por Marcelo Firpo

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Walk close to me

Não entendo tanto de mashups quanto gostaria, mas macacos me mordam se este não é um dos melhores que já ouvi.

Encontrado lá no blog do Takeda, sempre uma fonte confiável.

24/09/2008 19:20 | Comentários (0) | TrackBack (0)


A orquestra de uma mulher só

Ando pensando seriamente em mover toda a minha fortuna para o Santander, como forma de agradecimento pela programação do Santander Cultural. Neste domingo, tinha essa francesa, Colleen. Na minha oceânica ignorância, não sabia nada sobre ela, mas quando li no jornal que envolvia uma VIOLA DE GAMBA, pensei que não poderia ser ruim. Achei, entretanto, que era uma pilha mais música clássica.

Chego atrasado, no final da primeira ou segunda música, e a mulher está agachada no palco, pés descalços, sem instrumento nenhum, mexendo nuns botõezinhos da pedaleira. Sim, viola de gamba com pedaleira, certamente não o seu típico show de música clássica. Não vou tentar descrever o som que ela fazia, não tem como. Ela ficou uns bons minutos fatiando aqueles sons, aí chegou num ápice de barulho transformado em música e terminou, aplaudidíssima.

Me encostei numa parede e fiquei ali, abobado. Depois disso ela pegou a viola de gamba, que é basicamente um violoncelo de sete cordas mas com uma sonoridade mais crua, que lembra uma rabeca grave. Foi então que comecei a entender o modus operandi da coisa: ela pega a viola, toca um pouco, sampleia aquilo e faz uma caminha pro fraseado seguinte, e assim sucessivamente, formando um som denso, rico, texturado, tramado. Também usa violão, clarinete e sininhos, em diferentes músicas, cada uma delas um troço avassalador.

Meio ruim de comparar com alguma coisa, mas sob a mira de uma arma eu diria que tem pontos de contato com Yann Tiersen e as músicas dos filmes do Krzysztof Kieslow, mais pelo fato de serem muito bons, melódicos, minimalistas e usarem instrumentos de corda, não tanto por serem realmente parecidos.

Num certo momento apresentou a última música, tocou, depois voltou meio sem jeito pro bis, como quem diz "vocês têm certeza?", e mais uma vez destroçou o universo sem dó. Eu queria que o bis fosse a música ou as músicas do começo que eu perdi, e que ela tivesse tocado todas em ordem de novo, e de novo, e de novo.

Na saída ainda ficou falando com as pessoas na beira do palco, zero de pretensão, o que é ainda mais desconcertante quando a música em si é tão ambiciosa, no melhor dos sentidos. Disse que todos os CDs tinham sido vendidos em São Paulo. Ganhei, pelo menos, um cartão com os endereços do site, myspace e os nomes dos discos todos.

Na saída, o guardador de carros me perguntou do nada: "E a francesa, era boa?"

"Uma demonha."

21/09/2008 19:15 | Comentários (13) | TrackBack (0)


The infinite dude

Matou-se o David Foster Wallace. Fico triste porque uma obra se interrompe, jamais vou saber como seriam os livros que ele deixou de escrever. Fico triste também porque perde-se no nada uma inteligência bastante peculiar, tenho a sensação de que vai demorar bastante tempo pra aparecer alguém capaz de escrever como ele escrevia, se é que algum dia isso vai mesmo acontecer.

Por outro lado, não deixa de ser meio óbvio o desenlace. A inteligência dele parecia ser simplesmente febril demais. Acho que admirava-o menos pelo que ele escrevia do que pela sua capacidade de viver dentro da própria cabeça. Como parece evidente agora, não devia ser uma tarefa das mais fáceis.

15/09/2008 16:50 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Jacó

doublelifeofveronique.jpg

Segundas-feiras pedem uma dose extra de beleza.

15/09/2008 11:12 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Liquidificação

Tô fazendo um curso, promovido por uma empresa que sempre admirei à distância. Achei que, ao fazer este curso, ia entender mais sobre eles e poder aplicar algumas coisas no meu próprio trabalho. Estamos na terceira aula e está sendo um pouco mais do que isso. Comecei a entender melhor o motivo da minha crescente inquietação nos últimos anos. Ainda não sei bem o que fazer com isso, mas é bem mais que profissional. Nunca pensei que uma aulinha por semana fosse fazer um estrago tão grande nas minhas convicções. Só quero ver onde isso vai parar. Presumindo, é claro, que isso vai parar.

11/09/2008 23:09 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Notícia

Newspaper, newspaper
Can't take no more
You're here every morning
Waiting at my door

I'm just trying to kiss you
And you stab my eyes
Make me blue forever
Like an island sky

And I'm not pretending that it's all ok
Just let me have my coffee before you take away the day

(Conor Oberst, Milk Thistle)

Palavras mais sábias jamais foram escritas. Resolvi dar uma olhada no jornal antes de começar a trabalhar agora de tarde e fui atingido pela notícia dos dois adolescentes asfixiados e queimados pelo pai e madrasta em Ribeirão Pires, São Paulo. A parte que nulifica o meu dia para todo o sempre: uma semana antes eles tinham tentado fugir de casa, foram interceptados pela guarda municipal, entregues ao conselho tutelar e, mesmo tendo dito que estavam fugindo por causa de maus tratos, DEVOLVIDOS à família. Se alguém inadvertidamente vier me falar em ESTADO durante o resto do dia de hoje vai levar uma voadora na boca.

08/09/2008 15:26 | Comentários (6) | TrackBack (0)


Lógica

"Papai, quando os pingüins caem na água quente eles ficam gripados?"

08/09/2008 11:53 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Coceira

Barcelona, so much to answer for.

04/09/2008 18:39 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Notas curtas

"O Procurado" justifica os irmãos Lumiére. Santiago andou seis vezes de pônei na Expointer. "Putas Assassinas" é o livro de banheiro perfeito. A Dez Propaganda, nos seus primórdios, tinha uma cultura muito similar à da Crispin Porter + Bogusky, tese que me ocorreu ao terminar de ler o "Hoopla" há alguns meses e que me foi entusiasticamente confirmada anteontem pelo Beto Baibich, que trabalhou na primeira na mesma época que eu e trabalha na última hoje em dia. Essa última nota não foi curta, eu sei.

01/09/2008 11:01 | Comentários (0) | TrackBack (0)