por Marcelo Firpo

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Aqui, por enquanto

Ultimo dia util, presentes pra familia e museus. Chove bastante, to encharcado, mas tudo bem.

Bem legal o "Cache", apesar de inconclusivo.

Todas as negras daqui tem cara de Latifa.

Todos os brasileiros falam como a mulher do Marcos Valerio.

Ate mais.

29/12/2005 15:41 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Aqui de novo

Na outra loja da apple agora, no Soho, fazendo um tempo pra ir no cinema, ver "Cache".

Li "Martha & Hanliwell" ou coisa que o valha, da Zadie Smith, no metro. Sao dois contos, legais, fiquei mais esperancoso com o "On Beauty".

Mojo, comprei o "Ghost World", do DClowes, se nao engano.

Fora isso, antecipei a minha volta, pra poder passar dois dias inteiros com o Santiago antes de voltar a trabalhar. Custou meio carinho, levei umas tres horas pra ir e voltar do aeroporto, mas me senti fazendo a coisa certa. Esse sou eu.

28/12/2005 19:26 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Aqui ainda

Fiz mais umas compras e voltei aqui pra loja da apple onde dah pra acessar a net sem stress , nos computadores em exposicao.

Fui na Strand, que eh deve ser o maior sebo do mundo, 3 andares, meio quarteirao. Como sou meio xucro, fiquei meio na duvida sobre o que comprar. Procurei o "infinite Jest", do DVWallace, nao tinha, acabei comprando o novo da Zadie Smith, "On Beauty" e dois do JSFoer, aquele que fizeram um filme agora e o outro, do guri que fica procurando uma fechadura em NY. Espero ser capaz de ler.

Fora isso, encerrei a sessao quadrinhos com uma visita a Forbidden Planet, onde achei o L&R que faltava, tenho 15 numeros de Jaime Hernandez inedito, ja li metade. Eh tanta, mas tanta coisa que a pessoa chega a se deprimir um pouco. A unica coisa que nao existe - ainda - sao action figures de quadrinhos independentes, tipo Locas. Compraria, se houvesse.

Comida: tem um troco chamado Whole Food Market aqui, que eh do tamanho do Zaffari, soh com produtos integrais. Com "integrais" nao quero dizer vegetarianos, tem de tudo, carnes, peixes, um supermercado normal, soh com coisas muito massa, incluindo um buffet com comida indiana e mexicana, comi uma bacia faz pouco. A sessao de cervejas organicas eh maior que a sessao de cervejas normais do Zaffari. Comprei la tambem uma barra de chocolate com 70% de cacau, quase desloquei o maxilar comendo.

Falei com o Santiago por telefone agora. Tentei explicar que volto na segunda que vem, nao sei se ele entendeu.

Eh muito estranho ouvir as pessoas falando como nos filmes. Nao parece serio.


27/12/2005 19:43 | Comentários (9) | TrackBack (0)


Aqui

Odeio a apple. Tinha escrito um enorme post, toquei sem querer em alguma destas teclas super-sensiveis e sumiu tudo.

Bom, de novo.

Se minha unica expectativa era pegar uma gripe, ja posso voltar. Alias, pra ser sincero, ja sai do aviao todo errado, fungando e tossindo. O fato de ter ficado caminhando na chuva gelada por quatro horas em Manhattan parece nao ter ajudado muito.

Por falar em caminhar, o cumulo da EMPOLGACAO: andei cento e quatro quadras com a mochila nas costas no dia em que cheguei.

Compras: soh fiz uma grande aquisicao ate o momento, e ja me dou por satisfeito: uma BIBLIA reunindo 15 anos de historias do Jaime Hernandez. O nome eh "Locas, the Maggie and Hopey stories", e eh lindo, capa dura e vernizes. Jah tinha todas as historias separadamente, mas eh o tipo do livro-fetiche, relerei tudo. Comprei tambem as ultimas edicoes de Pernny Century e 15 numeros da nova serie Love&Rockets. Jaime Hernandez eh o maior artista da cristandade.

Sinto uma saudade grosseira do Santiago. Sabia que ia sentir falta, mas nao CULPA, como se eu o tivesse sacaneado, como se ele estivesse furioso comigo. Ontem fui ate o aeroporto pra me informar se poderia antecipar a volta. Custa caro, acabei nao fazendo a troca, ate porque nao tinha a quantia na hora. A cada passo que eu dou preciso dizer pra mim mesmo que eh melhor voltar na data inicial, que esta tudo bem, que em breve eu vou poder abraca-lo e enche-lo de beijos.

NUNCA MAIS faco uma viagem destas sem ele.

27/12/2005 14:53 | Comentários (9) | TrackBack (0)


Up to you

Daqui a pouco embarco.

A única expectativa é a de pegar uma gripe violenta.

No mais, o que vier é lucro.

22/12/2005 13:17 | Comentários (2) | TrackBack (0)


O Método Firpo de Resolução de Problemas - Em Operação

De uma hora para outra, o grande problema da minha vida é conseguir umas botas e um casaco pra neve.

Preciso patentear este método.

20/12/2005 17:57 | Comentários (4) | TrackBack (0)


AdForum

Que jeito interessante de abordar uma velha questão. Aqui.

20/12/2005 10:33 | Comentários (1) | TrackBack (0)


O Método Firpo de Resolução de Problemas

lg8077.jpg

Embarco dia 22, volto dia 2, provavelmente gripado.

17/12/2005 19:48 | Comentários (15) | TrackBack (0)


Você sabe que está na hora de pedir uns dias quando

se flagra colocando HIPOGLOS na sua escova de dentes.

16/12/2005 10:46 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Como acordei hoje

sem título.bmp

Mais uma idéia roubada de Bomba Inteligente.

14/12/2005 17:00 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Pergunte-me como

É por causa de coisas como essa que eu não consigo duvidar totalmente daquelas pessoas que afirmam viver sem comida.

13/12/2005 11:55 | Comentários (6) | TrackBack (0)


Morto em seu labirinto

comentario-20050225-01.jpg

Depois de ler "A Casa de Astérion" finalmente entendi por que gosto tanto do vovô Borges: ele é incrivelmente infantil.

Na sua escrita, o mundo segue sendo cheio de esconderijos secretos, passagens subterrâneas, tesouros perdidos, personagens heróicos e criaturas fenomenais, literal e figuradamente falando. O tipo de mundo em que eu achava que eu vivia quando tinha 6, 7 anos, eu e meus livrinhos ilustrados sobre o abominável homem das neves, Atlântida, o Mary Celeste, pirâmides, OVNIs, o monstro de Loch Ness e fantasmas escoceses.

O mundo como um labirinto.

Ele parece nunca ter perdido a fé neste mundo, e de certa forma passou a vida inteira recriando-o, reconstruindo os seus caminhos e descaminhos, a despeito da modernidade.

Hoje esse mundo não é mais possível, talvez nem mesmo para quem tenha 6 ou 7 anos.

Está tudo mapeado, iluminado, sinalizado e climatizado. Uma que outra bomba pode explodir aqui e ali de vez em quando, mas um shopping é um shopping é um shopping. A segurança vem, limpa os destroços, recolhe os corpos e tudo continua no dia seguinte.

E mesmo que existam alguns últimos minotauros, não há mais ninguém disposto a escrever sobre eles.

12/12/2005 17:45 | Comentários (10) | TrackBack (0)


Tesouros da Juventude

Monstruoso, como de costume.

12/12/2005 10:15 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Retrospectiva

Divórcio de Ronaldo ou furacões nos EUA? Vote no fato do ano

Juro que li esse título na capa do Terra, agora mesmo.

Mencken, se não me engano, dizia algo assim: "Um jornalista é alguém incapaz de entender a diferença entre o colapso da civilização e uma queda de bicicleta."

12/12/2005 09:58 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Vai, vai, vai viver

Fui ver "Vinícius", ontem, o documentário. Quase deixei passar, porque tinha uma vaga antipatia pelo biografado, algo a ver com os carioquishmosh e um pouco de mágoa periférica também.

Começa meio chatinho, com aquele velho e sarnoso recurso de colocar uns atores DECLAMANDO seus textos, com a afetação que só os atores conseguem ter, aquela coisa "estou-gritando-para-que-as-pessoas-das-galerias-possam-ouvir".

Depois vai melhorando, entram depoimentos, algumas cenas de arquivo, números musicais e o cínico sai do cinema pensando que a) o cara não era mau poeta e letrista, mesmo b) por baixo da mitologia toda, realmente existia uma pessoa interessante. O que mais me agradou foi o Vinicius do fim da vida, meio hippie, morando na Bahia, depois dos afro-sambas.

Há que se ter talento para ser ao mesmo tempo porralouca e simpático. Me encantaria ser assim.

11/12/2005 15:04 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Namedropping

Pronto. O zelador veio de manhã e pregou as duas estantes de ferro na parede. Mais pra frente eu faço as de madeira.

Uma vez pregadas, coube a mim organizar todos os livros de novo. Passei metade da manhã fazendo isso, mas pelo menos rendeu a idéia de um post ego-literário.

São duas estantes, daquelas bem comuns, de furinhos, pretas. Desta vez eu consegui superar o meu medo de causar danos estruturais ao edifício e elas ficaram uma do lado da outra. São da mesma altura, mas uma tem seis prateleiras e a outra, cinco. Comecemos por esta.

No último andar, lá em cima, começamos com a sessão putaria, que envolve "O Terror na Alcova", uma ficção envolvendo o Marquês de Sade, além de um outro título do próprio, dois Batailles, "A História de O" e quetais. Depois passamos pra seçã Camus, que comporta uns três livros, e depois alguns títulos em inglês, literatura contemporânea, Zadie Smith (três) e Jonathan Carrol (uns cinco), mais uns outros avulsos; depois a seção Irvine Welsh, que conta bem com uns cinco títulos, já li o "Porno", "Acid House" e "Filth", faltam "Glue" e "Ecstasy". Seguem dois ou três livros do Roddy Doyle, algumas coisas de poesia (Mallarmé, Keats, Yeats e Elliot), mais dois Orwell, sendo que o que trata da guerra civil espanhola já emenda nos relatos bélicos do Primo Levi e Elie Wiesel, mais um Lobo Antunes, dois Gore Vidal da fase história antiga, Lewis Carrol, o "Memórias de Adriano" e "O Perfume", que parece que vai virar filme agora. Certo que esqueci de enumerar uns dez livros, mas é mais ou menos isso, uma prateleira quase que exclusivamente de literatura estrangeira, com forte participação dos contemporâneos.

No penúltimo andar, a coisa começa meio posh, com dois Ulysses, Dom Quixote e as obras completas do Shakespeare, que, tenho fé, um dia lerei. Depois entra uma breve seção Kafka, três Umberto Eco e inicia-se a grande seção latino-americana, que comporta as obras completas do Borges, mais o ensaio autobiográfico, um livro escrito com o Bioy Casares, depois uns quatro livros deste último, passando para Cortázar, uns seis ou sete, Juan Rulfo, Sabato, Benedetti, Carpentier, Macedônio Hernandez e três do Pedro Juan Gutierrez, que é sempre a mesma coisa mas é divertido.

No andar debaixo, o terceiro, estão concentradas as graphic novels com lombada quadrada. É muita coisa para ficar enumerando, mas destaco Sandman, Watchmen, Miracleman, Love&Rockets, Daredevil, From Hell, muita coisa da Vertigo, Daniel Clowes, Maus I e II, Persepolis, Books of Magic.

No segundo andar, um lado só com "livros altos sem assunto definido", o que inclui três anuários de propaganda, um atlas, dois Diane Arbus, um Anette Messenger, um livro sobre o meu tio pintor. Depois temos alguns livros mais baixos, incluindo os dois sobre disruption e dois Elio Gaspari sobre a ditadura, e logo a seguir a estatura volta a subir, e aí temos mais Love&Rockets encadernados, uns onze, um do Laerte e quatro de uma série ambientada na revolução francesa, "Sanbre", de um tal de Yslaire, que desenha bem pacas.

No primeiro andar, quase ao rés do chão, gibis, tanto em formato americano quanto nacional. Aí é muito Sandman, muito X-Men, muito Vertigo e a coleção quase completa do saudoso Almanaque Marvel, comprado no improvável sebo de Torres.

Passamos para a segunda estante, agora, e se você chegou até aqui não tem por que desistir. A prateleira lá do alto é dedicada à literatura nacional. Tem contos completos do Faraco e do Rubem Fonseca, três Guimarães Rosa, dois Ariano Suassuna, quase todos os Livros do Mal, Scott, Galera, Mojo, Cardoso, Terron, uma penca de gente da tal nova literatura, tipo Marcelino Freire, João Filho, Jorge Cardoso, Mirisola, Nazarian, Cuenca, "A Face Horrível", do Ivan Ângelo, uns Machado de Assis, Dalton Trevisan, Manuel Bandeira, uns livros sobre música brasileira, tipo manguebit e clube da esquina.

A penúltima prateleira desa segunda estante é dedicada ao que chamaremos aqui de "humanidades": tem desde coisas sobre literatura ("Os Escritores", com as entrevistas do Paris Review, livros sobre arquétipos literários, um pretensioso dicionário de símbolos literários, "A Jornada do Escritor"), história ("A História do Medo no Ocidente", "Uma História Íntima da Humanidade, bem massa, escrito por um Theodore Zeldin, uns quatro do Carlo Ginzburg), mais mitologia (dicionário de mitologia grega, dicionário de deuses e demônios, a trilogia tebana, "As Núpcias de Cadmo e Harmonia"), filosofia e zen-budismo.

No andar debaixo, mais literatura estrangeira, só que agora uns autores que eu lia quando era mais jovem: tem uns sete Milan Kundera, uns seis Paul Auster, Bukowski, Fante, Salinger e Susan E. Hinton (Rumble Fish, Outsiders, Passou, Já Era), que é a própria adolescência. Mais pro fim tem um monte de pockets, acabei de botar lá uns da Penguim que comprei na Cultura por R$ 6,89 cada.

No andar debaixo, seguimos avançando em direção à infância: a prateleira começa com terror (uns onze Stephen King, Clive Barker, William Peter Blatty, Lovecraft, Bram Stoker e Mary Shelley, por supuesto) e depois passa para a ficção científica, com todos os Duna. Lá no fim, uns dicionários de bolso e cursinhos de idiomas.

Segundo andar, policiais: uns vinte Agatha Christie, Simenon, todos os Sherlock Holmes, um que outro John Le Carré, "O Falcão Maltês", Garcia-Roza.

Lá embaixo minha coleção de Archives (é uma seleção de peças de propaganda) e mais uns livros grandões, mais por uma questão de aerodinâmica mesmo: "Os Grandes Profetas" da Abril, "O Mundo Misterioso" do Arthur Clarke, um sobre "El Monstruo de Lago Ness" e dois de fotos de discos voadores. Realmente, fui uma criança muito crédula, mas pelo menos nesta arrumação consegui jogar fora os do Erich von Däniken.

Tive que jogar fora um romance chamado "Objects in mirror are closer than they appear", jamais lido e consumido por cupins. Nem era tão velho assim, estranho, talvez seja só na encadernação, a edição é muito bonita, talvez ainda dê para salvar.

Dos estralando de novos, o que tenho mais vontade de começar é "Shalimar, the clown".

11/12/2005 00:32 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Horribilis

Tento não acreditar em inferno astral, mas ano após ano a realidade tem insistido em me desmentir.

Não entro em detalhes, até porque eles são nebulosos também para mim.

Certo mesmo é que estou bufando bem mais que de costume.

Nenhuma esperança no horizonte.

Isso deve significar que em breve tudo vai mudar exmachinamente.

08/12/2005 15:35 | Comentários (9) | TrackBack (0)


A vida como ela é

Basicamente, num país como os Estados Unidos ou na Europa, a melhor maneira de ficar rico é criar riqueza. Você fica rico criando coisas, produzindo coisas que interessam a outras pessoas. Mas como você fica rico num país pobre? Num país pobre você fica rico roubando dinheiro. Isso soa muito forte, mas é fundamentalmente a diferença. E não é que as pessoas sejam diferentes, mas isso acontece por causa das leis, das regras, das instituições, da corrupção.

07/12/2005 17:46 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Ask me ask me ask me

Entre ter uma boa vida num lugar complicado e ter uma vida complicada num lugar bom, o que vocês preferem?

07/12/2005 16:42 | Comentários (11) | TrackBack (0)


Sobre estantes

Valeu pela dica, Cássia, vou te escrever depois pra pegar o número do teu marceneiro.

Fui numa loja ontem, achei o tipo exato de estante que eu quero, mas o preço ficou meio largo.

É de madeira escura, com as tábuas GROSSAS e RÚSTICAS, e tem doze compartimentos, todos do mesmo tamanho, ligeiramente retangulares, o que dá um pouco mais de espaço disponível do que as duas estantes de ferro com seis andares que eu tenho hoje.

Quando morava com meus pais, meu quartinho ficava na biblioteca. Lá as estantes também eram das de ferro, pretas, mas a preza é que as três estavam montadas juntas, isto é, três estantes com apenas quatro hastes verticais. Dava uma impressão boa, de ALMOXARIFADO.

O fato é que os livros pedem madeira.

07/12/2005 10:01 | Comentários (6) | TrackBack (0)


Ser feliz é não ler jornais

Comendo um AÇAÍ SARADO e lendo a Zero Hora ao meio-dia.

Notícias interessantes:

-800 desempregados com o fechamento da fábrica da Azaléia numa cidade do interior. Mas a empresa está abrindo duas ou três novas unidades no nordeste;

-Um desempregado faminto, preso duas vezes em menos de 30 minutos tentando roubar comida, IMPLORA para ser mandado à penitenciária, onde poderá contar com três refeições ao dia;

-No Guajuviras, ladrões não só arrombam um CARRO DA POLÍCIA para surrupiar a carteira e os documentos de um brigadiano como têm a tranquilidade de ainda colocar COCÔ na maçaneta do veículo, só pra sacanear.

Hm, onde foi mesmo que eu guardei os meus passaportes?

06/12/2005 14:01 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Digressões

Cheguei em casa e o Santiago já estava dormindo, EXAURIDO pelo seu primeiro dia na escolinha.

Uma parte da minha personalidade líquida se sente meio chateada pelo fato de eu mal tê-lo visto hoje, já que também estava dormindo quando passei em casa ao meio-dia.

A outra, uns dois copos, talvez, se sente feliz por ter um tempinho para ficar na frente do computador, como se já não tivesse feito isso o dia todo.

Quero dizer, fiquei tão feliz em ter um tempo só pra mim que resolvi contar pra todo mundo. Não deixa de ser uma forma de aproveitar.

Estou procurando por uma estante, também, de madeira escura. As de ferro, daquelas bem comunzonas, de furinhos, não se aguentam mais em pé, depois de seis mudanças. Tenho medo que desabem em cima do Santiago.

O final de ano foi bom para a agência. Ganhamos dez prêmios no Salão e tivemos mais algumas peças selecionadas para o anuário. Nada muito impressionante se comparado à premiação das grandes agências, que contam com um volume de trabalho bem maior. Por outro lado, quase tudo o que inscrevemos foi premiado, o que indica que estamos num bom caminho.

É mais uma questão de paciência do que qualquer outra coisa.

O que não é?


05/12/2005 21:43 | Comentários (7) | TrackBack (0)


Delusão

Para todo sempre, vou associar a palavra "melancolia" com a comemoração colorada no fim da tarde, ontem.

05/12/2005 17:44 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Lugares onde estive #987645836

119170794.jpg

Peguei esta imagem do blog Bomba Inteligente.

É o templo de Posseidon, no cabo de Sounion, a 70km de Atenas. Tu pega um ônibus numa das avenidas principais da cidade, vai indo, indo e de repente começam umas escarpas, umas vilazinhas incrustadas na pedra, uma vista absurda de tão bonita, mar azul.

Tu vai pensando: só a viagem já valeu, o lugar nem deve ser tão bonito assim.

Aí tu quebra a cara lindamente quando chega em Sounion.

Não dá pra circular por entre as colunas do templo, tem cordões de isolamento em volta, mas dá pra ver GRAFFITIS jurássicos nas colunas, pregando a independência da Grécia.

Um deles é assinado pelo Byron.

Não postei isso pra me exibir pra vocês.

Postei isso pra me exibir pra mim, porque faz muito tempo que não faço uma viagem destas.

02/12/2005 12:10 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Pavilhão

Das duas, uma: ou estou me acostumando com o barulho ou estou ficando surdo.

02/12/2005 10:01 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Utilidade pública

Uma das leitoras deste blog leu uma vez nos comentários sobre uma loja que importa equipamentos eletrônicos/informáticos, mas na ocasião não deu muita bola.

Agora, ela PRECISA deste endereço.

Alguém pode ajudar?

Eu sei que vocês podem, vamos lá.

01/12/2005 16:13 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Feelgood post of the day

Sabe quando você conhece alguém, se apaixona e fica naquelas de apresentar o mundo pra essa pessoa?

Tipo, ficar mostrando coisas legais, engraçadas, bonitas e diferentes?

Coisas importantes pra você, sabe?

Sabe aquela vontade imensa que você sente de ficar mostrando estas coisas, e que é realimentada a cada brilho no olhar, a cada fagulha de compreensão, a cada sorriso da outra pessoa?

Pois é, ter um filho é assim, o tempo todo.

01/12/2005 11:21 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Ugh

Tá meio complicado de colocar as coisas em perspectiva, mas vamos tentar:

Estávamos morando num bom apartamento, décimo-segundo andar, a uma quadra do Parcão, relativamente silencioso.

De súbito, houve uma infestação de baratas sem precedentes na história da Humanidade. O box do banheiro virou uma cornucópia de periplanetas, todas as manhãs encontrávamos vinte, trinta exemplares, na média. Foi feita uma dedetização no telhado do prédio, que não adiantou de absolutamente nada. Tentamos resolver o problema dentro de casa com iscas e inseticida, uma vez que o fato de termos um bebê inviabilizaria a idéia de uma dedetização interna.

Ao longo de semanas, a situação foi se deteriorando, porque chegou um momento em que não conseguíamos mais usar o banheiro. O cano de saída da pia entupiu, e não quero nem pensar no que estava obstruindo a passagem da água. Banhos no box se tornaram atividades de altíssimo risco.

Fechamos a casa, fomos passar uns dias na casa de minha mãe, enquanto procurávamos freneticamente outro apartamento nas imediações.

Visitamos uma dúzia deles, e apenas um nos pareceu mais ou menos ok, apesar de bem mais caro. Eu gostaria de ter ficado mais tempo procurando, achei meio barulhento, sexto andar em uma rua bastante movimentada, mas fui convencido de que tínhamos que resolver a situação logo.

Depois de passarmos pelo cipoal burocrático, fizemos a mudança e agora estamos na fase de instalações telefônicas, elétricas e hidráulicas (ventilador de teto, máquina de lavar, adsl etc etc etc).

Esta foi a segunda noite que eu dormi lá.

Me sinto como se estivesse morando no meio da rua.

Tentei ler Borges no banheiro ontem, mas os ônibus ficavam passando no meio da história.

Estou um pouco estressado, sim.

Tudo o que acontece é bom.

Bom pra deixar de ser banana.

01/12/2005 09:51 | Comentários (15) | TrackBack (0)