Mate o legislador de sua preferência

Um dos projetos d'A Nova Corja para este ano é fazer um levantamento de algumas das demências morais de nossos políticos: projetos absurdos, declarações sem nenhum sentido, falcatruas etc. Faço, portanto, minha contribuição antecipada para 2010.

Meu LEGISLADOR DEMENTE MORAL de hoje é o senador Paulo Paim (PT-RS).

Cansei de escutar por aí "eu voto no Paim porque, ele sim, é um político decente". Paim parece ter entrado naquela categoria de políticos na qual também se encontra o senador Eduardo Suplicy (PT-SP): é o queridinho dos paulistas, mas não consegue articular sequer uma frase completa (até seu filho, Supla, é mais inteligente do que o pai).

Pois bem, a demência moral de Paim ficou evidente nesta terça-feira, quando o Senado aprovou um projeto de lei, de sua autoria, que obriga todas as universidades particulares do país a conceder bolsas a 15% de seus alunos. De acordo com o projeto, os 5% dos estudantes com menor renda terão 80% de desconto nas mensalidades; os outros 10% terão redução de 50%. Os alunos beneficiados não poderão possuir renda familiar per capita acima de um salário mínimo e meio (R$ 525).

Paim não é formado em nada. Provavelmente nunca freqüentou uma universidade (o que não deveria ser condição necessária para nada, mas É – depois de Lula, nunca mais vote em analfabeto, formado ou não).

Paim não sabe o que está falando. Por isso, apresenta projetos demagógicos como esse. O problema da educação está a anos luz de distância do projeto do senador. O ápice da demência moral aparece quando nosso querido político gaúcho sugere, para que seu projeto funcione, “um pequeno aumento no preço das mensalidades da maioria, somado a uma limitação indolor dos lucros dos empresários”.

É o melhor dos mundos possíveis para o senador: poder colocar no currículo que aprovou um projeto bonitinho, preocupado com os pobres. Não é o dinheiro dele nem do governo que está em jogo.

Mas isso, na realidade, não importa: o efeito prático do projeto é absolutamente nulo. Uma família de três pessoas, por exemplo, que tenha renda máxima per capita de R$ 525 (renda familiar de R$ 1.575), se conseguir ter um desconto de 50%, terá que destinar R$ 300 de sua renda familiar para que seu(sua) único(a) filho(a) possa freqüentar um curso cuja mensalidade seja R$ 600. Não sobra dinheiro nem para comer.

Tenho fé: quero acreditar que Paim realmente seja burro e acredite no próprio projeto. É melhor para ele ser burro do que ser um canalha demagógico. Em 2010, quando acabar seu mandato de 8 anos, Paim deveria continuar seus estudos para, pelo menos, tentar se alfabetizar. Seria sua melhor contribuição para a educação brasileira.

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