Uma luz no fim do túnel

O PPS apresentou um programa bastante equilibrado e razoável hoje. Bateu no governo Lula com base em fatos sólidos, como indicadores econômicos e de desemprego. É claro que se pode discutir o sentido destes fatos, mas o antigo Partido Comunista Brasileiro fez seu papel interpretando-os de um ponto de vista de esquerda. Em certo trecho, entrevistou cidadãos em plano seqüência, sem cortes, para mostrar que ninguém se lembra qual foi o voto para deputado federal. O partido criticou a desatenção do brasileiro com o Legislativo, no fim das contas muito mais importante do que o Executivo. Outro acerto.

Só não deu para entender como pretendem mudar a política econômica fernando-henriqueana, seguida por Lula, dando seu apoio a Alckmin. Dá impressão de que o PPS está com raivinha do Lula, ou então não faz a menor idéia do que está falando.

É provável que o PPS pretenda com isso criar uma imagem de partido equilibrado e razoável, capaz de manter as políticas de sucesso e mudar aquelas erradas. Este foi o mote da campanha de José Fogaça à Prefeitura de Porto Alegre: "manter o que é bom e fazer mais", algo assim. Até agora, Busatto — perdão! — Fogaça não fez absolutamente nada, mas isso é outra história. Fingir-se de morto foi uma estratégia que deu certo com Rigotto e com Fogaça. Por outro lado, a impressão de que se baseia em fatos, não em ideologias, pode agradar os eleitores cansados do debate neoliberais x comunistas.

O partido também acenou a bandeira da ética e comemorou o fato de nenhum de seus quadros estar envolvido em escândalos de corrupção. Bem, quando não se apita nada, é difícil mesmo meter a mão na grana do contribuinte. Em todo caso, alguns integrantes do partido são gente boa, como Denise Frossard, uma deputada que orgulha qualquer cidadão. Infelizmente, só os cariocas podem votar nela.

O que leva a outra questão sobre o PPS: no Rio Grande do Sul, o partido foi seqüestrado por traidores do PMDB, capitaneados pelo ex-governador Antônio Britto. Está toda a turminha lá: Nelson Proença, Clênia Maranhão, César Busatto, e o próprio Fogaça. Defenestraram a diretoria composta por socialistas de verdade e silenciaram as críticas nos diretórios facilmente, porque o partido era inexpressivo no Estado. Abaixo do Mampituba, o PPS se tornou um partido de direita.

Contato

novacorja@gmail.com

Arquivos

março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005
fevereiro 2005
janeiro 2005
dezembro 2004
novembro 2004
outubro 2004
setembro 2004

Categorias

Cara de pau (167)
Copa do Mundo (17)
Crise Política (139)
Demência (2)
Demência moral (536)
Demência seletiva (107)
Deputado Cloclô (31)
Desgovernada Yeda (54)
Dose diária de demência (158)
Dose Diária de Transparência (9)
Eleições 2004 (31)
Eleições 2006 (387)
Eleições 2008 (26)
Eleições francesas (30)
Esquadrão da Morte Moral (19)
Filó$ofa Chiuaua (22)
Gaúcho é melhor em tudo (20)
Gente inútil (443)
Guerra nuclear sudamericana (4)
Havaianas da Adidas (33)
LatinoDisney (29)
Mangaba Unger (46)
Mensalão: ele existe (52)
Mídia má (18)
Mondo estudo (25)
Mondo Fristão (58)
Pandemência (4)
Petistas (116)
Porto-alegrenses (54)
Povo Bovino (119)
Pulíticu$ du Braziu (23)
Só no Biriri (71)
TÊ VÊ PÊ TÊ (4)
The Mensalão Chronicles (6)

Notícias

Agência Estado
Folha Online
O Globo
Zero Hora
BBC Brasil
No Mínimo
Veja
Istoé
Época
Carta Capital
Blog do Noblat
Josias de Souza
Merval Pereira
Jorge Moreno
Fernando Rodrigues

Partidos

PT
PSDB
PMDB
PFL
PDT
PSOL
PSTU
PH
PMR
PCO
PPS
PL

Creative Commons License