gracias.
Do táxi ao hotel, primeira impressão. Deslizamos em largas avenidas de prédios parisienses. Me arrepia o corpo todo, e seria clichê dizer "fico sem fôlego", mas é o que acontece, um embasbacamento que vem lá do fundo. Se a emulação da Europa está a menos de 1.500 quilômetros, por que eu não fiz isso antes, meu Deus?

Odeia argentino quem não conhece Buenos Aires. Quem teve contato com hermanos cabeludos fazendo merda em Santa Catarina. Eles são metidos a europeus? Sim, são, mas eles PODEM, não? Sentam nos cafés e fazem trabalho da faculdade ou ficam lendo jornais.

Primeira viagem pra determinado lugar sempre dá em loucura, correria, mal senta e já tem que levantar pra conferir a próxima atração que não pode perder. Da próxima vez, sim, eu vou me permitir demorar em cada café e em cada praça.

Confetarias, doces lindos, sorvetes. Não consegui ir na Persicco, mas duas outras redes se mostraram saborosas o suficiente. Nos cafés da manhã, foi media luna. Com doce de leite, com geléia de morango. Nos almoços e janta, pizza, carne, nhoque, arroz com calamares. Aliás, que rebatam os fãs da parilla: não sei o que há de tão extraoridinário numa carne com batatas fritas. Verdade. Me parece que outras cozinhas do mundo colocam isso NO CHINELO. Eu não comi nos lugares certos? Comi, sim. E sigo achando que não se pode fazer tanto alarde por pedaços de carne com batatas. Sou mais do meu nhoque.

Tanto o museu de bellas artes quando o de arte moderna merecem uma visita. Na ignorância de não saber regras, rolou até foto do Abapuru e de um Frida Kahlo. Vou colocar no flog depois.

A cidade parece absolutamente segura, ao menos nas regiões que andamos. As pessoas SAEM de casa, seja pra passear com o cachorro ou pra jantar com a família a meia-noite. Os carros respeitam sinais, mesmo na madrugada, quando ninguém está olhando. Tem avenida que lembra Tóquio (9 de Julio) com seus luminosos, tem Havana (San Telmo), tem Paris (Centro). Tem Cortázar baratíssimo (agora obrigada a ler em espanhol), Puma custando três vezes menos do que no Brasil (e sendo usado dez vezes mais) e comida muito barata. Tem brasileiro de montão, sobretudo na feira de antigüidades em San Telmo. E todas as argentinas fizeram o mesmo corte da cabelo: volumoso, ondulado, corta-se algumas camadas até um pouco antes da nuca e o resto deixa-se comprido. O efeito é um CAPACETE com uns rabichos escorridos. Gabriel tentou me convencer a adotar. É uma pena que não tenhamos registrado em foto.

postado por Carol Bensimon as 16:00 | pitacos (10) | trackBack (0)

arquivos

insanus



Kongo.gif