por Marcelo Firpo

links
Czar
Nihil
Galera, o jovem
Galera, o velho
Martelo
M.O. Joe
Insanus
Bensi
Válvula
Medina
Não irei
Prop
Livros
Organá
R.I.P.

arquivos
novembro 2008
outubro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
junho 2008
maio 2008
abril 2008
março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005

categorias





« Aqui, por enquanto | principal | Careca da Jamaica »

Like a hundred dollars

Em primeiro lugar, um ótimo 2006 pra todo mundo que passa por aqui de vez em quando. Com o passar do tempo, este blog se tornou uma coisa importante pra mim, e vocês têm a ver com isso. Espero que a gente siga se vendo.

Em segundo lugar, estou EMBEVECIDO com o monte de mensagens de felicitação que recebi pelo meu aniversário. A pessoa mandar uma mensagem de ano novo é uma coisa, mas se dar conta que eu nasci num 30 de dezembro e a partir daí se dar ao trabalho de escrever alguma coisa CUSTOMIZADA é realmente o ouro. Valeu mesmo, nunca pensei.

Em terceiro, cheguei, depois de um dia inteiro viajando. Fiquei tanto tempo em aviões que consegui ler todo o "Extremely Loud & Incredibly Close", que é um belo livrinho feelgood. O gurizão tem a manha, mas não é APAVORANTE, como o David Foster Wallace.

Morri de saudades do Santiago o tempo inteiro.Achei que ele fosse fugir ou bater na minha cara quando me visse, mas só sorriu e me abraçou. Desde então, ficou o tempo todo segurando a minha orelha, só consegui soltar agora há pouco, e mesmo assim depois de três tentativas, com ele já dormindo.

Foi uma boa viagem, não muito pretensiosa em termos de atividades, mas me bastou. Caminhei uma média de oitenta quadras por dia, algumas bolhas nos pés, sendo que no primeiro dia fiz umas cento e poucas e carregando uma mochila de vinte quilos o tempo todo. Uau.

Melhores momentos:

-rever a minha amiga Ione, conhecer a sua amiga Mel, todas ambas as duas muito engraçadas e queridas;

-caminhar de novo por lugares como St. Marks Place;

-adentrar a catedral chamada Strand Bookstore;

-achar que a Forbidden Planet tinha fechado e depois descobrir que ela só mudou de esquina;

-mergulhar de novo na obra do Jaime Hernandez, depois de um interlúdio de uns cinco anos;

-me maravilhar com o Whole Foods Market, que é o paraíso na terra, e acreditar que em vinte anos Porto Alegre vai ter algo parecido;

-comer o melhor wrap de chicken curry de todos os tempos, com passas e amêndoas, apimentadíssimo, comprado num mercadinho furreca e degustado metade na janta e a outra metade no café-da-manhã;

-ter sentido uma saudade estúpida da minha família;

-quase ter destroncado o maxilar comendo uma lasca de chocolate com 70% de cacau, importado do Equador;

-ter entendido quase tudo o que me falavam e quase-quase tudo o que eu lia;

-ter pensado em Mohammed Atta o tempo inteiro, o que passava pela cabeça do sujeito;

-ter comprado livros que jamais compraria pela Amazon, porque antes foi preciso cheirá-los, apalpá-los e até mesmo folheá-los;

-ter ouvido a história da vida de um mineiro desiludido com as mulheres;

-ter resolvido o meu problema de tênis por uns dois anos;

-ter entendido que está chegando a hora de aceitar algumas coisas como elas são, mesmo que eventualmente elas venham a deixar de ser no futuro;

Piores momentos:

-Um burrito de peixe que eu inventei de comer num restaurante havaiano-mexicano, terríveis consequências;

-O museu de fotografia ter sumido justo no dia em que resolvi visitá-lo.

Próxima leitura:

-"Shalimar, the clown"

01/01/2006 01:37 | Comentários (10) | TrackBack (0)