por Marcelo Firpo

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The way of the middle-aged warrior

Sonhei que fazia uma entrevista sobre hapkido com um mestre, provavelmente para trocar de faixa. Ao longo do que pareceu, em tempo onírico, uns quarenta minutos, discorri sobre a origem do nome, os principais golpes e a filosofia. Ao final o mestre disse "Ok, a parte teórica está feita, aguarde a parte prática." A parte prática consistia em ser atacado de surpresa no meio da rua por um aluno mais graduado, armado com um caco de vidro. No sonho, que felizmente não era um pesadelo, eu passei.

Fiz hapkido durante uns três anos, faz um bom tempo. Lembro de ter resolvido fazer depois que um amigo se envolveu numa confusão na saída do Ocidente. Briga de bêbados, nada demais. Entrei na primeira academia que eu achei e disse que queria aprender uma arte marcial, mas não sabia qual. A academia era um muquifo na Riachuelo e o encarregado perguntou o que eu pretendia com a arte, se manter a forma, competir ou defesa pessoal. Respondi "Só defesa pessoal", ao que ele argüiu "Ah, então tu quem que fazer hapkido." Frente à minha expressão de nunca-ouvi-falar-disso-antes, ele prosseguiu "Hapkido é dedo no olho, chute no saco, cotovelada no nariz. Os caras nem fazem campeonato disso, não teria como fazer." A explicação me convenceu e comecei a fazer, três vezes por semana. Por aqueles dias estava sempre com as canelas roxas e as costelas doendo. Afundei um pouco os dentes, perto do canino, por causa de um calcanhar. Levei dois chutes no saco numa mesma aula, até hoje me dói quando vai chover. Não era um bom aluno, tinha muito medo de me machucar, e mesmo assim me machucava. Por outro lado, aprendi alguns truquezinhos legais, principalmente na parte de torções e estrangulamentos. Nunca usei numa situação real. Lembro que as aulas eram bem práticas e pegavam emprestadas técnicas de várias outras lutas. Be water, my friend. O corolário deste pragmatismo pra mim foi a vez que o instrutor nos ensinou técnicas de cadeirada, isto é, o jeito certo de dar uma cadeirada em alguém. Impressionante como a gente não esquece destas coisas.

Resolvi que preciso voltar a praticar. Isso deve render alguns bons posts em breve.

27/11/2006 09:20 | Comentários (5) | TrackBack (0)