um mestrando na área: "Quando a gente vai pesquisar algum assunto na Internet, é bom que tenha site com o conteúdo que procuramos. Fazendo o nosso próprio site, é uma forma de contribuir com isso." Meu orientador ficará decepcionado.

14 de dezembro de 2005, 10:29 | Comentários (3)

dois meses na neve

Alguém aí já passou o inverno em um país da Europa onde tenha neve regularmente? Que tipo de roupas se deve levar? Melhor comprar lá? Principalmente, que tipo de sapatos se usa naquele clima? Tênis com meias de lã servem?

13 de dezembro de 2005, 19:43 | Comentários (25)

saudação para o reveillon

churchsign.jpg

Church sign generator.

13 de dezembro de 2005, 19:30 | Comentários (0)

padres tarados

É por causa de idéias imbecis como esta que meus filhos jamais irão à igreja enquanto não puderem decidir por si mesmos:

As crianças, que têm em média 11 anos, receberam, após uma das aulas de primeira comunhão, um "exame de consciência" — uma espécie de confissão — que pedia a elas para "marcar ou pintar os quadradinhos dos seus pecados cometidos".

As opções eram divididas por mandamentos. No sexto ["não pecar contra a castidade"], havia os quadradinhos "vou à zona", "pratico relações homossexuais", "sexo com animais", "sexo com bonecos". No quinto ["não matar"], a criança podia optar por "cometi aborto", "abuso no volante", "tentei suicídio". Os formulários foram recebidos na semana passada.

Obrigado, Nica.

13 de dezembro de 2005, 12:33 | Comentários (1)

procura-se cantora desconhecida

O Nasi mandou uma versão de "What am I to you", da Norah Jones, cantada supostamente por uma jovem de Porto Alegre. Como a versão faz justiça à original, ficou curioso para saber quem é a moça. O arquivo está assinado como "Anabela". Ouça aqui. Alguém sabe de quem se trata?

12 de dezembro de 2005, 22:18 | Comentários (7)

sejamos sérios como as crianças ao brincar

Daniel Galera, sempre dizendo antes o que outros gostariam de ter dito. Imagina-se que esta seja a principal qualidade de um escritor. Por isso as pessoas acham escritores interessantes, ou não: por sua capacidade em aglutinar sentimentos e idéias comuns a muita gente, mas que ainda se encontravam soltas pelo éter.

Quando criança, também era fascinado por enciclopédias. Mais especificamente, pela Conhecer, cheia de ilustrações também, mas em português. Passei tardes e mais tardes matando o tédio na biblioteca de meu avô em Lajeado. Embora compreendesse a língua, compartilho com o Galera o fascínio pelo conhecimento: ler o que está escrito não significa compreender os fatos. Afinal, por que Napoleão quis conquistar a Europa inteira? O que significava o fato de o núcleo de um átomo ter o tamanho de uma chave comum, se o átomo inteiro fosse do tamanho de um arranha-céu? Por que aqueles dinossauros tinham formas tão esquisitas? Como viviam as pessoas naquela curva específica do rio Nilo? Deixava a mente vaguear por cenas de batalhas, entre amostras de cerâmica indígena e diagramas de Itaipu.

A graça toda estava em preencher as lacunas e construir seu próprio mundo. Melhor brincandeira de todos os tempos.

Ao contrário do Galera, por outro lado, mantive boa parte deste fascínio pelo conhecimento. Mesmo o que parece mais banal aos olhos dos outros me permite lançar a mente em passeios por associações de idéias infinitas. Quem me conhece certamente já viu o fenômeno: volta e meia fico catatônico e retorno com uma declaração completamente fora do assunto. Sou distraído porque uma parte da minha cabeça está sempre em outro plano. Interessante: assim como o Galera, fui uma criança ingênua. E ingênuo sou até hoje, para certas coisas. Quem me conhece pode atestar isso também.

12 de dezembro de 2005, 14:42 | Comentários (5)

ainda outra impostura científica

Chega a dar vontade de montar um blog só para reclamar de como a imprensa trata artigos científicos, ou dos próprios artigos, quando se lê este tipo de coisa:

Depois desse processo, foram mostradas imagens neutras [uma letra, um homem montado numa bicicleta], e, em seguida, outras de violência [um homem apontando um revólver para a cabeça de outro], e uma imagem negativa, mas não violenta [um cachorro morto].

Os pesquisadores concluíram que a resposta dos jovens que utilizavam com freqüência videogames violentos às imagens agressivas foi menor do que a dos demais.

Os resultados desse estudo sugerem que os jogadores freqüentes de videogames violentos sofrem danos a longo prazo em suas funções cerebrais e em seu comportamento, na opinião dos especialistas.

Perdão, mas não. Os resultados sugerem é que jogos violentos diminuem a resposta a IMAGENS de violência, não à violência em si. Além disso, homens apontando revólveres para a cabeça dos outros se vê na televisão todos os dias. Interessante seria ver a reação a fotos de pessoas estripadas, varadas de balas ou coisa do gênero.

11 de dezembro de 2005, 23:19 | Comentários (4)

alguém terá de cometer seppuku

É lindo quando a incompetência custa caro.

10 de dezembro de 2005, 0:26 | Comentários (1)

firefox = a verdade

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Até Deus usa Firefox. Valeu, Coelha.

9 de dezembro de 2005, 17:44 | Comentários (2)

sexo na radiologia

HAHAHAHA.

9 de dezembro de 2005, 10:29 | Comentários (1)

de bonner para homer

Deixando-se de lado o fait-divers irônico de que William Bonner se refere ao espectador presumido do Jornal Nacional como Homer, este artigo de um tal Laurindo Lalo Leal Filho, da ECA/USP, é de uma covardia sem tamanho. Reclama do jornalismo feito pelo JN, mas tem um dos piores vícios do jornalismo: tirar as coisas de contexto.

Se há uma crítica bem feita, é a de ninguém contestar as decisões editoriais de Bonner nas reuniões de pauta do telejornal. É papel de cada editor defender as idéias em que confiam até a morte. No fundo, a culpa da apatia é mais deles do que do chefe. No entanto, quando o doutor enxovalha Bonner por defenestrar uma pauta sobre a venda de combustíveis da Venezuela aos pobres dos EUA com a frase "o Homer não vai entender", está errado. Sobretudo porque compara esta pauta com a do juiz que mandou soltar criminosos condenados em Minas Gerais. Prova não ter jamais pisado em uma redação. Se pisou, não aprendeu nada.

As decisões no jornalismo são tomadas de forma automática na maioria das vezes. Pelo feeling, faro jornalístico ou como se queira chamar. É claro que esse automatismo na verdade é permeado de ideologia e preconceitos. Não apenas repórteres, mas todos nós decidimos as coisas assim, sem tomar consciência de todas as pré-concepções sobre o mundo que determinam nossas ações. A vida seria um inferno se fosse diferente. Seria desejável, claro, que o JN fizesse uma autocrítica e explicitasse sua posição política, para que a audiência pudesse interpretar melhor as informações. Mas isso não pode ser feito a cada reunião de pauta, ou nunca sairia telejornal no horário.

O mais grave é que o doutor parece querer simplesmente substituir uma ideologia de centro-direita por sua própria ideologia de esquerda. Não se poderia esperar outra coisa de um ex-secretário de Esportes de Luiza Erundina, imagina-se. É o tipo da atitude que faz com que as redações cada vez mais ignorem a academia. Esta, sim, é espaço de crítica constante — coisa que nem sempre a elite intelectual do país consegue, mas se acha no direito de cobrar dos pobres jornalistas, que já não podem dar conta de seu trabalho nem sem ter de se preocupar com questões ideológicas.

O que falta na verdade é uma Teoria da Preguiça, para explicar os erros típicos da má vontade, incompetência ou simples cansaço dos repórteres. Nem sempre há uma teoria da conspiração por trás de tudo. Na maior parte das vezes, há somente um sujeito sobrecarregado e mal-pago que quer mais é terminar logo aquela droga de matéria e ir encher a cara.

8 de dezembro de 2005, 21:32 | Comentários (4)

otávio germano transcende a mera incompetência

Alguém levou uma ruim aqui na André da Rocha nesta madrugada. Só dava para ouvir os gritos de "socorro" e sons de punhos e pés encontrando partes mais macias do corpo humano. Da última vez em que isto aconteceu, quem gritava por ajuda era um ladrão que estava tomando um corretivo da vítima. Em todo caso, dá o que pensar. Os marginais trocaram a avenida Goethe e o Bom Fim pela Cidade Baixa. A PM resolveu policiar as principais ruas, ou seja, onde aparece. Resultado: mais marginais na André da Rocha, que costumava ser calma.

Talvez seja mesmo hora de tirar o passaporte da gaveta.

8 de dezembro de 2005, 1:02 | Comentários (1)

alguém dê um fim nisso

Estudo vincula testículos grandes a cérebro pequeno. Não vá medir os seus, seu afobado: eles compararam espécies diferentes. Entre membros da mesma espécie não há relação entre uma coisa e outra. Mais um caso de jornalistas fazendo sensacionalismo com estudos científicos, ainda por cima com um artigo muito mal escrito. É preciso tomar alguma atitude.

6 de dezembro de 2005, 22:49 | Comentários (0)

pinta lá, magrão

Hoje tem lançamento do primeiro vídeo da banda A red so deep, na sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro, a partir das 19h. Como a Bacardi está patrocinando, devem rolar mojitos ou cuba libre no coquetel. Depois, às 20h, os bêb... — perdão, convidados assistem ao clipe e a um show da gurizada.

6 de dezembro de 2005, 6:57 | Comentários (0)

o estranho mundo de lula

Alguém mais aí também acha um absurdo um governo ser incompetente até para gastar dinheiro? Quer dizer, sempre pareceu que o objetivo dos governantes era gastar o máximo possível em obras, úteis ou inúteis. As constantes notícias de verbas não usadas fazem suspeitar que, como denunciava a oposição, o PT jamais teve projeto de verdade para o Brasil.

6 de dezembro de 2005, 0:46 | Comentários (2)

direto de campinas

O Semana 3 agora tem um blog da redação.

5 de dezembro de 2005, 16:13 | Comentários (1)

besteirol pseudo-científico

Deveria ser proibido publicar o resultado de pesquisas mal-feitas como esta. Pega-se um bando de gente, mede-se uma variável — no caso, consumo de álcool — e conclui-se com base nesta única variável que ela influi no comportamento do objeto — aqui, obesidade. Dizer que consumo moderado de álcool diminui o risco de obesidade é ridículo sem estudar zilhões de outras influências, sobretudo as da personalidade. Pessoas que bebem com moderação provavelmente tendem a ser moderadas em todos os outros aspectos da vida, inclusive no consumo de comida. Já os bebuns contumazes possivelmente comem demais também. Quanto aos abstêmios, talvez sofram de retenção anal extrema que os leve a compensar as frustrações com chocolate. Vai saber... Em todo caso, o importante é que não é o álcool que influi na obesidade, mas sim a personalidade que influi no consumo de álcool. As pesquisas médicas em geral tomam o efeito pela causa e acabam desinformando o público.

5 de dezembro de 2005, 10:43 | Comentários (8)

pinta lá, magrão

Os leitores que moram em São Paulo ou estão de viagem marcada para lá não podem perder a exposição de cartazes poloneses no MAC. Em Cracóvia, quase comprei uma loja inteira de pôsteres. São fascinantes, diferentes da arte gráfica de qualquer outro povo. Se não acredita, veja isso.

5 de dezembro de 2005, 0:10 | Comentários (2)

morte por tesão

Isso que dá não escovar os dentes.

Valeu, Madame.

4 de dezembro de 2005, 21:49 | Comentários (1)

spam da semana
Prezado(a) Senhor(a),

Temos uma proposta séria para um novo Brasil, um país mais digno para nossos filhos. Ficaremos honrados com sua visita. Venha conhecer nossos objetivos.

Com os nossos agradecimentos.

http://www.brasilimperial.org.br

3 de dezembro de 2005, 15:02 | Comentários (8)

sonegadores versus prostitutas

A Daslu quer proibir o Daspu, nome escolhido por uma confecção dirigida por prostitutas. O argumento dos advogados é que o nome poderia gerar confusão entre as duas marcas. De fato. Aquelas peruas oxigenadas exibindo um bronzeado artificial e argolas do tamanho de calotas nas orelhas em fotos da loja de luxo paulistana podem facilmente ser confundidas com trabalhadoras da Daspu assim, à primeira vista. Ao menos o gosto pela vulgaridade é o mesmo.

3 de dezembro de 2005, 0:52 | Comentários (5)

grandes momentos da política gaudéria

O ex-governador Amaral de Souza costumava chegar dormindo aos eventos em cidades do interior. Acordava com o foguetório do povo e já saía do carro abanando.

Pois certa feita o pneu do carro estourou. Amaral acordou com o barulho e a parada brusca do carro. Ainda um tanto desorientado, provavelmente, abriu a porta e saiu abanando. Quando percebeu que estava no meio do nada, soltou:

— Porra, vaca não vota!
— Ainda, seu Amaral — retrucou o motorista.

2 de dezembro de 2005, 10:21 | Comentários (4)

jornalismo para leigos

Bem didático e certeiro este tutorial para repórteres-cidadãos publicado pela Online Journalism Review. Já que qualquer um pode publicar notícias na internet hoje em dia, é melhor ao menos ensiná-los a fazer isso.

1 de dezembro de 2005, 23:49 | Comentários (1)

haja ky

Esclarecido o caso de morte após sodomia com cavalo.

Valeu, Walter.

1 de dezembro de 2005, 19:38 | Comentários (1)



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