por Marcelo Firpo

links
Czar
Nihil
Galera, o jovem
Galera, o velho
Martelo
M.O. Joe
Insanus
Bensi
Válvula
Medina
Não irei
Prop
Livros
Organá
R.I.P.

arquivos
novembro 2008
outubro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
junho 2008
maio 2008
abril 2008
março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005

categorias





« Littleratura | principal | Folhado de maçã »

O drama de uma geração

mrdolliron3.jpg

Lendo uns comentários antigos, me dei conta que o Malta e o Marlon passaram pela mesma experiência-limite que eu: nós vendemos a nossa coleção de revistinhas Marvel (gibi é coisa de carioca, paulista, brasileiro).

Eu tinha dois baús cheios de Heróis da TV, Capitão América, Superaventuras Marvel, Almanaque Marvel, Grandes Heróis Marvel, Almanaque Premiere Marvel, Homem-Aranha, Incrível Hulk, Quarteto Fantástico, X-Men, praticamente tudo o que a RGE e a Abril lançaram, fora algumas coisas da DC, citadamente as histórias do Esquadrão Atari, Camelot 3000, Etrigan, Crise nas Infinitas Terras e outras avulsas.

Minha preferida era o Almanaque Marvel, que tinha o plantel mais interessante de super-heróis: o Nova, que era um Homem-Aranha um pouco mais interessante; os X-Men, na fase de ouro, escritos pelo Chris Claremont e desenhados pelo John Byrne; e, doença suprema, a Mulher-Aranha, numa fase em que as histórias eram escritas por um psicopata que me foge o nome e pessimamente desenhadas pelo Carmine Infantino, o que só aumentava o desconforto da leitura. Entre os vilões habituais, o Agulha, que COSTURAVA AS BOCAS das suas vítimas; os Irmãos Grimm, que eram uns bonecos de madeira possuídos pelos espíritos dos filhos mortos da senhoria da Jessica Drew, a Sra. DOLL; a Morgana Le Fey, que dispensa apresentações; a seita dos adoradores de Kali, que faziam sacrifícios humanos; um eventual aliado chamado MORTALHA e um sujeito cuja pele se DERRETIA quando ele beijava uma mulher e DEVORAVA até a caveira os rostos das infelizes.

Nossa, como era bom ler isso com dez, onze anos.

Um dia, achei que tinha crescido e vendi tudo por 200 cruzeiros num sebo.

20/07/2005 12:04 | Comentários (19) | TrackBack (0)