por Marcelo Firpo

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Tentando mesmo mudar de assunto

Um pouco de nostalgia pra, quem sabe, salvar o meu dia.

29/06/2007 17:20 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Monomania

Sim, sei que já é hora de mudar de assunto, mas ainda não consigo.

Ontem, vendo uns mendigos empurrarem um carrinho de compras pela calçada na chuva, me dei conta do que talvez seja a grande força do livro: é sobre viver aqui e agora. O fato da história se passar numa paisagem devastada é apenas um recurso pra tirar toda a tranqueira do entorno e se concentrar no que é realmente importante.

E, vendo a entrevista indicada pelo Parada, me dei conta de mais um fenômeno interessante: a entrevistadora comenta que, assim que terminou o livro, começou a reler, e que nunca tinha feito isso com nenhum livro antes. O mesmo aqui.

27/06/2007 15:54 | Comentários (12) | TrackBack (0)


This is my job

the_road.jpg

Estava a duas ou três páginas do final, o guri sozinho no meio da estrada, pistola no cinto, apenas esperando, quando precisei parar a leitura para ir no supermercado com o Santiago. Descemos de elevador, peguei o carro na garagem, estacionei, entrei no super, comprei comida, peguei o carro de novo, voltamos pra casa, guardei as coisas na geladeira e, durante todo este tempo, a imagem do guri sozinho no meio da estrada continuava comigo. Isso foi domingo de manhã. Ainda agora, as imagens e algumas falas do livro seguem reverberando. Nunca pensei que fosse gostar tanto. Via aquela capa bonita de "Todos os Belos Cavalos", outro título do mesmo autor, nos balaios da Feira do Livro e pensava "isso aí não é pra mim, é western com verniz literário, não muito diferente dos livros do Corin Tellado de 50 centavos que o meu vô lia aos borbotões". Estava muito errado. Em breve devo comprar outro e mais outros. Muito bom ler um escritor que não fica tentando mostrar que é inteligente, ou dando piscadinhas irônicas por entre as linhas o tempo todo. Um livro rarefeito, sem firulas, simples, simples, simples, desolado como a paisagem na qual se passa. E com dois grandes personagens. Durante todo o tempo em que lia, não pensava exatamente em como a história iria acabar, mas em que ponto o autor deixaria de contá-la, como se ela fosse algo independente dele, que fosse seguir adiante, com a sua narração ou não. Ainda agora me sinto um pouco assim, como se o livro fosse apenas uma espiada num universo que segue existindo, em algum lugar.

25/06/2007 11:44 | Comentários (13) | TrackBack (0)


Disfunção

Estou lendo um livro sobre um pai e um filho que tentam sobreviver num mundo devastado por uma hecatombe nuclear, tudo coberto por cinzas, dias escuros, noites gélidas, chuva, neve, comida acabando, nenhuma caça disponível, água contaminada e a ameaça constante de gangues de canibais, e tudo o que consigo pensar é "puxa, deve ser massa ter todo este tempo livre pra ficar com o filho".

22/06/2007 14:48 | Comentários (13) | TrackBack (0)


NET = LIXO

Tá pensando em assinar o Combo da Net? Não assine. Tá pensando em trocar o seu serviço de banda larga pelo da Net? Não troque. Tá pensando em fazer qualquer negócio com a Net? Não faça.

Assinei o combo (telefone, TV e internet) há uns cinco meses. Comprei por telefone, na ocasião me falaram da velocidade de 2 mega e patati patatá.

Há dois dias, recebi uma ligação dizendo que eu tinha EXCEDIDO A FRANQUIA de 20 giga. Até então, jamais havia sido mencionado que existia uma franquia, isto é, um limite para acesso à Internet. Vou escrever de novo porque talvez seja surreal demais pra entender na primeira leitura: tu compra um serviço de banda larga e tem um LIMITE de utilização.

Aí tu diz: "ei, mas de repente eles te avisaram isso na hora da compra e tu esqueceu, né?" Não, não só eles nunca falaram sobre isso como, quando eu liguei no dia seguinte pra tentar entender Kafka, DUAS DAS TRÊS PESSOAS QUE ME ATENDERAM NA NET NÃO TINHAM A MENOR IDÉIA SOBRE O QUE SERIA ESTA FRANQUIA. Algumas frases: "Franquia? Não, senhor, nós não temos isso, não." e "Nunca ouvi falar sobre isso."

Única solução possível: cancelar.

22/06/2007 10:24 | Comentários (24) | TrackBack (0)


Imortais

cemetry.jpg

Vista geral da Goethe, agora há pouco.

21/06/2007 00:38 | Comentários (16) | TrackBack (0)


Cormac

Seguindo indicações do Galera e do Parada, comecei a ler "The Road". Como acontece comigo em todo começo de livro em inglês, sempre saio me batendo um pouco, e neste caso a desolação da minha ignorância não deixa de reforçar a desolação pós-hecatombe nuclear imaginada pelo autor. No mais, um livro sobre um pai e um filho em que cada um é o "mundo inteiro" do outro não tem como me decepcionar.

20/06/2007 19:09 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Oz

São Paulo, evento de um cliente à noite. Cheguei no meio da tarde e, entre bater perna na Paulista e ler um livro, fiquei com a segunda. "O mesmo mar", Amós Oz. Comprei esse livro depois de um Natal ou aniversário, um vale da Saraiva, fiquei horas me torturando entre as estantes, acabei pegando esse pra encerrar a questão. Nunca tinha lido nada do sujeito, mas achei bem interessante. Livro de ficar pensando nos personagens. Pelo menos um deles me será inesquecível.

18/06/2007 22:58 | Comentários (6) | TrackBack (0)


Abraffo

adesivo_poste1.jpg

poste-aplicado.jpg

A nossa peça do poste ganhou ouro no Festival Mundial de Publicidade de Gramado.

E o spot do fanho, também.

Parabéns, Cris, Panda, Juliano, Jota, Chaulet, Hans.

14/06/2007 20:10 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Soy canalla

rosarigasinos3.jpg

Uma das poucas coisas capazes de me despertar da letargia das últimas semanas foi esse filme, Rosarigasinos, que passou numa destas madrugadas na Ulbra TV. É uma comédia meio amarga sobre dois gângsters que saem da prisão depois de 30 anos, só que o sublime não está no roteiro, e sim nas atuações e na argentinice deslavada dos sotaques e dos diálogos. A cena em que um deles toma uma ruim numa delegacia furreca me faz rir até agora. Pra completar, bem no final tem dois marinheiros que passam conversando sobre "estes brasileiros e suas caipirinhas de merda". Alguém mais já viu?

13/06/2007 19:17 | Comentários (1) | TrackBack (0)


No ar rarefeito

Até o mês passado, não acreditava que alguém pudesse ser soterrado pelo trabalho. Claro, eu sabia o que era trabalhar bastante, trabalhar demais e até mesmo quase não viver de tanto trabalhar. Mas não é isso que tô tentando descrever. Ser soterrado pelo trabalho é não conseguir fazer coisas simples e elementares, como pagar contas, ir no super quando precisa, lembrar de aniversários e ver o filho mais do que alguns minutos por dia. Ser soterrado pelo trabalho é perder um pouco a noção da vida em volta. Pior: é ver a vida passar em volta e não conseguir reconhecê-la mais como algo do qual tu já fez parte. Em função disso, cada post é parido como se fosse um novelo de arame farpado. Se as coisas começam a perder o sentido, nenhum sentido em tentar descrevê-las. Mas vai passar, como tudo. Só precisa um pouco de paciência. Vocês têm?

11/06/2007 18:02 | Comentários (12) | TrackBack (0)


Voltaremos

Cinco dias sem postar e uma constatação: o trabalho embrutece o homem.

06/06/2007 20:11 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Merrily, merrily merily, life is but a dream

Santiago sonha sem ainda saber o que é um sonho. Por isso, acorda de manhã me dizendo que "a babá caiu no lixo e ficou sem cabelo, e que a menina do Clifford (que vem a ser um desenho) puxou ela com a corda". Digo que ele sonhou isso, e ele me responde, "sim, eu sonhei, e tu também, né?". Tento dizer que o sonho é uma brincadeira, faz-de-conta, mas ele insiste que não. Espera ansioso pela chegada da babá, para vê-la sem cabelo e comentar a queda no lixo. Quando a babá chega, limpa e com cabelos, ele não se abala e segue comentando com ela a desventura, perguntando como foi que ela caiu e onde achou cabelos novos.

01/06/2007 11:43 | Comentários (10) | TrackBack (0)