O terceiro erro petista, esquecido por Raul Pont

Chega a ser constragedora a matéria sobre o deputado reeleito e ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont (PT/ RS) à Zero Hora de hoje. O candidato que conseguiu ser derrotado por José Fogaça (PPS/ RS) à prefeitura em 2004 se transformou em um expoente da autocrítica dentro do partido. Ele dá dois exemplos: um, o PT não ter apostado na reeleição de Olívio Dutra ao governo do Estado em 2002; dois, não ter concorrido à reeleição para prefeito de Porto Alegre, em 2000.

Nem vou entrar nos méritos de que José Fortunatti (hoje no PDT) seria o sucessor por tradição partidária e todos acabaram abrindo as pernas para a imposição da candidatura de Tarso Genro ao Paço. Todos sabiam que o ministro usaria a prefeitura como trampolim para se candidatar a governador em 2002. Esse foi o ponto zero da derrocada petista no Rio Grande do Sul. Mas imagino que isso não passe pela cabeça de Pont.

O representante da DS poderia ter acrescentado um terceiro motivo para o fracasso do PT gaúcho: ele mesmo insistir em concorrer à prefeitura ao invés de dar espaço para novos e fortes quadros do partido – caso de Maria do Rosário, deputada federal mais votada em 2002 e com baixíssimo grau de rejeição. Pont não só se impôs mesmo com o alto carisma que ex-prefeitos costumam ter, como também recebeu dinheiro de Marcos Valério para a campanha – elaborada no segundo turno por Duda Mendonça.

O ex-prefeito ainda teve a pachorra de dizer que foi difícil constatar que os militantes petistas não exibiram nas ruas na última campanha o mesmo vigor de outras épocas: "Sabe por que não se viam militantes do PT nas ruas no primeiro turno? Porque ninguém queria ser xingado. Só quem teve de ir para a rua pedir votos sabe o que passamos. (...) Aqui não havia envolvidos em escândalos", afirmou.

Típico dos petistas, Pont não se lembra que até o então presidente do diretório regional, David Stival, admitiu ter recebido a bolada de R$ 1,2 milhão do Valerioduto. Mas imagino que não caiba ao deputado fazer autocrítica em relação a esse assunto. É mais fácil culpar a militância.

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