por Marcelo Firpo

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Zumbismo

incase-of-zombies.jpg

Um post adequado ao estado deste blog, um post sobre zumbis.

Impossível não ficar indiferente à ascensão inexorável dos zumbis na cultura pop. Quando eu era criança, lembro que os mortos-vivos eram coadjuvantes no cenário teratológico. Pra cada episódio do Scooby Doo sobre zumbis, por exemplo, dava pra contar uns cinco sobre vampiros e lobisomens. Até as múmias eram mais populares.

Acho que foram os filmes do Romero que começaram a mudar isso, e lembro também do impacto de "A Noite dos Mortos-Vivos", ali pelos anos 80, que eu vi umas seis vezes. Mas o ápice do fenômeno parece ser mesmo posterior ao filme do Danny Boyle: de lá pra cá as referências se multiplicaram exponencialmente, em especial no campo do humor, que é meio que a prova dos nove em se tratando de distribuição e assimilação de produtos culturais.

Teve um dia que eu vi uma camiseta com a cadeia alimentar terrestre (zumbis no topo, óbvio) e me peguei pensando "Tá, mas qual é a história com os zumbis, por que tantos?"

A resposta começou a aparecer quando uma amiga que morava em Londres veio pra Porto Alegre, depois de passar, sei lá, uns seis ou sete anos fora. "E aí, o que achou da cidade?", perguntei. "Parece que eu tô num filme de terror. É parar na sinaleira e vem um monte de gente sem braço e sem cabeça pedindo esmola. Isso não era assim."

Bingo. Os zumbis venceram a incrível corrida dos monstros justamente por parecerem mais possíveis hoje do que há vinte ou trinta anos. O mundo não evoluiu para os vampiros, ou para os lobisomens, ou para as múmias. Evoluiu direto para o território dos zumbis.

Sempre penso nisso quando viajo pra Serra e passo por aquele acesso à Castelo Branco ali na Voluntários, onde dezenas de usuários de crack fritam à luz do dia. Send more brains.

29/05/2009 23:06 | Comentários (3) | TrackBack (0)