por Marcelo Firpo

links
Czar
Nihil
Galera, o jovem
Galera, o velho
Martelo
M.O. Joe
Insanus
Bensi
Válvula
Medina
Não irei
Prop
Livros
Organá
R.I.P.

arquivos
novembro 2008
outubro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
junho 2008
maio 2008
abril 2008
março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005

categorias





« Minhas memórias dos outros | principal | Agora vai »

Consider the dharma

It seems to me that the intellectualization and aestheticizing of principles and values in this country is one of the things that's gutted our generation. All the things that my parents said to me, like "It's really important not to lie." OK, check, got it. I nod at that but I really don't feel it. Until I get to be about 30 and I realize that if I lie to you, I also can't trust you. I feel that I'm in pain, I'm nervous, I'm lonely and I can't figure out why. Then I realize, "Oh, perhaps the way to deal with this is really not to lie."

Obsessão da tarde: David Foster Wallace. Comprei o "Breves Entrevistas com Homens Hediondos", mais uma dica prodigiosa do Galera e, obviamente, tive problemas no começo. Depois de tentar ler o aterrorizante conto da pessoa deprimida, deixei o livro de lado por uns dois meses (ok, ok, um pouco também porque ele tinha ficado no banheiro das baratas do apartamento antigo e garrei um certo nojo, solucionado depois com uma demão de álcool), nocauteado pela capacidade do sujeito não apenas de escrever de forma compreensível um imenso emaranhado de pensamentos, mas principalmente pela qualidade entranhada em cada um deles.

Voltei recentemente, li mais alguns, incluindo o da hippie estuprada, e continuo meio besta. Às vezes fico em dúvida se não é apenas um virtuose das letras, tipo aqueles guitarristas de hard rock que ficam três horas esmerilhando, porque a exuberância do texto é tão brutal que às vezes te arranca de dentro da história. Tu tá acompanhando o que está acontecendo, mas de repente aparece um raciocínio tão complexo e maravilhosamente passado para o papel que tu simplesmente pára tudo só para te embasbacar, várias vezes no mesmo conto.

De qualquer forma, se enquadra com perfeição à minha regra número 1 de fruição estética: "se dá medo é porque é bom."

27/01/2006 14:50 | Comentários (14) | TrackBack (0)