por Marcelo Firpo

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I want a receipt

"Munique" compensou todos os filmes meia-boca que eu tenho assistido. A veracidade da história pode ser questionada, mas a técnica com que ela é contada é muito boa. Espionagem comanda.

31/01/2006 10:09 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Are you talkin´to me?

300884-1013-it.jpg

Este parece ser o general brasileiro responsável pelas tropas no Haiti.

Não costuma ser muito divulgado entre os civis, mas existe uma cadeira inteira no curso de formação de oficiais dedicada a ensinar a fazer caras como essa.

Ao longo de meses os alunos estudam retratos antigos de grandes generais do passado, como Aníbal, Napoleão e Figueiredo, além da morfologia do rosto, seus principais grupos musculares e o funcionamento de cada nervo.

Só recebem o diploma quando se mostram capazes de fazer - e manter - uma genuína cara de general por pelo menos vinte minutos.

Ouvi dizer, inclusive, que na prova final os candidatos são obrigados a segurar esta expressão enquanto assistem a antigos programas dos Trapalhões.

30/01/2006 17:57 | Comentários (3) | TrackBack (0)


O começo do círculo está em todo lugar

Nos anos 90, quando eu visitava semanalmente a Planeta Proibido na hora do almoço, comprei o número 2 de 3 da minissérie da Morte, "The High Cost of Living". Não sei como consegui perder o número 1, talvez tenha vindo só um exemplar e alguém comprou antes, talvez nem tenha vindo, o certo é que comprei primeiro o número 2 e, claro, comecei por ali a leitura.

Jamais seria capaz de encomendar o 1 e esperar até a chegada para ler tudo na ordem certa.

"The High Cost of Living", parte 2, começa com Didi e Sexton passeando pela noite. Didi é a encarnação da Morte, já que reza a tradição que a cada cem anos ela seja obrigada a passar um dia na pele de uma mortal, para entender melhor o seu próprio trabalho de ceifadora. Sexton é um grungezinho emburrado com a vida.

Jamais vou esquecer a minha sensação de desorientação ao começar a ler esta história pelo meio, e muito menos a minha satisfação com isso. Cair de cabeça no meio da narrativa, ainda mais com uma cena de abertura como esta, duas pessoas caminhando noite afora depois de terem se conhecido pela manhã e dado umas bandas por aí, vai ser sempre o meu emblema de como é legal se perder em uma história. Quando um personagem novo entrava em cena, por exemplo, eu ficava me perguntando se era a primeira vez que isso acontecia ou se ele já tinha sido apresentado ao leitor no volume anterior. Mesmo quando alguém dizia uma frase, eu me perguntava se esta era uma frase qualquer ou se já havia sido repetida dezenas de vezes antes. Quando finalmente consegui ler o número 1, uns meses depois, foi meio estraga-prazer, porque as coisas se encaixavam certo demais e a desorientação que eu tive - e que, por extensão, também é a desorientação do personagem Sexton, passeando com uma maluca que ele recém conheceu - se dissipou.

Já escrevi o prólogo da minha nova historinha. Estou tendo alguma dificuldade para continuar daí. Não tenho a menor idéia de como será o primeiro capítulo. Entretanto, tenho uma noção bem clara de como será o último. E talvez alguns do meio. Apesar do bom senso indicar que deve-se começar do começo, ir até o meio e só então chegar até o fim, acho que vou quebrar novamente esta regrinha, como fiz na novela.

Talvez o mais legal de tentar escrever, pra mim, seja isso: ter um pedaço de história, vá lá, um braço, e a partir daí tentar descobrir o que vem antes e/ou depois. Sentir esta mesma desorientação goshtosa e ir aos poucos intuindo como são a cabeça, os pés, o tronco, as pernas e o outro braço.

Isso na hipótese otimista de realmente ter uma cabeça, dois pés, um tronco, duas pernas e mais um braço, é claro.

30/01/2006 14:55 | Comentários (10) | TrackBack (0)


Fins de janeiros

Eu e minha vida suuuuupermovimentada: vi dois filmes no final de semana, os dois bem mais ou menos.

"O Princípio e o Fim" é um documentário, do mesmo Coutinho que fez Edifício Master. Li uma bela resenha sobre o filme e me toquei para a sessão da meia-noite. O cansaço pode ter influído um pouco, mas achei um filme FLOCHO. No começo ele delimita suas próprias regras: sair por aí sem qualquer esboço de roteiro e conversar com moradores de grotões rurais. Nada contra, mas o que determina a validade do esforço não é o risco que se corre, mas o resultado final apesar deste risco, e neste ponto acho que o filme é exatamente o que se poderia esperar de um documentário sem qualqer esboço de roteiro que se propõe a ouvir moradores de grotões rurais: tem partes boas, tem partes ruins e tem partes que não são nem boas nem ruins. Se eu saísse com uma câmera pelo interior de Cel. Bicaco não seria muito diferente. No mais, fico um vago incômodo, porque ainda que a intenção seja boa, o resultado final lembra um freak show: "Veja essas pessoas tão velhas, encarquilhadas e diferentes de você. Contemple suas unhas muito sujas e tente entender seu dialeto antediluviano. Constraja-se com a urgência do entrevistador em arrancar dos matutos qualquer gracinha que fique bem na edição final." Mas, como eu disse, eu estava com sono. No mais, um ódio vago de resenhistas que são incapazes de escrever que um filme é simplesmente médio, preferindo achar epifanias em tudo, porque o caderno cultural também tem a sua parcela freak show.

O segundo filme, "Paradise Now", tinha tudo pra ser bom, caso se limitasse a ser uma crônica documental de um atentado a bomba na Palestina, coisa que inclusive o é na sua primeira parte. Ali tudo é denso, tudo é espera, e ficamos hipnotizados com a eminência da desgraceira, a forma como as coisas se constroem e até mesmo o ridículo da situação. Aí, de uma hora pra outra, o diretor acha por bem fazer cinemão, e começam perseguições de carro e discussões inflamadas, absurdamente esquemáticas. Os personagens que você achava interessantes e densos quando calados começam uma papagaiada sobre os ônus e bônus dos atentados, vociferam clichês e mudam de opinião como quem troca de camisa. Apesar de tudo, a última cena é legal, um pouco porque volta ao tom inicial do filme.

No mais, tive que ser acordado pelos atendentes da Cultura depois de começar a ouvir o CD novo da Nação Zumbi.

30/01/2006 10:14 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Agora vai

bigfoot.gif

No meu mundo ideal, todo dia sairia uma notícia como essa.

27/01/2006 20:35 | Comentários (7) | TrackBack (0)


Consider the dharma

It seems to me that the intellectualization and aestheticizing of principles and values in this country is one of the things that's gutted our generation. All the things that my parents said to me, like "It's really important not to lie." OK, check, got it. I nod at that but I really don't feel it. Until I get to be about 30 and I realize that if I lie to you, I also can't trust you. I feel that I'm in pain, I'm nervous, I'm lonely and I can't figure out why. Then I realize, "Oh, perhaps the way to deal with this is really not to lie."

Obsessão da tarde: David Foster Wallace. Comprei o "Breves Entrevistas com Homens Hediondos", mais uma dica prodigiosa do Galera e, obviamente, tive problemas no começo. Depois de tentar ler o aterrorizante conto da pessoa deprimida, deixei o livro de lado por uns dois meses (ok, ok, um pouco também porque ele tinha ficado no banheiro das baratas do apartamento antigo e garrei um certo nojo, solucionado depois com uma demão de álcool), nocauteado pela capacidade do sujeito não apenas de escrever de forma compreensível um imenso emaranhado de pensamentos, mas principalmente pela qualidade entranhada em cada um deles.

Voltei recentemente, li mais alguns, incluindo o da hippie estuprada, e continuo meio besta. Às vezes fico em dúvida se não é apenas um virtuose das letras, tipo aqueles guitarristas de hard rock que ficam três horas esmerilhando, porque a exuberância do texto é tão brutal que às vezes te arranca de dentro da história. Tu tá acompanhando o que está acontecendo, mas de repente aparece um raciocínio tão complexo e maravilhosamente passado para o papel que tu simplesmente pára tudo só para te embasbacar, várias vezes no mesmo conto.

De qualquer forma, se enquadra com perfeição à minha regra número 1 de fruição estética: "se dá medo é porque é bom."

27/01/2006 14:50 | Comentários (14) | TrackBack (0)


Minhas memórias dos outros

Isso deve ter sido constrangedor.

27/01/2006 12:14 | Comentários (6) | TrackBack (0)


Karatê

karate.jpg

27/01/2006 10:42 | Comentários (2) | TrackBack (0)


"Recebemos o martírio com um sorriso nos lábios."

Minha porção correspondente internacional, que deve ocupar 0,00001% da minha personalidade, não se segura e precisa comentar a vitória do Hamas nas eleições legislativas palestinas:

"Veja bem, não acho que a coisa vá encrespar de vez, como muitos analistas acreditam. Muito pelo contrário, acho que agora tudo vai ficar mais fácil, porque a Autoridade Palestina vai poder negociar sem se preocupar com os extremistas, já que eles vão estar todos em escritórios próximos, mais preocupados em arrumar arquivos, conseguir cadeiras de rodinhas e descobrir qual a melhor parede para colocar o quadro com a foto do xeque velhinho aquele de cadeiras de rodas que morreu atingido por um míssil e cujo nome não me recordo agora mas nada temo porque sei que serei auxiliado pelos eruditos comentadores. Ahmed Yassin, talvez. Mas retomando, acho que vai ficar mais fácil negociar, e foi exatamente o que aconteceu do outro lado com o Sharon, que podia ter todo aquele jeitão de megatério e tal mas na verdade foi bem eficiente, expulsando a colonada de Gaza na base do sarrafo. Em outras palavras, às vezes os que aparentam ser mais linha-dura é que são verdadeiramente os que mais avançam no processo. Além do mais, o Hamas sempre teve um nome e identidade visuais mais interessantes que a Fatah, de modo que mereceu ganhar mesmo, sendo toda e qualquer eleição um concurso de beleza entre senhores - e algumas senhoras - de meia-idade."

E este foi o nosso correspondente internacional, diretamente de algum confim da nossa personalidade fragmentada.

26/01/2006 16:44 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Céu

sharan_ddb.jpg

"Kids need space."

26/01/2006 14:40 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Olho só

Qual seu monstro mitológico preferido?

Ciclopes aqui, decididamente. Me lembro de ter uma edição de "Os Invasores", do Mortadelo e Salaminho, em que os agentes da T.I.A. enfrentavam vários alienígenas, e o meu preferido era um ciclope verde troglodita.

A Medusa era legal, mas no fim das contas era só uma mulher muito feia com cobras nos cabelos. Em termos de monstruosidade, o ciclope ganhava frouxo.

Sátiros eram interessantes, mas as patas de bode me pareciam, do alto dos meus cinco, seis anos, mais uma deficiência do que um poder. Na verdade,o mesmo raciocínio se aplicaria aos ciclopes, ter um olho em vez de dois, mas o fato deles serem sempre grotescos, enormes e disformes, e carregarem clavas, me distraía deste detalhe.

Hárpias eram apenas galinhas metidas. Centauros, cavalos com um pouco de sorte.

O Minotauro, este sim era legal, mas ainda assim perdia pros ciclopes, que não precisavam ser metade nenhum outro bicho para serem monstros completos.

Interessante essa fixação que as crianças têm pelas monstruosidades. Não vejo a hora do Santiago chegar na idade.

25/01/2006 21:06 | Comentários (12) | TrackBack (0)


Primeira impressão

"Um negro possesso chega num vilarejo à beira-mar."

É assim que começa o texto novo que estou tentando escrever.

Foi a única linha que sobreviveu à última revisão.

Voltaremos à carga hoje à noite.

Não, de nenhum interesse para ninguém.

24/01/2006 19:46 | Comentários (16) | TrackBack (0)


Yentl2 - personalidade em formação

E com profissões, não acontece com vocês também?

Tipo, ler uma entrevista com um RESTAURADOR DE VITRAIS e ficar se imaginando, restaurando seus vitraizinhos, feliz da vida, de preferência numa localidade sonora?

24/01/2006 18:25 | Comentários (13) | TrackBack (0)


Yentl

Acontece também com vocês de às vezes lerem o nome de uma cidade e simplesmente quererem MORAR lá?

Não todas. Com Botucatu, por exemplo, não acontece. Nem Tucunduva.

23/01/2006 21:13 | Comentários (32) | TrackBack (0)


O único problema filosófico

Carol propõe uma conversa sobre suicídio.

23/01/2006 19:49 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Referências

Desenvolvendo o tema abaixo: esses dias tava vendo o portfólio de uma produtora de vídeo e fiquei bem impressionado com um dos filmes, em especial pela trilha, envolvente, hipnótica.

Cai na asneira de comentar com a pessoa que estava me apresentando o trabalho e perguntar quem tinha feito a trilha.

"Ah, foi a produtora X... o briefing pedia algo bem em cima daquele comercial Y."

Foi aí que eu me dei conta. Eu não tinha gostado da trilha porque ela era boa. Eu tinha gostado porque, além de boa, ela era praticamente a mesma trilha de um outro comercial, inglês, melhor e mais antigo.

Em algum momento, a referência deixou de ser referência e virou destino. Mas qual a graça, em arte ou mesmo em arte aplicada, de se chegar num lugar em que outros já chegaram?

Tem uma frase que eu adoro: "Estilo é tentar fazer igual e não conseguir."

23/01/2006 16:24 | Comentários (11) | TrackBack (0)


Don’t plagiarise or take on loan

A capa da Revista da MTV que circula aqui na agência traz uma loira que eu nunca vi mais loira, quase pelada, com exceção de uns adesivos nas partes.

A capa é praticamente igual, descontando-se as limitações técnicas, a de uma The Face de alguns anos atrás, com Giselle Bundchen, fotografada por LaChapelle.

E, folheando a da MTV, descubro que eles escancaram lá dentro o fato, tratando a capa anterior como "A Referência".

Fica a dúvida: um assassinato confessado é menos assassinato que um não confessado?

Sem mais perguntas, meritíssimo.

23/01/2006 11:56 | Comentários (18) | TrackBack (0)


Novalgina

Santiago em chamas: 39,5 graus de febre no final de semana. Quente, muito quente, e um pouco abatumado nos finais de tarde, mas nada preocupante. Nenhum sinal de gripe, só febre.

Ainda assim, consegui ver dois filmes: o das aspirinas e urubus, legalzinho. Sorria embevecido cada vez que um personagem abria a boca, só pelo sotaque. "Eu vou cheirar esse suvaco é a noite toda!", melhor galanteio jamais pronunciado, adotarei.

O outro foi aquele "2046". Até então, o filme mais chato que eu tinha visto na vida era "O Sacrifício", do Tarkovsky, mas esse conseguiu bater. Recomendável apenas para produtores de figurino e masoquistas empedernidos.

Meio que li o "Jimmy Corrigan", do Chris Ware. Muito legal, mas preciso ler de novo, corri um pouco demais no final.

23/01/2006 01:21 | Comentários (5) | TrackBack (1)


Mó Ishcariotesh aí

Vem aí o Evangelho Segundo Judas.

20/01/2006 18:34 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Plops

Começou a revoada de originais.

Espero que eles a) cheguem inteirinhos ao seu destino b) não sejam soterrados por toneladas de outros originais c) agradem seus avaliadores e d) livrifiquem.

Viver só disso, ter todo o tempo do dia para tentar, errar, errar, errar e eventualmente acertar deve ser o ouro.

Ainda assim, literatura nos minutos vagos é melhor que nada.

20/01/2006 18:17 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Deadly

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20/01/2006 11:38 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Roça

Paulinho da Viola, Naná Vasconcelos e Cordel do Fogo Encantado cantam de graça no aniversário de São Paulo.

Aqui em Porto Alegre, eles costumam chamar o Conjunto Caravelle.

20/01/2006 10:19 | Comentários (10) | TrackBack (0)


"Vai roendo essa massinha."

Descansa aí, Le Wilhelms.

Um dia a gente volta a se encontrar lá na Grande Agência Sem Clientes.

19/01/2006 16:50 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Surto

Completa e absolutamente absorvido pela brincadeira literária, não apenas o escrever propriamente dito, mas impressões, encadernações, envio de originais, opiniões, possibilidades.

Maltrato meus amigos e conhecidos literatos com e-mails agoniados: "Qual o nome da pessoa responsável por originais na editora tal?", "Devo começar pelas grandes ou ser mais prático e mandar logo pras menores?", "Tu quer mesmo dar uma lida?"

Este momento é especialmente lúdico e feliz. Depois, imagino meses e meses sem nenhuma notícia. Mais adiante, uma que outra, sempre ruim. Só que a hora de ficar preocupado com isso não é agora.

Ontem, no Botequim das Letras, onde fui parar por pura coincidência, anotava um a um os endereços das editoras que não consegui achar na Internet, e de mais algumas que sequer imaginava que existiam, ávido.

De noite, bem tarde, não tendo muito mais o que fazer nos originais por enquanto, comecei a escrever outra coisa.

Só pra continuar a brincadeira.

19/01/2006 11:14 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Do design como alavancador de vendas

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Livro preferido do Santiago: vive pegando da estante, passeia com ele pela casa, bota a mão sobre a capa e, como se não bastasse, abre e fica lendo.

17/01/2006 21:43 | Comentários (2) | TrackBack (0)


É preciso talento para vender aspirador de pó

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17/01/2006 18:06 | Comentários (7) | TrackBack (0)


Meus heróis não morreram de overdose

Peguei o programa do meio pro fim, mas foi muito massa ver o Cardoso na TV ontem.

17/01/2006 15:03 | Comentários (3) | TrackBack (0)


This is a full time business

Fiquei acordado ontem até as três e meia da manhã, retalhando um corpo. Não consegui terminar, uma parte do trabalho vai ter que ser feita hoje.

É a novelinha. Um escritor que eu respeito demais leu tudo e fez várias observações, a grande maioria muito procedente.

Felizmente nenhum problema estrutural, mais uns cacoetes de iniciante mesmo.

Deve ser legal viver disso.


17/01/2006 12:04 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Foi no Vinte

Li no Correio que o presidente do Movimento Talibacionista Gaúcho planeja um desfile farroupilha homenageando as etnias que formaram o Rio Grande, "com ênfase nos imigrantes."

Vou te contar: deve ser bucha ser negro neste estado.

Os negros do resto do país ainda podem tentar se encaixar naquele velho clichê de sempre, alegria e balanço, que por clichê que seja, pelo menos ainda é um esboço de identidade.

Isso deve ser melhor que a invisibilidade histórica.

16/01/2006 10:07 | Comentários (6) | TrackBack (0)


Mídia espontânea

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É por causa de boiolices como essa que eu deixei de ler quadrinhos. No meu tempo, os heróis não eram metrossexuais que ficavam trocando de roupinha o tempo todo, os roteiros não eram decididos pelos marqueteiros e nenhuma idéia nascida no meio de uma reunião era levada a sério, jamais.

13/01/2006 16:55 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Porto Alegre em chamas

Às vezes o Santiago olha para mim e parece dizer "Por que tu me tirou lá do paraíso dos bebês e me trouxe pra esta fornalha, papai?"

12/01/2006 22:40 | Comentários (7) | TrackBack (0)


Body count

Se for lido como ficção, é um belo conto. Se for lido como não-ficção, é uma vida feia. Aqui.

Via nomínimo Weblog.

12/01/2006 16:22 | Comentários (2) | TrackBack (0)


A imprensa foi criada por Gutemberg para que alguém algum dia escrevesse precisamente esta manchete:

Cientistas criam porcos fosforescentes verdes.

12/01/2006 12:05 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Hooliganism

Mojo, esse é pra ti.

Isto é, na improvável hipótese que tu já não tenha lido.

11/01/2006 16:15 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Bloody

21.jpg

Cinco peças da agência foram selecionadas para a próxima edição da prestigiosa revista Pasta, do Clube de Criação de São Paulo. Ainda não sei exatamente quais, mas são destas duas campanhas aqui e aqui.

11/01/2006 10:44 | Comentários (8) | TrackBack (0)


Gente que faz

Entrevista com o Paulo Scott.

10/01/2006 16:30 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Colapso da civilização

O ar-condicionado da agência não estava lá essas coisas, mas dava pra agüentar. Aí faltou luz e resolvemos ir até o shopping e seguir trabalhando na área de alimentação, contando que o ar estivesse funcionando lá e que pudéssemos pedir um suco, um sorvete.

Também não tinha luz lá, as lojas todas fechadas, apenas um fiapo de ar fresco.

Depois de algum tempo a energia voltou.

Deve ser difícil viver na Bósnia.

10/01/2006 16:05 | Comentários (3) | TrackBack (0)


Amei Senegal

Santiago passa mais tempo na banheirinha do que fora dela, uma espécie de Vinícius de Moraes da tenra idade.

O ventilador de teto do quarto entrou em moto-contínuo, espera-se a fundição para breve.

Sigo lendo o "Shalimar" a passos de cágado, mas gostando.

Li o "Ghost World", mas não curti muito. É bem escrito, dá pra se ouvir as gurias falando enquanto se lê, mas sei não, muita doença pra mim.

Assim que terminar o "Shalimar" - como é bom escrever e falar este nome - o que imagino que deva ocorrer ali por 2010, pego o "Everything is Illuminated". Depois "On Beauty", com interlúdios para a leitura dos continhos de "Tutaméia".

Assim, como se isso tudo interessasse a alguém.

A novelinha segue engavetada.

E a vida vai indo.

10/01/2006 09:45 | Comentários (9) | TrackBack (0)


"Pai Tomás, he dead"

nova11.jpg

Posso te oferecer uma zumbificação desta foto?

W

Wagner em 09.01.2006 às 13:13


Zumbifique, pois.

firpo em 09.01.2006 às 14:31

09/01/2006 19:46 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Por que a capital não fica em Cidreira?, é o que sempre me pergunto.

Na verdade, deixei a barba crescer pra aproveitar melhor este calorzinho.

09/01/2006 15:33 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Pai Tomás

nova.jpg

09/01/2006 11:05 | Comentários (12) | TrackBack (0)


Acesso

King Kong, naquela cena em que a mocinha pára de dançar porque ele está dando uns PETELECOS grosseirões nela.

Contrariado e furioso, o monstro ruge, grita, se joga no chão e termina por arrancar e atirar longe uma enorme coluna de pedra antediluviana.

No mesmo instante, minha mulher e eu sussurramos um para o outro:

"É o Santiago!"

05/01/2006 10:11 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Ho ho ho

A pessoa da loja de tintas onde fiz compras antes do Natal, para pintar e entregar de vez o apartamento das baratas, me deixa dois recados aflitos no celular.

Deve ter dado algum problema com o cartão, penso.

Passo lá, no caminho para o trabalho, e descubro que sou o feliz ganhador da BICICLETA DO MÊS.

Agora eu conheço alguém que já ganhou alguma coisa em sorteios.


04/01/2006 15:49 | Comentários (18) | TrackBack (0)


I love you like sparks and shining dragons i do

Às vezes ouço coisas que me devolvem a fé.

03/01/2006 15:31 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Trying times

Realmente não sei como vamos fazer lá em casa agora.

03/01/2006 14:57 | Comentários (1) | TrackBack (0)


700 páginas de absoluto êxtase

Eu fui até lá comprar o meu e ainda paguei mais caro, mas se você tem algum - por mais ligeiro e incipiente que seja - interesse em histórias em quadrinhos, ou mesmo em histórias bem escritas, eu sou absolutamente obrigado a lhe recomendar de todo o coração isto.

Não precisa agradecer depois.

02/01/2006 17:26 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Trabalhando

Interessante o "Shalimar", cheio de palavrinhas difíceis mas bem concatenadas. Não consigo deixar de pensar por que traduziram "clown" por "equilibrista" na edição nacional. Deve ter tido algum motivo.

Fiquei o almoço todo tentando descontar um vale-presente na Siciliano, acho que estou mal-acostumado. Acabei ficando com o último livro de ensaios daquele sei-lá-o-quê Giannetti, "O Valor do Amanhã", se não me falha. Pra completar o valor, que eles não dão troco, uma Trip com umas gurias com a bunda pra cima na capa. Não consigo entender como é que as pessoas ainda compram revistas, de ir na banca com essa intenção e trocar por dinheiro mesmo.

Tentei baixar o CD do Mogwai a noite toda, mas não veio. Boa a musiquinha que fica tocando naquele link que o Bruno indicou nos comentários daquele post do Parada sobre o assunto. Seria bom gostar dessa banda, eles parecem DENSOS.

02/01/2006 14:22 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Careca da Jamaica

Bem massinha esse CD de reggae da Sinéad O´Connor, hein?

01/01/2006 21:42 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Like a hundred dollars

Em primeiro lugar, um ótimo 2006 pra todo mundo que passa por aqui de vez em quando. Com o passar do tempo, este blog se tornou uma coisa importante pra mim, e vocês têm a ver com isso. Espero que a gente siga se vendo.

Em segundo lugar, estou EMBEVECIDO com o monte de mensagens de felicitação que recebi pelo meu aniversário. A pessoa mandar uma mensagem de ano novo é uma coisa, mas se dar conta que eu nasci num 30 de dezembro e a partir daí se dar ao trabalho de escrever alguma coisa CUSTOMIZADA é realmente o ouro. Valeu mesmo, nunca pensei.

Em terceiro, cheguei, depois de um dia inteiro viajando. Fiquei tanto tempo em aviões que consegui ler todo o "Extremely Loud & Incredibly Close", que é um belo livrinho feelgood. O gurizão tem a manha, mas não é APAVORANTE, como o David Foster Wallace.

Morri de saudades do Santiago o tempo inteiro.Achei que ele fosse fugir ou bater na minha cara quando me visse, mas só sorriu e me abraçou. Desde então, ficou o tempo todo segurando a minha orelha, só consegui soltar agora há pouco, e mesmo assim depois de três tentativas, com ele já dormindo.

Foi uma boa viagem, não muito pretensiosa em termos de atividades, mas me bastou. Caminhei uma média de oitenta quadras por dia, algumas bolhas nos pés, sendo que no primeiro dia fiz umas cento e poucas e carregando uma mochila de vinte quilos o tempo todo. Uau.

Melhores momentos:

-rever a minha amiga Ione, conhecer a sua amiga Mel, todas ambas as duas muito engraçadas e queridas;

-caminhar de novo por lugares como St. Marks Place;

-adentrar a catedral chamada Strand Bookstore;

-achar que a Forbidden Planet tinha fechado e depois descobrir que ela só mudou de esquina;

-mergulhar de novo na obra do Jaime Hernandez, depois de um interlúdio de uns cinco anos;

-me maravilhar com o Whole Foods Market, que é o paraíso na terra, e acreditar que em vinte anos Porto Alegre vai ter algo parecido;

-comer o melhor wrap de chicken curry de todos os tempos, com passas e amêndoas, apimentadíssimo, comprado num mercadinho furreca e degustado metade na janta e a outra metade no café-da-manhã;

-ter sentido uma saudade estúpida da minha família;

-quase ter destroncado o maxilar comendo uma lasca de chocolate com 70% de cacau, importado do Equador;

-ter entendido quase tudo o que me falavam e quase-quase tudo o que eu lia;

-ter pensado em Mohammed Atta o tempo inteiro, o que passava pela cabeça do sujeito;

-ter comprado livros que jamais compraria pela Amazon, porque antes foi preciso cheirá-los, apalpá-los e até mesmo folheá-los;

-ter ouvido a história da vida de um mineiro desiludido com as mulheres;

-ter resolvido o meu problema de tênis por uns dois anos;

-ter entendido que está chegando a hora de aceitar algumas coisas como elas são, mesmo que eventualmente elas venham a deixar de ser no futuro;

Piores momentos:

-Um burrito de peixe que eu inventei de comer num restaurante havaiano-mexicano, terríveis consequências;

-O museu de fotografia ter sumido justo no dia em que resolvi visitá-lo.

Próxima leitura:

-"Shalimar, the clown"

01/01/2006 01:37 | Comentários (10) | TrackBack (0)