Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


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rosa de hiroshima

Cisco, incrivelmente, tem razão em sua opinião sobre as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Os japoneses não se renderiam assim tão fácil e provavelmente, apesar do horror, os bombardeios pouparam vidas. Mas na vida as coisas não se resumem à contabilidade, daí parecer muito pior lançar as bombas do que destrinchar na baioneta.

Posição antipática de se tomar, mas basta fazer uma pergunta muito simples: os japoneses não teriam feito o mesmo, se tivessem chance? Teriam. Ah, se teriam! De modo que ninguém tem o monopólio da ética.

A completa inutilidade se jogar a segunda bomba é um detalhe que mancha a decisão norte-americana. Se o objetivo era demonstrar poderio, Little Boy já seria suficiente. Fica parecendo é que os militares resolveram testar a diferença nos efeitos do urânio desta e do plutônio de Fat Man.

O problema maior foi a mudança na natureza das guerras do século XX. Enquanto na Idade Média e até um certo período do renascimento as batalhas eram travadas entre soldados em campos inabitados, a nova guerra trouxe as bombas para as casas dos civis. Uma bomba atômica só poderia ser criada em um mundo em que o cavalheirismo e a honra eram valores em baixa.

9 de agosto de 2005, 17:15 | Comentários (23)



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mãos de cavalo,
por daniel galera

 

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