por Marcelo Firpo

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Karma police

O que mais me impressiona neste caso do austríaco que manteve a filha presa num porão etc etc etc por 24 anos é a fisionomia do sujeito. Tenho a impressão de que, se procurar no dicionário por "mefistotélico", vou dar de cara com uma 3x4 dele, as sobrancelhas arqueadas, o sorriso zombeteiro.

Terminei de ler "Blink", do Malcolm Gladwell há cerca de duas semanas e achei bem divertido. Num dos capítulos, ele aborda o caso de um pesquisador que se especializou no estudo da fisionomia humana, num projeto de fôlego que incluiu o mapeamento de toda a musculatura do rosto, bem como todas as suas possíveis combinações e o significado de cada uma delas. Tô com preguiça de ir ali pegar o livro e checar dados, mas este estudo e uma certa predisposição natural fizeram deste sujeito o Houdini da expressão fisionômica. Segundo relatos, o tal cientista podia olhar para um cartaz de procurados pelo FBI e arbitrar, com um percentual bastante alto de acertos, o tipo de crime pelo qual cada um deles era procurado. Plus ultra: certa vez, ao ser exposto a um filme com uma sequência de rostos de integrantes de duas tribos distintas da Oceania, os nãomelembroagora (dóceis, pacíficos e ordeiros) e os nãomelembrotambém (violentos, cruéis e sádicos), ele não apenas foi capaz de diferenciar os integrantes de uma tribo da outra como descrever de forma bastante aproximada o recorte cultural de cada uma delas, inclusive com detalhes escabrosos, tipo "esses caras são muito cruéis, e tem qualquer coisa relacionada com homossexualismo também", ao falar sobre os nãomelembrotambém, que adotam o costume de escravizar sexualmente os rapazes da aldeia.

Impossível não lembrar disso vendo as fotos do austríaco recebendo massagens na beira de uma praia tailandesa ou fazendo brindes para a câmera. Era só olhar para este sujeito e intuir que tinha qualquer coisa de muito esquisita acontecendo no seu porão.

01/05/2008 23:06 | Comentários (4) | TrackBack (0)