por Marcelo Firpo

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Análise comparativa

Alguns tópicos sobre Curitiba:

-Sede da Federação das Empresas do Paraná, no caminho do aeroporto: um lugar todo arborizado, num terreno mais elevado, com dois ou três belos edifícios, com caminhos ligando uns aos outros, postes antiguinhos decorando estes caminhos, um belo mural na entrada principal, gramados bem cuidados, plantas, espaço livre e uma idéia geral de capricho e paisagismo. Chorei miguelitos ao comparar com a sede da FIERGS;

-Passeio Público: passeei com o Santiago por lá, e me pareceu uma mini-Redenção encravada no centro da cidade. Pelo que entendi, o parque foi criado para conter inundações, no final do século 19. A simples idéia do poder público fazendo algo em relação a alguma coisa me emocionou;

-Largo da Ordem: é o brique da Redenção, só que mais apertado. Minha mulher tirou uma foto de dois prédios grudados um no outro, um de arquitetura barroca e o outro todo modernista, qe pretendo postar aqui mais tarde. Toda a decadência irremediável da civilização ocidental está registrada nesta foto, ali, bem atrás daquela velhota de galochas;

-Memorial sei-lá-do-quê, também no Largo da Ordem: centro cultural muito bonito que, ao contrário da Casa de Cultura Mario Quintana, parece funcionar. Quando passamos por lá, tinha esse show da Rogéria sei-lá-o-quê, celebridade local, não muito interessante;

-Centro em geral: feinho, lembra um pouco o de Floripa. É impressionante como o comércio consegue destruir com qualquer lugar. Teu olhar passeia por uma fachada até interessante, quando é repentinamente agredido por um cartaz amarelo com letras bold sem serifa em vermelho, vendendo xis-picanha com refri a R$ 5,00;

-Museu Oscar Niemeyer: fica no centro cívico, que já é mais legal e lembra um pouquinho bairros mais periféricos de Lisboa ou Madri. O museu em si é aquela encheção de saco arquitetônica de sempre, umas curvas grandiloqüentes que não levam a lugar nenhum e um despojamento nas formas que pra mim soa só como preguiça de fazer melhor ou mais bonito. Sim, é por isso que não sou arquiteto, não entendo nada do assunto mesmo;

-Revolver: essa era uma exposição que tinha por lá, do Jun Nakao e outros sujeitos, miniaturas daqueles vestidos de papel que ele fez no SPFW, em caixas de vidro, sendo devorados por ratos de verdade, tudo captado por câmeras e projetado num telão, mais um blablabla sobre consumismo. Santiago curtiu, queria levar um rato pra casa;

-Miséria: meio que tem por tudo, como aqui. Um casal fumando crack no caminho do aeroporto, uns mendigos aqui e ali, gente dormindo em calçadas, negociações esquisitas envolvendo celulares no Passeio Público. Por outro lado, ninguém nos pediu dinheiro em nenhum sinal;

-Clima: frio, mas não úmido. Ou seja, um trilhão de vezes melhor que Porto Alegre;

-Pessoas: ao contrário de gaúchos e catarinenses, que precisam ficar o tempo todo justificando que não moram em estados-bosta, os paranaenses parecem mais tranqüilos com a vida e o estado geral das coisas.

06/08/2007 00:13 | Comentários (6) | TrackBack (0)