por Marcelo Firpo

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Keeper

Até ter um filho, eu interpretava a expressão "pais ou responsável", constante de inúmeras fichas de preenchimento cadastrais, como algo parecido com "os pais ou a pessoa encarregada da criança caso algo aconteça a ela". Ou seja, a pessoa a quem se deve responder caso, sei lá, a criança fique entalada na montanha-russa, caia da roda-gigante ou tenha uma intoxicação com o cachorro-quente. Responsável em relação a uma possibilidade futura, se me fiz claro.

Depois que eu tive o Santiago, nunca mais consegui ler a palavra do jeito antigo.

Ficou claro pra mim que eu era o responsável por ele num sentido diferente: é por minha causa que ele está aqui, eu é que o arranquei do limbo dos bebês flutuantes e o coloquei neste mundo. Eu sou o responsável.

Por isso é que, quando me perguntam se eu gosto dele ou o quanto eu gosto dele, fico meio sem ter como responder. Ser responsável é anterior a isso.

Ser responsável come uma tigela e meia de gostar com leite e rodelas de banana a cada café-da-manhã.

30/01/2007 19:14 | Comentários (5) | TrackBack (0)