Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


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o brilho eterno da mente TOC

Não adianta: gente ansiosa, obsessiva e control freak não deve trabalhar em jornalismo. Antes de mais nada, porque a notícia é um produto coletivo. Isto significa que não depende somente do seu próprio esforço botar um jornal em circulação todos os dias. Especialmente no caso do jornalismo político ou econômico, é preciso contar com a boa vontade das fontes para doarem aspas às matérias. Isso para não falar em fotógrafos, editores, revisores, motoristas. Não há nada mais chato do que produzir uma pauta, entrar em contato com todo mundo, combinar horários e ficar se enervando com a possibilidade de tudo dar errado. Ou de perder o prazo da matéria. Ou sabe-se lá mais o quê, gente ansiosa é muito criativa no que toca a imaginar obstáculos.

Obviamente isso não parece ser problema para a maioria dos jornalistas. Na verdade, uma certa arrogância é necessária à profissão, apesar de todas as críticas aos métodos invasivos dos repórteres. Só tendo plena certeza de que a fonte lhe DEVE explicações o repórter consegue telefonar 15 vezes em uma hora para arrancar uma declaração. Se você não se sente bem fazendo isso, o melhor é arranjar um cargo longe da apuração ou desistir da carreira. Deixar para ser jornalista somente por prazer, produzindo matérias free-lance para as quais possa definir seus próprios prazos.

25 de novembro de 2005, 10:08 | Comentários (3)



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