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IstoERA

Não é novidade que a IstoÉ perdeu o respeito e há muito deixou de ser uma revista séria. Considero o episódio da pesquisa encomendada por Garotinho a pá de cal. Mas mesmo assim, edição após edição, chovem reportagens escancaradamente pagas. Quem é sério e trabalha lá, começa a abandonar o barco. É o caso de Luiz Cláudio Cunha, editor de Política da sucursal de Brasília.

O Observatório da Imprensa publicou uma carta enviada por ele a Carlos José Marques, diretor-editorial da IstoÉ. Na carta, ele reclama das falcatruas da revista e cita, uma a uma, as manipulações que os editores andam fazendo. A carta é extensa, mas vale a pena conferir. É escandaloso. Uma amostra:

"A IstoÉ desta semana consegue o milagre de produzir uma matéria sobre o caseiro Nildo, aquele que viu as bandalheiras da "República de Ribeirão Preto", sem citar uma única vez o santo nome de Antonio Palocci. (...) Reclamo porque fui eu que escrevi a matéria, e nela constavam os dois nomes – Palocci e Marcelo Netto. Meu texto foi lipoaspirado, desintoxicado dos nomes do ministro e do assessor, e assim publicado. Por isso, recusei assinar a matéria, que não refletia o que o repórter mandou de Brasília na noite de quinta-feira 23 ."

Por Gabriel Brust em 29.03.06 às 15:45 - comentários (9)

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