por Marcelo Firpo

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Quick faz do leite uma alegria

"Tava lendo no blog do Jorge Cardoso um texto onde ele diz que escrevia rapidamente um texto, mas falava que tinha demorado, pros patrões não perceberem que para ele era muito fácil. Leminski, quando trabalhava em publicidade, também fazia algo parecido."

Do blog do Mário Bortolotto, um texto que me fez lembrar da angústia que eu sentia quando era estagiário de redação. Geralmente matava os anúncios em coisa de meia hora, mas ficava constrangido de mostrá-los, como se rapidez fosse sinônimo de desleixo. O fato de eu não sofrer como um cão para chegar nas idéias também me incomodava um pouco. Naquela época, não sabia que aquele era o meu jeito de criar, achava simplesmente que não estava fazendo do jeito certo. Aos poucos é que fui ganhando confiança e me lixando pro que poderiam pensar. Não é que eu seja rápido sempre, às vezes as coisas realmente levam mais tempo. O que realmente é falacioso é que criação boa implique em cem por cento dos casos em sofrimento. Meus brains sempre foram magrinhos, achava perda de tempo ficar listando todos os meus processos mentais, só escrevia quando achava que tinha chegado em alguma idéia digna de nota. Também não sou um defensor ardoroso das primeiras idéias, acho interessante ter várias, mas isso não tem muito a ver com horas e horas de circunlóquios e desespero.

Pra mim, qualquer trabalho que demore muito mais do que meia hora pra gerar algumas idéias interessantes deve ter algum problema sério de briefing ou mesmo de produto.

A história toda da disruption tem a ver com isso: partir de um ponto diferente para chegar a idéias diferentes. Isso não precisa ser demorado, com certeza não mais do que o tempo necessário para se chegar a um briefing interessante.

Não consigo entender gente que sofre pra criar propaganda. Estamos sendo pagos pra isso, pra fazer associações inusitadas, pra descobrir caminhos diferentes, pra brincar. Como isso pode ser sofrido? E que seja, então, mas realmente precisa ser tão demorado? Precisa esse fetiche todo?

Trabalho bom é trabalho morto.

Se for aprovado e produzido então, melhor ainda.

Qual o próximo?

15/06/2005 23:11 | Comentários (10) | TrackBack (0)