PT campinóide em chamas

Eis o trecho do boletim do PT, divulgado ontem, que ataca a filha e a mulher de Alckmin (íntegra abaixo, com o pedido de desculpa):

"Afinal, alguém poderia perguntar se ele sabia que sua filha era funcionária de uma empresa acusada de contrabando, a Daslu, ou se tinha conhecimento que sua esposa ganhou de presente 400 vestidinhos chiques."

Lula surtou, mandou retirar do ar e pediu desculpas. O autor do texto é o Valter Pomar, membro do Diretório de Campinas do PT, responsável pela área de internet da campanha e secretário de Relações Internacionais do partido.

É mais um sério candidato a dar o próximo tiro no pé do partido. Ligado ao MST, Pomar sempre exagerou no comunismo, muito revolucionário para o gosto do real Presidente de Honra do PT, José Dirceu. A Folha de hoje relembra mais um constrangimento criado pelo petista:

"Valter Pomar foi responsável por outro episódio que causou mal-estar no PT em meio ao escândalo do mensalão. Em 8 de junho de 2005, durante entrevista de Delúbio Soares na sede do partido na qual ele negava as acusações feitas por Roberto Jefferson, Pomar enviou bilhete a José Genoino no qual dizia: "Ô, Gê. Cadê a Marta? Depois eu é que sou "oportunista'?" O bilhete fazia alusão à ausência da ex-prefeita na entrevista de Delúbio, concedida logo após uma reunião da Executiva na qual Marta criticou uma proposta de Pomar." (Folha, 13/10/06)

"O telhado de vidro de Alckmin

Se a eleição presidencial fosse hoje, Lula venceria com 56% dos votos válidos. Este foi o resultado apontado pela pesquisa Datafolha no dia 11 de outubro.
Os apoiadores de Lula recebem a pesquisa com alegria. Mas não subiremos no salto alto: faltam 18 dias para a eleição e a direita brasileira já demonstrou que não brinca em serviço.
Um exemplo disso é a revista "Veja" e a revista "Época", que colocaram Alckmin na capa.
A "Veja" foi além: espalhou outdoors por todas as cidades brasileiras, com reproduções gigantes da fotografia de Alckmin, numa propaganda eleitoral tão descarada, que o Tribunal Superior Eleitoral atendeu ao pedido da coligação "A força do povo" e mandou a editora remover os cartazes da rua.
O jornal "O Estado de S. Paulo" não deixou por menos. Além da cobertura tendenciosa, o jornal declarou em editorial que Alckmin teria vencido o debate entre os candidatos a presidente, realizado pela TV Bandeirantes, no dia 8 de outubro.
O "Estadão" é tão descarado, que chegou ao ponto de citar o debate realizado pela Globo, no segundo turno de 1989, como suposta demonstração de que Lula seria "despreparado para o debate político em público".
Naquela ocasião, a Rede Globo divulgou em seu noticiário cenas do debate editadas de forma a favorecer Collor.
De toda forma, ao citar o debate de 1989, o "Estadão" comete um ato falho, pois lembra as semelhanças entre o Collor de 1989 e o Alckmin de 2006.
Entre as semelhanças, estão a hipocrisia e o moralismo de ocasião.
Só para lembrar: Alckmin questionou Lula sobre as denúncias de corrupção e disse que o presidente deveria obter respostas junto aos "seus amigos mais íntimos".
Alckmin não deveria colocar o debate neste nível.
Afinal, alguém poderia perguntar se ele sabia que sua filha era funcionária de uma empresa acusada de contrabando, a Daslu, ou se tinha conhecimento que sua esposa ganhou de presente 400 vestidinhos chiques.
Se mesmo assim Alckmin achou melhor correr o risco, é porque sabe que os oito anos de FHC no governo federal e os 12 anos de governo tucano em São Paulo não são um bom contraponto aos quatro anos de governo Lula."

**

"A coligação "A Força do Povo" considera que uma campanha eleitoral é espaço para o confronto entre projetos de país.
Neste sentido, estimulamos o balanço comparativo entre os governos Lula, FHC e Alckmin; bem como o debate entre os programas dos candidatos à Presidência da República.
Ao mesmo tempo, consideramos totalmente inadequado, inapropriado e lamentável lançar mão de ataques pessoais envolvendo os candidatos ou suas famílias.
Essa também é a posição de nosso candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que por diversas vezes, inclusive na atual campanha, foi vítima de ataques pessoais, dirigidos contra ele e contra seus familiares.
Exatamente por isso consideramos incorretas e nos desculpamos publicamente pelas referências feitas -em um boletim da campanha- a familiares do candidato da oposição.

Marco Aurélio Garcia
Presidente nacional do PT e coordenador-geral da campanha Lula presidente"

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