por Marcelo Firpo

links
Czar
Nihil
Galera, o jovem
Galera, o velho
Martelo
M.O. Joe
Insanus
Bensi
Válvula
Medina
Não irei
Prop
Livros
Organá
R.I.P.

arquivos
novembro 2008
outubro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
junho 2008
maio 2008
abril 2008
março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005

categorias





« junho 2008 | principal | agosto 2008 »

Memorabilia

Essa bandinha, Los Campesinos!, gravou uma versão de "C is the Heavenly Option", do Heavenly. Ficou tosca, mas me fez lembrar de quanto eu gosto da banda original, que ouvi pela primeira vez ali por 94. Naquela época eu recebia os CDs que um amigo que morava fora mandava pra Sound&Vision, uma locadora. Recebia pacotes com 30, 40 CDs, ouvia tudo e levava lá no dia seguinte. Num dos pacotes veio esse CD, "Le Jardin du Heavenly", que acabou com a minha existência. Com o coração em pedaços, levei-o pra entregar na loja junto com os outros. Uns dois ou três dias depois, meu amigo ligou perguntando se eu tinha entregue os discos. Disse que sim. "E o que eu te mandei, tu curtiu?" "Como assim?" "Tinha um que era pra ti, ananá. O do Heavenly, que é a tua lata." E lá fui eu na loja pegar o disco de volta antes que alugassem. Já é uma vida.

29/07/2008 19:33 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Realidade, choque de

Sábado precisei levar um violão meu pro conserto, numa lojinha da Galeria do Rosário. Fui com o Santiago, estacionamos na Alberto Bins e fomos caminhando até a Vigário José Inácio, camelôs, mendigos, índios e índios-mendigos. Na saída, voltando pro carro, o guri, que estava calado até então, me pergunta candidamente:

"Pai, essa cidade aqui fica perto de Porto Alegre?"

29/07/2008 10:38 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Heavenly Houseboat Blues

Esse blog de mp3 aqui é um sonho. Só coisas desconhecidas e todas elas maravilhosas, na minha humilde opinião. Foi lá que eu achei a Emily Jane White há alguns meses, e ontem baixei quatro discos que estão soando estupidamente bem até o momento. Mais do que isso, os textos que descrevem cada um dos álbuns postados são sinestesicamente acurados, tenho a sensação de conhecer as músicas na primeira audição só por ter lido a respeito delas antes de baixar.

29/07/2008 10:25 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Saudades eternas do barroco

O AlexRod manda um texto legal pra lista do Insanus, perguntando se o Google está nos deixando mais estúpidos.

Tem algumas bobagens lá pelo meio, uma certa gratuidade sensacionalista na referência ao Google e um tom ludita autodeclarado e auto-reconhecido, mas também tem algumas premissas que soam verdadeiras.

Quando ele fala que o taylorismo segue à toda no mundo, não tenho como discordar. Meus últimos anos profissionais têm sido bem assim, é flagrante a tentação de fazer tudo de bate-pronto devido a uma série de fatores, entre eles a dispersão e o acúmulo de tarefas.

Hoje em dia estou numa posição de direção, de coordenação, mas o fato é que quando estava lá na base do processo, a linha de montagem não parecia uma linha de montagem tanto assim.

A sensação é de que hoje em dia eu resolvo um monte de coisas a mais do que antes, mas não porque tenha ficado mais rápido ou mais esperto, mas simplesmente porque aumentou o número de coisas a serem resolvidas. Solução natural? Taylorismo.

Às vezes, quando leio alguma coisa mais antiguinha, tipo os gregos, fico meio besta, me perguntando como as pessoas podiam suportar a complexidade formal da escrita e da fala, dos diálogos, as circonvoluções, os floreios e os rodeios pra chegar no ponto. Não que eu acredite que todo mundo conversasse assim na peixaria, mas era um tipo de mente que não existe mais, com a exceção, talvez, de um David Foster Wallace da vida. Quero dizer, eram habilidades que estavam lá para serem usadas quando necessário e que deviam ser praticadas com alguma frequência.

Essa vontade de voltar a estudar tem um pouco a ver com isso, de tentar criar um tempo diferente, uma zona autônoma temporária, pra usar uma expressão do começo da internet. Quando descobri que o curso de design estratégico que estou pilhado pra fazer fica numa ex-casa de padres que era usada pra retiros na época em que eu estava no colégio, tudo pareceu fazer mais sentido. Estudar é tentar se retirar um pouco da linha de montagem e refletir sobre ela.

23/07/2008 17:58 | Comentários (4) | TrackBack (0)


Pauta

Tem dias que o meu trabalho se parece por demais com o desses guardas empurradores do metrô de Tóquio, com o agravante de eu não usar luvinhas brancas.

21/07/2008 17:33 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Working for a paycheck

Há cerca de uma hora tive a oportunidade de ver o Conor Oberst tocando essa musiquinha ao vivo e me sinto muito privilegiado por isso:

Gostei do show todo, na verdade. Lembra um pouquinho Bob Dylan e Smiths, mas neste último caso sei que é porque tudo que é bom em música me lembra um pouquinho Smiths.

20/07/2008 22:03 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Ó, parcas

Santiago, demonstrando certa impaciência com os trâmites da natureza:

"Tá, mas quem vai ser o meu filho?"

20/07/2008 18:34 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Desvio-padrão

Estamos atendendo uma universidade aqui na agência e por conta disso tenho ido semanalmente pra Serra. Sigo meio deslumbrado com o lugar, as paisagens, a limpeza das cidades, os sinais evidentes de pujança econômica e uma certa dignidade difícil de explicar nas pessoas, mas não é sobre isso que quero escrever. A cada nova visita conhecemos mais e mais interlocutores e nos maravilhamos com o padrão acima da média de todas as reuniões, creio que isso tem muito a ver com o fato do cliente ser uma instituição de ensino. O fato é que na semana passada conhecemos o professor que dirige um dos programas de pós-graduação e um acadêmico no sentido mais amplo da palavra. Conversamos com ele por cerca de quarenta minutos, mas foi o suficiente pra eu vivenciar uma vaga epifania, a qual tentarei descrever a seguir. A conversa começou ampla, tratando dos descaminhos da educação no país, em especial da graduação. Uma das observações que ele fez foi a seguinte: "Todo o aluno da graduação deveria ser capaz de enxergar o caminho até o seu doutorado, e tornar isso possível é dever da instituição." No começo não concordei muito, porque minha própria experiência tinha sido bem diversa: enquanto estava na minha graduação só queria sair de lá pra nunca mais voltar. Ele seguiu adiante, dividindo com a gente a sua experiência de quem já deu aulas em várias universidades do mundo: "Esse negócio do mestrado ser uma fábrica de professores só existe aqui no Brasil. Lá fora as pessoas fazem mestrado e doutorado pra exercitar o cérebro, para serem desafiadas, para seguirem adiante. Tem presidentes de grandes companhias que fazem doutorado e não passa pela cabeça deles dar aula." À medida em que ele foi falando eu fui talvez pela primeira vez entendendo o que significa realmente uma trajetória acadêmica. Mais: "Esse negócio de separar academia de mercado não existe também. A academia trabalha pelo mercado, amplia os seus limites, faz com que ele se desenvolva através da pesquisa." Eu sei que foi me dando uma raiva da minha graduação - feita em outra instituição - tão grande, mas tão grande, não só pelo fato dela ter sido rasa, fraca, maçante, mas principalmente pelo fato dela ter sido rasa, fraca e maçante ao ponto de ter me afastado da idéia de uma pós-graduação por muitos e muitos anos. Na saída da reunião comecei a pensar nos professores que eu tive: no de pesquisa, que só nos fazia preencher questionários e tabular dados; na de mídia, que só se interessava pelos números e não no seu significado; na de redação, que usou o mesmo briefing da máquina de costura que caseia e chuleia por gerações e gerações de alunos; no de sei-lá-qual-cadeira, que todo semestre gastava uma aula inteira contando sobre o episódio em que foi assaltado, nos outros que consideravam a sala de aula como uma tribuna livre pra opinar sobre o universo e assim indefinidamente, com umas duas ou três exceções de professores que realmente estavam lá pra fazer alguma diferença. Pensei também no espaço de tempo e de energia que todo esse entulho ocupou na minha vida por quatro anos, e os conteúdos que poderiam estar ali. Não tive uma linha sobre empreendedorismo ao longo de todo o curso, e a falta que isso me faz hoje em dia é pungente. Também nunca percebi nenhum esforço no sentido de integrar as diferentes áreas técnicas da propaganda, era tudo estanque, ou mesmo de vincular o que estava sendo estudado ali com projetos futuros de pós-graduação. Não me admira, hoje, que eu tenha me formado como quem se livra de um fardo do qual não quer se aproximar nunca mais. Sinto um pouco de compaixão pelo formando que eu fui, das oportunidades que poderiam ter sido apresentadas pra mim e que nunca o foram. Enfim, passou, passou. O fato é que essa conversa da semana passada me animou pra tentar, talvez, voltar a estudar, provavelmente numa especialização. Vamos ver.

18/07/2008 13:57 | Comentários (12) | TrackBack (0)


Cosmogonia

"A lua é a mãe das estrelas e o sol é o pai das nuvens."

Santiago, subitamente encharcando de lirismo o interior do carro num sábado pela manhã.

14/07/2008 10:11 | Comentários (11) | TrackBack (0)


Sísifo

Mais uma vez, uma palestra do Clube me deixa com uma coleção de pulgas atrás da orelha. A questão aqui não é só o plano A ou B, mas a tentativa de trabalhar melhor no lugar em que se está, seja lá ele qual for. Nos três casos relatados, os caras saíram das suas estruturas (grandes, cheias de clientes, organizadas) de agência porque queriam fazer coisas diferentes, ir além. Foram unânimes em dizer que hoje em dia se sentem mais criativos do que na época em que trabalhavam num departamento chamado Criação. Se falou muito sobre o desequilíbrio que existe entre estratégia e tática nas agências, no quanto se passa muito mais tempo cuidando de detalhezinhos do que pensando num plano mais aberto. Essa pra mim hoje é a grande questão: ser capaz de conceber coisas diferentes e que fujam completamente do escopo do artesanato da criação publicitária e ao mesmo tempo ser capaz de fazer com que os trens cheguem na hora. Quase sempre é como tentar projetar um carro novo estando na linha de montagem.

11/07/2008 10:30 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Espremedor, quarta que vem

noname.jpg

Palestra sob medida pra você, que volta e meia pensa em largar tudo e abrir aquela quitanda na Vila Nova.

04/07/2008 17:25 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Bídeo

Lágrimas saltam dos meus olhos como fatias de pão de uma torradeira.

03/07/2008 11:38 | Comentários (0) | TrackBack (0)