por Marcelo Firpo

links
Czar
Nihil
Galera, o jovem
Galera, o velho
Martelo
M.O. Joe
Insanus
Bensi
Válvula
Medina
Não irei
Prop
Livros
Organá
R.I.P.

arquivos
novembro 2008
outubro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
junho 2008
maio 2008
abril 2008
março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005

categorias





« julho 2007 | principal | setembro 2007 »

Apareçam

Young Creatives RS 2007 é uma iniciativa da Editora Referência e do Clube dos Jovens Criativos, com o patrocínio da ESPM, Impresul e ARP.

28/08/2007 12:22 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Com Santiago, na Expointer

Fiquei em dúvida sobre falar ou não sobre a existência de um troço chamado Expointer pro Santiago. Sabia que ele ia querer instantaneamente ir assim que eu mencionasse cavalos, ovelhas, vacas e porcos, mas por outro lado achei um troço meio white trash, naquela linha "nossos finais de semana invernais são tão sem-graça que a feira agropecuária da região é a salvação da lavoura", trocadilho não-intencional.

Acabei concluindo que, sim, nossos finais de semana invernais são tão sem-graça que a feira agropecuária da região realmente é a salvação da lavoura, e por isso contei pra ele, sexta de noite, que iríamos num lugar cheio de cavalos, ovelhas, vacas e porcos. "'É uma fazenda, papai?" "Mais ou menos, meu filho".

No sábado choveu sem parar, como também sem parar o Santiago ficou falando que queria ver os porcos. No domingo o tempo firmou um pouco e, ali pelas duas da tarde, tomamos, eu e ele, o rumo de Esteio. "Cadê a Expointer?", perguntava meu terneiro, ali pelo viaduto da nova perimetral.

Entretido por caminhões de empresas tipo white martins, que transportavam gases em tanques de formato quase esférico, Santiago nem viu o tempo passar. Agüentou estoicamente também o engarrafamento para entrar no parque. Estacionamos numa área absolutamente alagada, levei-o no colo até a entrada da exposição propriamente dita. Dezessete quilos e pesando.

Logo na chegada, a primeira epifania: peões lavando touros, vacas e cavalos numa área aberta cheia de torneiras e mangueiras. Santiago olhava pros bichos, jamais apreciados de tão curta distância, e eu olhava pro Santiago, sorvendo o maravilhamento do guri.

Depois disso, caminhamos um pouco a esmo, o parque não estava muito cheio, mas a passagem de cavalos no meio das pessoas dava um toque interessante aqui e ali. Fiquei com vontade de comer em cada um dos restaurantes do lugar, e também me interessaram umas lojas argentinas de roupas de pólo eqüino, pelo inusitado da coisa. Mais pitoresco ainda foi ver um grupo de velhos estancieiros argentinos, aristocráticos e garbosos como só aos velhos estancieiros argentinos é permitido ser. Pareciam de outro planeta se colocados ao lado de seus similares locais.

Mas Santiago queria saber mesmo era dos porcos. Começou a perguntar insistentemente pelos mesmos, até que, vencido pela desorientação, perguntei acerca dos suínos para dois representantes da Brigada Militar. É claro que o humor involuntário da situação não me passou desapercebido.

Caminhamos até o pavilhão indicado e ali novamente mais um deslumbramento. Porcos, enormes, quase translúcidos de tão gordos, fazendo oinc oinc e soltando guinchos. O bom de estar com uma criança é que dá pra disfarçar o próprio fascínio infantil.

Depois comemos espetinhos e "guaramá", observamos cabras e tomei coragem pra perguntar a um peão que carregava um pônei pra lá e pra cá se o Santiago podia montar. Sim, podia, custava só dois reais e imagino que tenha sido, pra ele, o ponto culminante de uma vida até o momento.

Vagamos pra lá e pra cá, eu carregando o guri a maior parte do tempo e fazendo contorcionismos mentais pra motivá-lo a caminhar um pouco mais. Assistimos alguma prova de habilidade eqüina absolutamente incompreensível em suas filigranas, contemplamos tratores e colheitadeiras com suas enormes rodas e felizmente conseguimos carona num dindinho pra voltar ao estacionamento.

Santiago dormiu imediatamente ao entrar no carro. Eu dirigi em direção a Porto Alegre considerando seriamente a hipótese de voltar no próximo final de semana.

27/08/2007 21:13 | Comentários (15) | TrackBack (0)


Querendo rodar

Na minha humilde opinião, toda a experiência humana está condensada na letra abaixo:

Todo santo dia
Ela ia
Ela ia lá me chamar
Pra dançar coco
A beirada da saia querendo rodar
Pelo jeito dela, pelo dengo
Pela simpatia
Se eu caio na roda essa moça pode
Me segurar
Aí, ela vai querer
Que eu deixe de ir pro samba
Aí ela vai querer
Que eu não vá na ciranda de Lia
Aí, ela vai querer
Que eu não saia de perto dela
E eu olhando pra beira da saia
Querendo rodar
Ah, se eu vou

"Ah, Se Eu Vou", Lula Queiroga. Aqui, uma versão:

24/08/2007 10:13 | Comentários (8) | TrackBack (0)


PR nightmare

Já tenho o meu candidato pro Nobel deste ano: o guri que criou o WikiScanner.

Via lista do Insanus.

Em breve voltaremos à nossa programação normal com filhos e baratas.

23/08/2007 18:10 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Eu tentando soar tech savvy

Imagino que todo mundo que já jogou bastante Tetris acabou sonhando com o troço mais tarde, confere?

Pois essa noite eu tentei, por diversas vezes, criar um tag do del.icio.us para os sonhos que estava tendo.

De noite pretendo conferir se foram salvos mesmo.

21/08/2007 15:25 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Fabulosidades

Depois de alguns meses realmente complicados, começo a ver algo que parece ser uma luz lá do outro lado. Nada que pague as contas ainda, certo, mas que pelo menos distrai do dia-a-dia. Melhor que isso: envolve amigos. Todos os meus planos de dominação mundial sempre envolveram amigos, então aparentemente estamos indo pro lado certo. Falta tudo ainda, mas já temos uma idéia. E é assim que se começa.

18/08/2007 17:03 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Vá viral

Pdf interessante pra entender o atual estado das coisas.

14/08/2007 22:41 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Ontem

Sim, devia ter escrito algo sobre o Dia dos Pais, mas andava pra lá e pra cá com o Santiago. O que posso dizer é que há três anos e cinco meses passei por uma experiência culminante, pra usar uma expressão do Bioy Casares e demonstrar erudição vazia. Numa fração de segundos, minha visão de mundo mudou completamente, sem que isso implicasse numa negação do antigo jeito de ver as coisas. Há mais tempo, cerca de cinco ou seis anos, me lembro nitidamente de estar caminhando numa calçada da Cabral e pensar com meus botões algo próximo de "o que eu preciso é amar alguma coisa incondicionalmente."

Ter um filho é como começar um namoro perfeito que nunca, nunca fica chato.

13/08/2007 16:49 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Música para cidades-fantasma

Três acordes que até o Santiago já sabe tocar, repetidos ad infinitum. E mesmo assim, sempre que chega no refrão - com os mesmos três acordes, ressalte-se - acontece qualquer coisa de esquisita dentro do meu peito.

Quando adolescente, catalogava internamente esse tipo de música como "blues fantasmagórico", um pouco influenciado pelo nome "Empty Box Blues", da Opal, banda anterior do guitarrista da Mazzy Star, David Roback, o sujeito com um tubo de metal entalado no dedo mínimo no vídeo acima. Outra banda que tinha algumas musiquinhas encaixáveis neste conceito seria Madder Rose, especialmente "Waiting for Engines", que tentarei achar no youtube e falharei clamorosamente assim que terminar este post.

09/08/2007 18:18 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Media is the new creative

Idéia simples, mas legal.

07/08/2007 10:57 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Rey Azucar

Preciso fazer exercício, desde sempre. Quando solteiro, acordava uma hora e meia antes de sair pra trabalhar e, diária e religiosamente, pulava corda, fazia abdominais, barras e apoios. Me sentia muito mal quando não fazia. Depois fui morar perto do Parcão e intercalava exercícios em casa com três ou quatro voltas correndo, também cedinho.

Desde que o Santiago nasceu, não tenho conseguido mais, primeiro porque geralmente não dá tempo - ele acorda e me chama, primeira coisa pela manhã, aí ficamos brincando, ligo a TV, faço um achocolatado, torrada - e também porque, nas poucas vezes em que tentei, ele apatifa com tudo, tipo JOGANDO ALMOFADAS em mim enquanto tento pular corda. Fora isso ainda tem a rotina insana na agência e o fato de que, muitas vezes, tendo que escolher entre aproveitar uma hora pra correr sozinho por aí ou ir pra casa e pegá-lo ainda acordado, acabo ficando com a segunda.

Comecei a engordar. De forma inquestionável.

Esses dias estava procurando uma outra coisa e li em algum lugar que o açúcar refinado, uma vez consumido, imediatamente vira tecido adiposo. Parêntese para dado surreal: é estranho, eu sei, mas sempre que como muito doce, desde criança, sinto um sutil formigamento na lateral da barriga, que é onde a minha gordura costuma se reunir. Sério, juro. Sabia que tu não ia acreditar. Seguindo: até então, o tempero mais consumido do mundo não me incomodava muito, mas depois de ler precisamente esta frase, "o açúcar refinado, ao ser consumido, imediatamente vira tecido adiposo", resolvi fazer uma experiência.

Já não usava açúcar pra adoçar nada, mas cortei sucos de caixinha, chocolates, mandolates, barrinhas de cereal. E eu comia muito dessas coisas todas, todos os dias. Mesmo sem fazer grandes exercícios, a diferença foi perceptível.

Agora vivo por aí me assombrando com alguns rótulos de alimentos que leio. O pão Nutrella ou Seven Boys que é vendido como integral, por exemplo, tem açúcar refinado na fórmula. Outra coisa que evito são adoçantes artificiais, tipo sacarina, ciclamato e acesulfame. Não é uma coisa muito radical, volta e meia fica difícil fugir de um café grosso de tão açucarado num cliente ou eu mesmo me dou uma folguinha, mas tenho ido bem. Também não sei se é pra sempre. O bom é que aprendi a gostar das pequenas coisas caras da vida, como nozes, passas, frutas secas e quetais. Tenho um pouco de dúvida se açúcar mascavo, demerara, invertido ou mesmo sucralose também se engorduram instantaneamente, mas na dúvida também evito comer.

Meio constrangedor tudo isso, eu sei.

07/08/2007 00:22 | Comentários (13) | TrackBack (0)


Análise comparativa

Alguns tópicos sobre Curitiba:

-Sede da Federação das Empresas do Paraná, no caminho do aeroporto: um lugar todo arborizado, num terreno mais elevado, com dois ou três belos edifícios, com caminhos ligando uns aos outros, postes antiguinhos decorando estes caminhos, um belo mural na entrada principal, gramados bem cuidados, plantas, espaço livre e uma idéia geral de capricho e paisagismo. Chorei miguelitos ao comparar com a sede da FIERGS;

-Passeio Público: passeei com o Santiago por lá, e me pareceu uma mini-Redenção encravada no centro da cidade. Pelo que entendi, o parque foi criado para conter inundações, no final do século 19. A simples idéia do poder público fazendo algo em relação a alguma coisa me emocionou;

-Largo da Ordem: é o brique da Redenção, só que mais apertado. Minha mulher tirou uma foto de dois prédios grudados um no outro, um de arquitetura barroca e o outro todo modernista, qe pretendo postar aqui mais tarde. Toda a decadência irremediável da civilização ocidental está registrada nesta foto, ali, bem atrás daquela velhota de galochas;

-Memorial sei-lá-do-quê, também no Largo da Ordem: centro cultural muito bonito que, ao contrário da Casa de Cultura Mario Quintana, parece funcionar. Quando passamos por lá, tinha esse show da Rogéria sei-lá-o-quê, celebridade local, não muito interessante;

-Centro em geral: feinho, lembra um pouco o de Floripa. É impressionante como o comércio consegue destruir com qualquer lugar. Teu olhar passeia por uma fachada até interessante, quando é repentinamente agredido por um cartaz amarelo com letras bold sem serifa em vermelho, vendendo xis-picanha com refri a R$ 5,00;

-Museu Oscar Niemeyer: fica no centro cívico, que já é mais legal e lembra um pouquinho bairros mais periféricos de Lisboa ou Madri. O museu em si é aquela encheção de saco arquitetônica de sempre, umas curvas grandiloqüentes que não levam a lugar nenhum e um despojamento nas formas que pra mim soa só como preguiça de fazer melhor ou mais bonito. Sim, é por isso que não sou arquiteto, não entendo nada do assunto mesmo;

-Revolver: essa era uma exposição que tinha por lá, do Jun Nakao e outros sujeitos, miniaturas daqueles vestidos de papel que ele fez no SPFW, em caixas de vidro, sendo devorados por ratos de verdade, tudo captado por câmeras e projetado num telão, mais um blablabla sobre consumismo. Santiago curtiu, queria levar um rato pra casa;

-Miséria: meio que tem por tudo, como aqui. Um casal fumando crack no caminho do aeroporto, uns mendigos aqui e ali, gente dormindo em calçadas, negociações esquisitas envolvendo celulares no Passeio Público. Por outro lado, ninguém nos pediu dinheiro em nenhum sinal;

-Clima: frio, mas não úmido. Ou seja, um trilhão de vezes melhor que Porto Alegre;

-Pessoas: ao contrário de gaúchos e catarinenses, que precisam ficar o tempo todo justificando que não moram em estados-bosta, os paranaenses parecem mais tranqüilos com a vida e o estado geral das coisas.

06/08/2007 00:13 | Comentários (6) | TrackBack (0)


Nunca pára

Área de embarque do aeroporto de Curitiba, procurando pelo nosso portão. Santiago estaqueia repentinamente e me diz:

"Ai, esqueci onde nós estacionamos o nosso avião."

06/08/2007 00:10 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Nada pode ser maior

Uma Biere des Trappistes número 8 com os amigos, naquele bar inacreditável em que o dono barra quem ele não conhece.

02/08/2007 23:43 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Manetes

Só mesmo uma besta quadrada pra ficar andando de avião pra lá e pra cá do jeito que as coisas estão. Amanhã, São Paulo, trabalho, descendo em Congonhas e tudo; sábado e domingo, Curitiba, com o Santiago e tudo, visitando a mamãe, que está em exílio profissional temporário.

Agradeço dicas de passeios legais por lá. É verdade que "ritiba" em tupi-guarani quer dizer "do mundo"?

02/08/2007 12:47 | Comentários (12) | TrackBack (0)