por Marcelo Firpo

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Ennui

Até o momento, Santiago brinca praticamente só com carrinhos e caminhões, de diversos tamanhos. Tem também umas casas de playmobil herdadas do pai, mas ele brinca com elas junto com os carrinhos, faz com que eles entrem pelas portas como pessoas, desprezando os playmobils em si.

Também desenha, joga bola, vai na praça, na piscina e volta e meia joga no computador comigo, mas nada disso ameniza a aflição que sinto por achar o dia dele absurdamente entediante. Tinha a escolinha, mas como ele ficava gripado toda a semana - o que só corroborou a suspeita de que a maioria dessas creches são só um depósito onde as crianças ficam trocando germes - acabamos tirando.

Sim, é um pouco daquele velho papo saudosista de minha-infância-era-mais-saudável, mas ao menos sou capaz de me dar conta de que as minhas lembranças são de quatro, cinco anos pra cima, idades em que o Santiago ainda está meio longe de chegar. De qualquer forma, passo o dia todo pensando em formas de atenuar o tédio abissal que eu imagino que ele sinta. Acho que está na hora de propôr uns joguinhos, tipo pula-pirata ou balança-mas-não-cai, mas dificilmente encontro esse tipo de brinquedo nas lojas. Um pouco cedo pra War e Banco Imobiliário ainda.

Outra: ele gosta muito de ver músicos tocando. Na Espanha, tinha essa orquestra de câmara completa tocando por moedas, na frente da Fnac, e ele ficava magnetizado. Aqui não consigo atinar onde posso levá-lo. Vai acabar na praça da Alfândega, ouvindo o "El Condor Pasa" dos bolivianos.

22/02/2007 14:36 | Comentários (13) | TrackBack (0)